Anatomia do Engodo Organizado e Furtivo no Fim dos Tempos

Autor: Jeremy James, Irlanda, 6/2/2024.

Muitas pessoas ficam fascinadas pelos truques que desafiam nossa compreensão. Elas assistem ao apresentador fazer uma carta ou uma moeda desaparecer e depois, momentos mais tarde, retirar o mesmo objeto da orelha ou do bolso do casaco de um confuso espectador. Sob essas circunstâncias, onde o contexto é bem inocente, achamos divertido ser enganados. Também achamos divertido tentar descobrir como o truque foi realizado.

Nunca esperamos que o mágico que realiza os truques nos engane em outros momentos, mas ele poderia provavelmente fazer isso se quisesse. Se ele fizesse, provavelmente acharíamos a experiência desconcertante. Entretanto, se ele confinasse seus truques a uma situação que nós normalmente encontraríamos na vida diária, como pagar por um item no caixa de um supermercado, provavelmente não observaríamos alguma coisa errada. Somente mais tarde no dia — quando o troco em nosso bolso incluir uma único moeda de R$ 1, em vez de a nota de R$ 10, que estaríamos esperando — perceberíamos que alguém, em algum lugar nos trapaceou.

Os maiores vigaristas são pessoas em quem confiamos. Elas ganham nossa confiança e, depois, nos atraem para um negócio que tem o objetivo de nos defraudar financeiramente.

Alguns cientistas altamente respeitados no século 19 receberam reconhecimento e honras falsificando dados. Eles assumiram que os resultados experimentais, que eram adulterados, nunca revelariam seus segredos. Entretanto, eles tinham feito julgamentos com base no poder de análises estatísticas. Os céticos começaram a questionar os resultados deles e buscaram a ajuda de estatísticos forenses. Verificando os dados experimentais e procurando a presença de padrões que somente apareceriam se os dados fossem não-aleatórios, eles conseguiram provar que os resultados experimentais foram manipulados. Os cientistas tinham mentido.

Este tipo de enganação é parte da vida moderna. Por exemplo, os editores de revistas médicas prestigiosas nos EUA e no Reino Unido acreditam que até metade dos trabalhos de pesquisa que eles recebem para publicação estão baseados em dados que foram distorcidos de algum modo, de forma a produzir os resultados "corretos".

Os Diários de Hitler

A indisposição de acreditar que uma fraude está sendo perpetrada sobre nós parece ser universal. Nunca queremos pensar que estamos sendo enganados. O quão frequentemente as vítimas de uma fraude irá exclamar: "Ah, eu deveria saber! Eu deveria ter visto os sinais!"

Uma das fraudes mais estudadas de perto nos tempos modernos é o modo como a Stern, uma revista alemã com um grande número de leitores e famosa por seu alto padrão de jornalismo, foi enganada pelos Diários de Hitler. Isto foi uma manchete de notícias em todo o mundo no início dos anos 1980s. Um antiquário em Stuttgart afirmou ter em sua posse uma quantidade substancial de papéis que, ele alegava, tinham sido recuperados de um avião que tinha caído na Alemanha Oriental no fim da guerra. O material incluía sessenta livros de anotações do período nazista que eram supostamente um diário mantido por Hitler. A revista Stern reuniu alguns especialistas para examinarem os livros de anotações, acreditando que os diários fossem genuínos, pagou ao comerciante $ 3,7 milhões. Ela então ofereceu direitos de publicação em série de capítulos para vários jornais, incluindo The Sunday Times, do Reino Unido.

O proprietário do jornal, Rupert Murdoch, contratou uum dos principais historiadores britânicos, Hugh Trevor-Roper (HTR) para realizar um exame particular dos diários antes que ele pagasse mais do que $1 milhão pelos direitos de serialização. HTR desfrutava em um prestígio considerável por seu livro The Last Days of Hitler (Os Últimos Dias de Hitler), que foi publicado em 1947. A maioria dos historiadores teria aprovado a escolha de Murdoch. Se alguém poderia identificar um algum problema nos diários, seria HTR. Ele estava cético inicialmente, mas depois que viu a enorme quantidade de materiais — sessenta volumes — ele declarou que, em sua opinião, eles eram genuínos. Nenhum falsificador se atreveria a produzir tanto material assim, ele acreditava. O risco de cometer um deslize era grande demais.

Ceticismo Continuado

O ceticismo na Alemanha era tal que a revista Stern permitiu que os "Diários" fossem submetidos à outras análises de especialistas. Ficou provado que eles eram falsficações. Não havia a menor dúvida. Por exemplo, os "diários", que se propunham a cobrir os anos de 1932 até 1945, foram escritos em papel que não estava disponível antes da Guerra. A composição da tinta que foi usada para escrever os diários também não era conhecida antes da Guerra. O mesmo era verdadeiro a respeito de certos materiais usados na encadernação. Além disso, o autor citou fatos que não poderiam ter sido conhecidos por Hitler no tempo que ele alegadamente fez a anotação. Os "diários" também estavam cheios de clichês estilísticos que um diarista não usaria normalmente. O fraudador também tinha impresso duas letras iniciais na capa de cada volume usando um cursivo gótico complexo, como modo de identificar o autor. Ele pensou que estava escrevendo "AH" (Adolf Hitler), mas o cursivo o deixou confuso e ele escreveu "FH" no lugar!

Outro historiador inglês também fez uma pergunta que HTR deixou de fazer: Como Hitler fez anotações em seu diário após seu exército ter sido seriamente ferido em 20 de julho de 1944 durante uma tentativa de assassinato? É também sabido que Hitler escrevia com um lápis, não com uma caneta, em seus anos finais, devido a um tremor em seu braço. Um especialista em grafologia também disse que o falsificador tinha deixado de imitar até as características mais básicas do estilo da escrita de Hitler. A assinatura dele também era uma óbvia falsificação.

Além de tudo isto, o falsificador tinha usado chá para manchar as páginas dos sessenta livros de anotações e fazê-los parecer mais velhos do que eram.

Mesmo alguém que não tivesse acesso a esse tipo de dados forenses teria achado altamente improvável que um demagogo paranóico como Hitler tivesse mantido um diário. Esse tipo de pessoa é cuidadosa e nunca arrisca revelar seus pensamentos mais íntimos por escrito. Um inimigo ou rival potencial para o cargo de liderança poderia tirar proveito desse tipo de material. Além disso, Hitler era arrogante e impulsivo demais para registrar seus pensamentos por um longo período de tempo e de um modo ordeiro e consistente.

A reputação de HTR ficou seriamente abalada. Como pôde um historiador respeitável com uma forte reputação de probidade e autenticidade cometer esse tipo de erro? Igualmente, pode-se perguntar como tantos editores e jornalistas rigorosos puderam cair em uma fraude como essa? Eles falharam repetidas vezes em fazer perguntas muito básicas para questionar a veracidade das evidências que estavam diante deles?

Seja lá como alguém lide com o assunto e seus sórdidos detalhes, ele teve um mérito não intencional. Ele levou — ou deveria ter levado — a pessoa mediana a questionar a confiabilidade da mídia. O público confiava na Stern e em homens como Hugh Trevor-Roper. Eles eram os especialistas, os sábios verificadores de fatos, aqueles em quem a sociedade confiava para mantê-la informada, para separar a verdade da ficção e expor os charlatães e diletantes, os ladrões e os mentirosos. Mas, eles falharam.

A Doação de Constantino

Quanto mais as pessoas confiam em uma instituição, mas facilmente esta pode enganar. Talvez o infrator mais absurdo nesse sentido seja a Igreja Católica Romana. Estamos falando aqui, não somente de engodo teológico, mas de desonestidade mesmo. Já estamos plenamente familiarizados com os modos incontáveis como Roma distorceu a Bíblia para apoiar sua variedade paganizada de Cristianismo. De modo a fazer isso durante um longo período de tempo, ela teve de fortalecer sua posição como uma locomotiva política. Ela começou fundindo a autoridade do Imperador com a autoridade religiosa exercida pelos bispos e pelo clero.

O Papa já estava afirmando ser o sucessor oficial do apóstolo Pedro, supostamente o primeiro Papa e, assim, aquele que alegadamente mantia as chaves para o reino dos céus. Essa mentira horrível manteve a Cristandade em escravidão por vários séculos. Entretanto, com a passagem do tempo e a crescente influência política que Roma conseguia exercer, tornou-se aparente que a reivindicação papal à supremacia temporal necessitava de algum tipo de endosso jurídico.

O assim chamado "vigário de Cristo" queria um documento que mostrasse que ele era também o sucessor autorizado dos governantes da Roma Imperial. Isso levou à falsificação de uma declaração solene feita pelo imperador Constantino, o Grande, antes de ele ter deixado a Itália no ano de 330 para passar seus dias restantes em sua nova residência imperial em Bizâncio. Esse imperador é famoso por sua conversão ao Cristianismo e seu endosso à fé cristã dentro do Império.

A declaração que tornou-se conhecida como "A Doação de Constantino", concedeu supremacia papal sobre as sés, ou bispados de Antioquia, Alexandria, Bizâncio e Jerusalém, junto com todas as igrejas cristãs. Ela também concedeu ao Papa Silvestre e seus sucessores a posse de todas as propriedades dadas a qualquer igreja dentro do Império. Em seguida, em uma seção verdadeiramente surpreendente, ela concedeu ao papa (a aos seus sucessores) o controla do palácio imperial em Roma e todas as regiões da parte ocidental do Império Romano. Isto implicava que todos os governantes seculares em toda a Europa somente poderiam exercer cargos mediante indicação papal.

A Bula Papal Conhecida como Inter Caetera

Como uma "transferência de poder", a Doação de Constantino não tem similar. Ela literalmente entregou o controle político da Europa para o bispo de Roma para sempre. Por definição, ela também entregou a ele a autoridade política sobre todos os territórios conquistados por uma potência europeia. É por isto que em 1493, o Papa Alexandre VI pôde emitir uma Bula, conhecida como Inter Caetera, que dividiu o controle de todas as terras recém-descobertas fora da Europa entre a Espanha e Portugal.

Em conjunção com um tratado assinado no ano seguinte entre os dois países, ela decretou que todas as terras, a oeste de uma linha meridiana designada, pertenceriam à Espanha e todas as terras ao leste pertenceriam a Portugal. O meridiano norte-sul escolhido para esse propósito estava a 370 léguas (cerca de 1.500 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, perto da costa africana.

Por mais incrível que possa parecer para nós hoje, o Papa tinha simplesmente autorizado a divisão do mundo fora da Europa entre dois impérios, ambos os quais estavam sob seu próprio controle. O instrumento jurídico que aparentemente habilitou essa impressionante expressão do poder político foi nada mais do que a falsificação conhecida como A Doação de Constantino!

Quando falamos hoje em uma "Nova Ordem Mundial" e um "Governo Mundial", estamos realmente falando de um retorno ao tipo de hegemonia global exercida pelo Papa em Roma em 1494. Isto explica por que Roma respondeu com tanta força à Reforma, que foi iniciada por Martinho Lutero em 1517. Embora fosse uma reforma religiosa, ela solapava a autoridade política do Papa e "o colocava em seu lugar". Lutero tinha mostrado, usando a Escritura, que o Papa não era mais — e nunca tinha sido! — Pontifex Maximus, ou Vigário de Cristo, mas meramente o bispo de Roma.

Lorenzo Valla Descobriu o Engodo

Houve um problema adicional. Um erudito talentoso e humanista, Lorenzo Valla, tinha publicado um ensaio em 1440 que provava, por análise textual, que o documento conhecido como A Doação de Constantino era uma falsificação. Valla argumentou que a linguagem e estilo do documento não se alinhava com o período histórico em que ele foi supostamente escrito, isto é, o século 4. Por exemplo, ele citou palavras que não teriam sido usadas nesse tipo de documento naquele tempo, como "sátrapa", um governador provincial no Império Persa. O documento também usava títulos que não eram correntes no século 4, como "Papa" (em vez de "bispo de Roma") e "bispo dos bispos", o que somente veio a ser usado em séculos posteriores. Além disso, algumas das cidades e regiões geográficas mencionadas por nome no documento não eram conhecidas por aqueles nomes no século 4.)

Por meio de seu exame meticuloso do texto e sua descoberta de diversos anacronismos, Valla conseguiu mostrar que o documento precisa ter sido composto vários séculos depois do reinado de Constantino, o Grande, e era, portanto, uma falsificação. Ele foi levado a julgamento diante da Inquisição em 1444, aparentemente com base em acusações não relacionadas, mas foi salvo da prisão por seu patrono, Alfonso V, do reino de Aragão.

O ensaio de Valla pode ter tido somente circulação limitada naquele tempo e suas afirmações foram questionadas. Entretanto, quando a autoridade e legitimidade do Papa ficaram sob escrutínio na Reforma, a revelação de Valla a respeito da Doação como uma falsificação — uma fraude absurda — tornouse- uma questão de verdadeiro significado histórico.

A Negação Sistemática do Acesso à Palavra de Deus

Como cristãos, cabe a nós compreender como o Maligno trabalha e a extensão em que seus planos tenebrosos depende de mentiras e falsificações. O líder mundial do fim dos tempos, conhecido como Anticristo, será uma falsificação de Cristo. Por quase dois mil anos, o Papa em Roma mascarou-se como "Vigário de Cristo", e usou a autoridade e poder conferidos por esse engodo para diluir o Evangelho e manter os fiéis de fundamentarem sua compreensão da teologia na Palavra de Deus. Século após século, o ofício papal usou subterfúgios e falsa erudição para criar novas doutrinas e suprimir muitos aspectos da verdade bíblica. Grande parte de seu sucesso está na proibição que ela colocou no estudo da Palavra de Deus. Os "leigos", aqueles que não eram clérigos, estavam proibidos de ler a Bíblia, enquanto que os sacerdotes estavam confinados a um estudo do "Breviário", as orações, hinos e leituras selecionadas e aprovadas por Roma.

No que se refere à censura e controle autocrático das massas, a Igreja de Roma tem poucos similares.

A Reforma veio como um grande choque para Roma. Como já dissemos muitas vezes em ensaios anteriores, ela empoderou o povo comum, dando-lhe acesso direto à Palavra de Deus. Ela acendeu um fogo na alma de milhões de homens e mulheres que, até então, estavam presos na névoa da confusão e obediência cega que Roma tinha patrocinado ao longo de muitos séculos.

Quando as pessoas leram e estudaram a Palavra de Deus por si mesmas, elas puderam ver o quão enganosa a hierarquia católica tinha sido, quantas mentiras ela tinha contado e, mais importante de tudo — como o Evangelho tinha sido corrompido. Nenhum Papa, antes ou depois da Reforma, ensinou o Evangelho da salvação, onde as almas são salvas do poder de Satanás e do peso do pecado por meio da graça somente, por meio da fé somente, em Cristo somente.

O Ataque dos Jesuítas Contra o Cristianismo Continua Até Hoje

Roma declarou guerra contra a Reforma e jurou erradicá-la completamente, independente de quanto tempo demorasse para fazer isso. A guerra continua até hoje, liderada pelo ramo militante do Romanismo, a Ordem dos Jesuítas. A Ordem foi fundada em 1540 com o objetivo expresso de destruir a Reforma. Na opinião desses homens — os jesuítas são uma sociedade formada somente por homens — não há proibição moral ou espiritual sobre qualquer ato que seja considerado necessário para fazer avançar a causa de Roma. O fim justificava os meios. Tudo que eles fazem, eles afirmam, é para a maior glória de Deus — Ad majoren Dei gloriam. Assim, eles estudam a duplicidade e o engodo com a mesma diligência e aplicação zelosa como os outros homens estudam a botânica ou a mecânica.

A Igreja de Roma sempre se esforçou para enfraquecer o poder da Palavra de Deus. Até a Reforma, isso foi bem fácil de alcançar — simplesmente proibir o acesso à Bíblia e punir severamente qualquer um que tentasse lê-la por si mesmo. Lutero e os outros reformadores obrigaram a Igreja de Roma a planejar novos modos de fazer isso. Como os "protestantes" já tinham acesso à Bíblia, o único modo de enfraquecer a Palavra de Deus era modificá-la.

Esta tarefa caiu nas mãos dos jesuítas.

A saga que está por trás das traduções modernas da Bíblia é muito tortuosa para examinar neste ensaio. Em um ensaio anterior, o de número 7 em nosso website, "The King James Bible: By Far the Most Reliable Translation in English" (não traduzido), tratamos alguns dos problemas envolvidos e explicamos por que a KJV é, de longa, a mais exata tradução da Bíblia para a língua inglesa. O Maligno promoveu diversas traduções alternativas, de modo a causar confusão e introduzir tons de significado que são inapropriados ou enganosos. Alguns traduções, como a NVI (Nova Versão Internacional), são até "atualizadas" de tempos em tempos, para refletir os assim chamados avanços em erudição, linguística e análise textual.

Muitas das mudanças feitas nessas traduções diluem o significado espiritual e doutrinário de passagens-chaves na Escritura e têm o efeito de solapar a divindade literal de Cristo, a ressurreição física de Cristo, a expiação vicária, o nascimento virginal e outras importantes verdades bíblicas. Elas também incluem mudanças que lançam dúvidas sobre o cumprimento literal futuro das profecias sobre o fim dos tempos.

Erros Cumulativos Planejados para Diluir e Distorcer a Palavra de Deus

O efeito desses erros é cumulativo. Embora poucas mudanças individuais sejam falsas de uma maneira direta, coletivamente elas servem para ofuscar o impacto geral e a consistência interna da Palavra de Deus. Para usar uma analogia fotográfica, essas traduções estão fora de foco. Quanto mais elas proliferam e mais edições são produzidas, menos claramente podemos ver o que Deus quis dizer. Isto é como ter de discriminar as variações de cores sob uma luz tênue ou, ao dirigir um carro, avaliar a velocidade dos veículos que vêm na direção contrária.

É por isto que milhões de cristãos professos hoje estão satisfeitos com interpretações de muitas passagens importantes que dependem de alegorias e simbolismo. A força literal da Palavra de Deus foi contemporizada por essas traduções enganosas. Como resultado, os primeiros capítulos do Gênesis, por exemplo, não são considerados como declarações inerrantes e factuais. A alegoria e o simbolismo deixam espaço para mentiras absurdas, como a Teoria da Evolução e as longas eras de tempo, durante as quais a Terra esteve alegadamente repleta de répteis gigantes por 165 milhões de anos. (Os dinossauros em nossos museus foram fabricados na China. Nem um deles é genuíno. Esses lagartos gigantescos nunca existiram — veja nosso ensaio "A Arte do Engodo: Por Que os Dinossauros São uma Fraude?").

Traduções descuidadas ou enganosas abrem a porta para mentiras e enganações. O Maligno sabe o que está fazendo! Depois de pouco tempo, os homens fazem a Palavra de Deus dizer aquilo que eles pensam que ela deveria dizer!

"O ímpio faz obra falsa, mas para o que semeia justiça haverá galardão fiel." [Provérbios 11:18].

O Novo Testamento Grego "Revisado" de 1881

A grande mudança de direção ocorreu quando Westcott e Hort publicaram uma edição grega revisada do Novo Testamento em 1881. Isto teve o objetivo de substituir, se não desacreditar, o texto grego que tinha sido usado desde 1516, conhecido como Textus Receptus (o texto recebido, aceito ou aprovado, usado pelos líderes da Reforma). O texto de Westcott e Hort foi baseado grandemente na análise deles de dois manuscritos antigos, o Vaticanus e o Sinaiticus, que eles alegadamente colocavam acima de todos os outros manuscristos devido à antiguidade deles e à cobertura quase abrangente da Bíblia como um todo.

Mesmo se esses dois manuscritos fossem genuínos — e muitos acreditavam que não eram — eles nunca deveriam ter sido usados para colocar de lado uma montanha de evidências em manuscritos de antiguidade um pouco menor. Devido ao seu status acadêmico e ao prestígio que eles desfrutavam dentro do Estamento de Poder Britânico, Westcott e Hort conseguiram modificar as regras, por assim dizer. A imprensa controlada pelo maçons saudou o feito deles e o clero da Igreja Anglicana, dominado por maçons, deu seu suporte. O mecanismo necessário para solapar a Bíblia da Reforma tinha finalmente sido colocado em movimento.

Os cristãos deveriam ter esperado que o Maligno lançasse um ataque contra o Textus Receptus em algum momento. Alguns indivíduos com grande compreensão, como o Deão John Burgon, viram que isto iria acontecer, porém a maioria dos fiéis cristãos deixou de observar o que os auto-indicados especialistas em análise textual estavam dispostos a fazer. Eles permitiram que a falsamente chamada "ciência" colocasse em questão o fundamento sólido sobre o qual a KJV e outras Bíblias da Reforma estavam baseadas.

"A Igreja Anglicana irá tolerar ser defraudada deste modo de sua inestimável herança, por meio de descuidos irreverentes de homens bem-intencionados, porém mal-orientados?" [Deão John Burgon (1883) a respeito do assim chamado texto grego "Revisado" de 1881].

Tivessem eles conferido a origem e histórico de vida de Westcott e Hort e examinado a origem declarada dos dois manuscristos, Vaticanus e Sinaitucs, eles teriam começado a fazer perguntas. Não temos a oportunidade aqui neste ensaio de examinar as evidências de jogo sujo em detalhes, mas para aqueles que desejarem explorar o assunto em maior profundidade, recomendamos o livro The Forging of the Codex Sinaiticus (2016), do Dr. William R. Cooper como um bom ponto de partida.

Dentre as extensas evidências apresentadas pelo Dr. Cooper, selecionamos as seguintes:

O Códice Sinaiticus parece ter aparecido do nada

1. O acadêmico que afirmou ter encontrado o manuscristo Sinaiticus, um erudito alemão chamado Constantin von Tischendorf, fez um relato de sua descoberta em 1844, que gerou mais perguntas do que respostas. Muitos eruditos rejeitam o relato dele como de pouca credibilidade.

O Códice Sinaiticus inteiro estava em condição admiravelmente boa

2. O website oficial Sinaiticus faz a seguinte afirmação a respeito da condição admiravelmente bem preservada do manuscrito:

"Além de uma pequena porcentagem de fólios com forte corrosão, a maioria dos fólios parecia ter sobrevivido aos rigores de 16 séculos como uma inesperada falta de danos, sofrendo no geral somente pesquenos danos e perdas ao longo das extremidades de cima e de baixo e nas dobras centrais. A maior parte desses danos é mais provavelmente atribuível ao dano mecânico do que à deterioração física." — https://codexsinaiticus.org/de/project/conservation_parchment.aspx

Uma porção do manuscrito, consistindo de 43 folhas, foi deixada na Universidade de Leipzig. De acordo com três especialistas que receberam acesso às folhas de Leipzig, elas estavam em perfeitas condições, "brancas" de acordo com o bispo da Igreja Ortodoxa Russa Porphyrius (Uspensky) e "brancas como a neve", de acordo com E. von Dobschutz e J. A. M'Clymont). Algum tempo após 1913, quando M'Clymont pôde colocar os olhos nelas, elas finham sido escurecidas por algum meio.)

Químicos profissionais que se especializam em exame forense de falsificações já definiram as condições ambientais e outras que afetam o modo como um documento envelhece, seja papel, papiro ou pergaminho (pele ou couro de um animal, geralmente carneiro, bezerro, cabrito, etc.) O manuscrito Sinaiticus consistia inteiramente de pele de animal. A pele deteriora-se à medida que o colágeno se degrada e o material torna-se duro e enrugado, com uma correspondente degradação do texto. O quadro de funcionários experientes na Biblioteca Britânica teve claramente dificuldades em conciliar a alegada antiguidade do manuscrito com seu pergaminho maleável de alta qualidade e em relativamente boas condições", como mostrado pelos excertos do website a seguir.

O Dr. Cooper comentou como segue a respeito da opinião expressa pela Biblioteca Britânica:

A Partir do Website Oficial do Códice Sinaiticus

Fonte: https://codexsinaiticus.org/de/project/conservation_parchment.aspx

"Estas são admissões agradavelmente cândidas por parte da Biblioteca Britânica, porém ninguém ali, tendo examinado o frescor do pergaminho e sabendo muito bem como são os antigos pergaminhos, chegou à mais óbvia conclusão que o Códice Sinaiticus não é nem de longe tão antigo quanto afirma ser. Se você ou eu fôssemos agora à Biblioteca Britânica e tentássemos convencê-los que o novo pergaminho que estamos tentando vender para eles não é novo, mas de fato tem 1.600 anos de idade, eles dariam uma olhada nele e provavelmente chamariam a Polícia. Não seria necessário para eles examinar o pergaminho em profundidade para dizer se ele é antigo ou não. Os pergaminhos antigos não se comportam e nem se parecem com pergaminhos novos, nem novos pergaminhos como os antigos, e nossa tentativa de fraudar seria detectada imediatamente."

O Copista se Manifesta

3. Um copista especializado em manuscritos, Constantine Simonides, escreveu uma carta para o jornal The Guardian, do Reino Unido, que foi publicada em 3 de setembro de 1862. Na carta, ele afirmou que tinha sido contratado para trascrever o manuscrito Sinaiticus 20 anos antes. Foi-lhe dito que aquilo seria um presente, uma cópia de apresentação moderna para o Tsar da Rússia, por um doador generoso. Não havia subterfúgio ou engodo envolvido. Somente mais tarde ele ficou sabendo que aquilo estava sendo tratado como um manuscrito original de origem antiga.

Simonides, foi afirmado, tinha completado alguns comissionamentos que ele alegadamente sabia que seriam passados como originais. Essa acusação de falsificação foi dada como uma razão para rejeitar a afirmação feita em sua carta para o jornal The Guardian. Entretanto, essa refutação não faz sentido algum. No máximo, ela mostrava que ele era capaz de produzir falsificações de alta qualidade e, de acordo com essas alegações, poderia muito bem ter sido comissionado para fabricar o Sinaiticus.

Em suporte para sua afirmação, Simonides disse que, como muitos copistas, ele tinha a prática de incorporar secretamente suas iniciais, monogramas ou outras marcações de sua autoria em seus manuscritos e que ele tinha feito isso quando produziu o Sinaiticus. Mais tarde, ele foi pressionado a indicar os locais exatos no códice onde ele tinha colocado as marcações. Quando elas foram examinadas no manuscrito, elas corresponderam aos locais no manuscrito onde pequenas e inexplicáveis excisões tinham sido feitas. Essas excisões teriam removido os mongramas ou outras marcas de identificação deixadas por Simonides.

O Códice Continha um Fólio Que Tishendorf Admitiu Ter Sido uma Falsificação

4. O Sinaiticus era um códice, que é um conjunto de fólios colados juntos, como um livro moderno. O códice incluía dois antigos manuscritos do período do Novo Testamento, A Epístola de Barnabé e O Pastor de Hermas. Nem um dos dois é canônico, mas eram frequentemente incluídos entre os Apócrifos. Se O Pastor de Hermas foi colocado junto no Códice com os livros canônicos da Bíblia, então ele precisa ter sido parte do Códice desde o início. Como tal, ele deveria datar do mesmo período que os outros fólios, que os "'especialistas" estimaram ser o ano 360, mais ou menos 40 anos.

O grande problema com o texto grego do fólio de O Pastor de Hermas no Códice é que ele era conhecido como uma falsificação, mesmo pelo próprio Tischendorf. O texto grego de O Pastor de Hermas no códice Sinaiticus era substancialmente o mesmo que aquele usado em outro manuscrito que Tischendorf tinha condenado como uma falsificação moderna em um trabalho acadêmico erudito em 1856. Ele tinha reconhecido que o texto era realmente uma retradução para o grego de um original em latim. Além disso, o grego usado tinha muitas características modernas que não eram encontrada no grego clássico do quarto século.

Um problema similar apareceu com o texto da Epístola de Barnabé, que apareceu no códice. O texto também continha palavras, frases e construções gramaticais do grego moderno, que eram desconhecidas no grego clássico. Isto significava que ele também derivava de uma versão latina posterior de um texto grego.

Um acadêmico de reputação daquele tempo, o professor James Donaldson, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, tentou trazer essas anomalias para a atenção do público. Embora nem um erudito de nota tenha questionado as análises dele, ele esteve submetido a uma revisão severa por um autor anônimo em uma revista de grande circulação. Em um tempo quando o Sianiticus estava sendo divulgado como um importante artefato histórico por um grande número de figuras importantes na academia britânica, os pares dele estavam indispostos a oferecer suporte. Eles sabiam que um comitê de alto nível na Universidade de Cambridge, liderado por Westcott e Hort, estava preparando uma edição crítica "revisada" do Novo Testamento e que o texto proposto deles dependia fortemente do Sinaiticus. Se eles concordassem que o professor Donaldson estava correto, suas carreiras dariam uma súbita guinada para baixo. Além disso, muitos deles tinham provavelmente sido indicados para seus cargos acadêmicos de alto nível com base no entendimento que eles seguiriam a linha oficial.

O Códice Vaticanus

5. O comitê de Westcott e Hort também dependia fortemente de outro códice suspeito, o Vaticanus, que tinha sido cuidadosamente preservado de inspeção na biblioteca do Vaticano. Ele também tinda sido atribuído a uma data antiga, anterior a todos os outros manuscritos bíblicos. Os especialistas estavam preparados para reconhecer que ambos os códices — o Vaticanus e o Sinaiticus — foram copiados da mesma fonte, pois eram similares em muitos aspectos. Entretanto, havia uma similaridade que levou muitos a duvidarem da autenticidade de ambos — a ausência do texto completo de Marcos 16:9-20 em ambos os códices!

Se ambos eram falsificações, então alguém poderia seguramente se perguntar por que essa passagem em particular da Escritura tinha sido visada para eliminação? Ela foi escolhida, parece, por que (a) o Evangelho de Marcos é considerado por muitos como o primeiro dos quatro relatos da vida de Jesus que foi escrito, (b) os três outros evangelhos basearam-se na versão de Marcos e (c) o relato dele foi, portanto, o texto fundamental que atesta a Ressurreição. Se esse texto pudesse ser diluído ou eliminado, então a própria Ressurreição, como um evento físico, seria colocada em questão.

A Brigada do Anticristo Está Tentando Remover os Seguintes Versos da Bíblia

Marcos 16:9-20:

"E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando. e, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram. E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo. E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram. Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém."

Qualquer pessoa racional perguntaria por que a passagem mais longa da Bíblia a estar ausente de ambos os códices seja constituída do mesmo conjunto de versos. Além disso, essa pessoa seria justificada em perguntar por que essa deveria ser uma das passagens mais criticamente importantes na Escritura. Não estamos lidando aqui com uma coincidência, mas com um plano deliberado para solapar a divindade de Cristo e Sua ressurreição física. Resumidamente, esta é a mentira do Anticristo. As víboras maçônicas que controlavam a academia britânica teriam ficado muito satisfeitos com a obra de suas mãos.

Tischendorf e os Jesuítas

6. Uma rápida olhada ao próprio Tischendorf mostrará que os maçons não agiram sozinhos. Apesar de ser alemão, protestante e um acadêmico pouco conhecido, Tischendorf foi levado pelos jesuítas para uma audiência particular com o Papa Gregório 16, em 1843. Deve ser observado que essa audiência ocorreu antes de ele ter "descoberto" o códice Sinaiticus! Em um artigo publicado em 1866, ele se referiu à "prolongada audiência" que teve com o Papa e o "interesse ardente dele em meus projetos". Ele acrescentou também que o "cardeal Mai me recebeu com gentil reconhecimento". O cardeal Angelo Mai era um jesuíta de alto escalão que teve um papel ativo em descobrir e publicar manuscritos bíblicos, mais notavelmente o Códice Vaticanus.

Os Apóstolos de Cambridge

7. Embora o Dr. Cooper não mencione isto, tanto Westcott e Hort eram membros dos Apóstolos de Cambridge, uma sociedade secreta exclusiva para homens que se vinculavam por um juramento. A sociedade incluía vários membros influentes dos Illuminati, como Bertrand Russell e John Maynard Keynes. Muitos eram homossexuais e o próprio Hort escreveu a maldição que acompanhava o juramento de segredo deles.

8. Sim, caro leitor, esses luciferianos planejadores fingiam ter a autoridade para modificar a Palavra de Deus e dizer aos cristãos de toda a parte o que o Espírito Santo realmente quis dizer no Novo Testamento! Um dos produtos mais prejudiciais dessa aliança infernal foi um texto que mais tarde seria conhecido como Nova Versão Internacional (NVI).

"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua"

Quando nosso Senhor advertiu a respeito da enganação no fim dos tempos, Ele estava se referindo, não somente às enganações que seriam criadas no fim dos tempos, mas às enganações que tinham sido planejadas em um estágio anterior na história e ainda estavam em uso. Por exemplo, a grande enganação dos "alienígenas do espaço sideral", que o Maligno parece estar preparando, requer que a maior parte da humanidade acredite no espaço sideral e galáxias distantes. Esta mentira, que foi formulada pelos jesuítas no século 17, foi plenamente desenvolvida e amplamente aceita por volta dos anos 1970s. Hoje, é difícil encontrar alguém que saiba que o "espaço sideral" é um mito e que a criação visível termina no Firmamento.

Como dissemos em muitos de nossos ensaios anteriores, a mídia moderna fornece um meio extraordinariamente eficaz de enganar a humanidade. A abrangência que ela dá para programar e condicionar é infindável. Algumas das grandes mentiras fabricadas pelo Maligno funcionam bem o suficiente sem tecnologia, mas o aparato da mídia moderna permite que essas mentiras sejam empurradas ainda mais nas mentes dos homens. Muito disso inicia na infância. Nossos avós teriam ficado horrorizados com a quantidade de lixo que os jovens atuais foram treinados para acreditar. Todavia, no tempo deles, novas tecnologias também foram usadas para gerar engodos prejudiciais e de longa duração.

Considere o caso da assim chamada aparição mariana em Knock, no condado de Mayo, na região oeste da Irlanda, em 1879:

Descrição na Wikipedia da Alegada Aparição em Knock

"A tarde da quinta-feira, 21 de agosto de 1879, foi de muita chuva. Por volta das 8 horas estava chovendo quando Mary Byrne, que era da aldeia, estava indo para casa com Mary McLoughlin, a empregada doméstica do padre. Byrne parou subitamente quando viu o frontão da igreja. Ela afirmou que viu três figuras em tamanho real. Ela correu para casa para dizer aos seus pais e depois de pouco tempo outros da aldeia se ajuntaram. As testemunhas disseram que viram uma aparição de Nossa Senhora, São José e São João Evangelista na ponta do frontão sul da Igreja de São João Batista. Atrás deles e um pouco à esquerda de São João havia uma altar simples. Sobre o altar havia uma cruz e um cordeiro, com anjos. Um fazendeiro, a cerca de 800 metros de distância da cena, mais tarde descreveu o que viu como um grande globo de luz dourada acima e em volta do frontão, circular em aparência. Por praticamente duas horas um grupo que variou entre dois e talvez até vinte e cinco pessoas ficou em pé ou de joelhos, com os olhos fixos nas figuras..."

Havia naquele tempo um grande apetite na Irlanda por fenômenos religiosos. À medida que as notícias da alegada aparição se propagaram pelas cercanias, grandes números de visitantes vieram até o local: "Todo o muro da aparição foi em pouco tempo derrubado pelos peregrinos, que cortavam o cimento, a massa corrida e as pedras e levavam como lembrança para usar para curas." [Wikipedia].

A aparição ainda precisa receber uma declaração formal de aprovação do Papa, embora os bispos locais já a tenham aprovado. Entretanto, ela foi informalmente endossada no nível mais alto. O Papa João Paulo II foi até o santuário em Knock em 1979 para comemorar seu centenário, enquanto que o Papa Francisco fez uma visita em 2018.

Como mostramos em um ensaio anterior ("Satan in Satin", não traduzido), todas as aparições de Maria são obra do Maligno. Ele é o grande enganador e tem a capacidade de aparecer como um ser sobrenatural de luz. Entretanto, a aparição em Knock não precisou do envolvimento pessoal do Maligno. O fenômeno e os fatos da forma como eles foram reportados, podem ser explicados satisfatoriamente pelo uso de uma lanterna mágica escondida — veja o Apêndice A.

Tecnologia Avançada Será Usada para Produzir o Engodo das Massas

Uma fraude similar hoje requereria um tipo muito mais sofisticado de tecnologia. Imagens holográficas animadas seriam necessárias, em terceira dimensão de alta resolução. Se essas imagens forem projetadas no céu — não em uma parede ou em um frontão! — elas causarão uma impressão podersoa na audiência que estiver vendo abaixo.

Imagine o efeito em um país católico se um místico católico bem conhecido, como o Padre Pio — cuja imagem é familiar para a maioria dos católicos — aparecesse com um sorriso benigno e apontasse para uma aparição distante de Maria. Ele não precisaria dizer coisa alguma. Todos saberiam o que ele queria que sua audiência católica fizesse, isto é, receber a Rainha do Céu como a Medianeira da humanidade. Ela, por sua vez, dirigiria sua audiência para os braços de seu "filho", o Anticristo.

Já é possível projetar imagens holográficas dessa qualidade em um céu vazio. Efeitos sonoros e de voz podem ser adicionados, que parecem emanar das figuras animadas. Durante um tempo de grande agitação e instabilidade social, esse fenômeno seria considerado como um "sinal" do céu pela maior parte da população. Se o Padre Pio exortasse todos a se ajoelharem e recitarem a reza do Rosário, vastos números fariam isso. Os poucos céticos que se atrevessem a falar em alta voz provavelmente seriam incapazes de explicar como, por que, ou por quem a fraude estava sendo perpetrada.

https://www.instagram.com/reel/Ctc0ErwrNhN/?hl=en

A Tecnologia Escolhida Já Foi Plenamente Testada

Esta tecnologia já foi testada no público em vários locais em todo o mundo usando temas e imagens mentais divertidos ou inofensivos. Presumivelmente, os patrocinadores queriam ver como audiências racialmente diversas responderiam. As imagens na página anterior são tiradas de um teste realizado em Dubai, que foi publicado no formato de vídeo no Instagram em junho do ano passado.

Para os leitores que ainda não estão familiarizados com o que essa tecnologia pode fazer, recomendamos fortemente que eles deem um clique no link do Instagram fornecido acima e vejam por si mesmos a perfeição como isso duplica no céu o movimento das baleias "nadando" e saltando até a superfície da água.

A mesma técnica admirável poderia ser usada para criar o efeito de uma invasão de extraterrestres, com naves espaciais enormes cruzando o céu de um lado para outro, disparando feixes de laser letais sobre as cidades aterrorizadas. O poder destrutivo dos "feixes de laser" poderia ser alcançados na realidade com a detonação de explosivos pré-posicionados em alvos escolhidos.

"E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem." [2 Tessalonicenses 2:8-10].

Conclusão

Se tomarmos a "visão" moderna do mundo, conforme ela é ensinada em nossas escolas e faculdades, uma visão que é repetida e reforçada diversas vezes nos jornais e nos debates mais intelectualizados na televisão, então os eventos preditos neste ensaio parecerão extremamente exagerados. Entretando, se acreditarmos naquilo que Deus diz em Sua Palavra, e considerarmos a manifestação sem freios da malignidade e destrutividade descritas no livro do Apocalipse, saberemos que o fim dos tempos iniciará com um afastamento súbito e radical da "visão moderna". O mundo caracterizado por "progresso contínuo" — como nossos líderes querem que acreditemos — virará inexplicavelmente de cabeça para baixo, em um estado de agitação e instabilidade diferente de tudo o que já vimos na história.

Com este pano de fundo, uma invasão encenada de extraterrestres, para não mencionar súbitas aparições impressionantes no céu, não pareceriam fora de lugar. Ao contrário, esse tipo de engodo em larga escala — ou exercícios complexos em controle mental — deveria se esperado, onde a Elite multibilionária, como servos juramentados de Satanás, conspirarão com seu mestre sobrenatural para atrair a humanidade para uma armadilha mortal.

Aqueles que aceitarem o "sinal da Besta" estarão escolhendo o Anticristo como seu "salvador". Ao fazerem isso, eles perderão a vida eterna. Incontáveis milhões de almas tomarão o veneno oferecido por Satanás. Eles rejeitarão o verdadeiro Filho de Deus, Jesus Cristo de Nazaré, e se submeterão, em vez disso, à Besta.

Um Plano Antigo

O plano para produzir isto foi rascunhado muito tempo atrás. Ao longo do caminho, vimos como os agentes de Satanás prepararam documentos falsificados para concentrar mais e mais poder nas mãos do Papado. Vimos como os jesuítas e os maçons trabalharam em conjunto para solapar a Bíblia, novamente por meio de subterfúgios e engodo. Vimos também como os avanços na tecnologia aumentaram a abrangência para o uso de truques e dissimulações, ofuscando ainda mais a distinção entre realidade e ilusão. A partir disso, podemos inferir que tecnologia avançada certamente será usada nos próximos anos de modos até aqui inéditos para causar grande admiração e criar uma mentalidade de Nova Era, uma cosmovisão cabalista por meio da qual as massas de humanidade serão condicionadas a aceitarem o Anticristo.

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." [Mateus 7:15].

Engodos Baseados em Manuscritos Que o Maligno Poderá Experimentar

Novas tecnologias, especialmente com a ajuda da Inteligência Artificial (IA) serão capazes de produzir falsificações indetectáveis, antigos manuscritos que até os maiores céticos se sentirão obrigados a aceitar como genuínos. Se esses manuscritos incluírem alguns dos tempos do Novo Testamento, eles poderiam ser usados para solapar os modos como passagens fundamentais da Escritura foram tradicionalmente interpretadas. A abrangência para a enganação é infindável. Por exemplo, uma carta forjada do apóstolo Pedro para os outros apóstolos poderia ser usada para sugerir que eles estavam grandemente perturbados pelas doutrinas ensinadas por Paulo. Isto colocaria um grande sinal de interrogação em todos os escritos paulinos.

Outra carta falsificada escrita por Pôncio Pilatos para seus superiores em Roma poderia alegar que ele enviou outra pessoa para a cruz no lugar de Jesus, que em sua opinião era inocente de qualquer crime. O Senhor foi açoitado com tanta severidade ("Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens." [Isaías 52:14]) que Pilatos sabia que os judeus não conseguiram notar a diferença. Infelizmente, os seguidores dele, que tinham pago a Pilatos uma bela quantia de dinheiro para libertar Jesus, mais tarde afirmariam que ele ressuscitou dentre os mortos. A carta de Pilatos poderia tomar uma forma de pedido de desculpas para seus superiores pelo aparecimento dessa estranha história da ressurreição.

Como você pode ver, as sementes da confusão poderiam ser semadas em bem pouco tempo. Os servos de Satanás poderiam decidr realizar um ataque pessoal contra Paulo, produzindo uma carta falsificiada de Tito, o bispo de Creta, para Paulo, repleta com expressões de afeição amorosa. Esse tipo de carta poderia ter o objetivo de sugerir que Paulo e Tito e, possivelmente, até Timóteo, tinham sido amantes.

Lamentamos ter de dar exemplos desta natureza, mas é importante compreender o impacto que engodos "científicos" baseados em textos deste tipo poderiam ter. Teólogos respeitáveis e professores universitários poderiam ser entrevistados pelas redes de televisão de todo o mundo, atestando a veracidade desses antigos documentos e expressando seu profundo desapontamento que eles tenham vindo à luz. Eles acrescentariam, é claro, que é obrigação deles dizer a verdade. Eles poderiam até mesmo afirmar que as fontes deles em Roma tinham revelado que documentos similares, armazenados em segurança na Biblioteca do Vaticano, tinham sido retidos do conhecimento público por mais de um século porque o conteúdo deles causaria escândalo.

Em um ensaio de uma página escrito no ano de 2009 (veja o Apêndice B) alertamos nossos leitores para a possibilidade que Roma estivesse se preparando para liberar evidências históricas que poderiam levar a uma grande reavaliação do caráter e dos escritos de Paulo. Os jornais naquele tempo tinham acabado de reportar que o túmulo de Paulo tinha alegadamente sido encontrado e que as escavações arqueológicas estavam em andamento.

É assim que os engodos funcionam! Testemunhas com credenciais impecáveis apresentam-se com o testemunho de especialistas, apoiados por evidências científicas impressionantes. Eles enfrentam a oposição de instituições poderosas, que estão determinadas a impedir que a verdade seja conhecida. Após vários meses de controvérsias e discussões acaloradas na mídia, o assunto é finalmente pacificado. Os fatos falam por si mesmos, eles argumentam — afinal, ciência é ciência — e o público eventualmente aceitará que os documentos são genuínos.

"Ide, e consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do SENHOR, que se acendeu contra nós; porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de nós está escrito." [2 Reis 22:13].


Apêndice A

Prova Que a Aparição em Knock de 1879 Foi uma Fraude

1. Sempre que visionários são observados por terceiros durante uma aparição, eles normalmente estão em algum tipo de transe. Nem um dos visionários de Knock estava em transe.

2. As aparições marianas envolvem geralmente somente mulheres e crianças. Embora tenham havido algumas exceções históricas, os homens muito raramente são selecionados (somente um, ao que parece, em mais de 400 anos de aparições aprovadas pelo Vaticano). A alegada aparição em Knock foi vista por quatro homens adultos.

3. Historicamente, as aparições marianas não ocorreram diante de grupos maiores do que seis, e essas envolveram crianças somente. Nem uma aparição aprovada pelo Vaticano foi testemunhada por mais do que um adulto de uma vez, porém onze adultos observaram as imagens no frontão da igreja em Knock.

4. Os visionários marianos ficam invariavelmente cativados por aquilo que veem e experimentam grande prazer em testemunhar a aparição. Ninguém se atreveria a se afastar dali depois de 15 minutos —

Continuei olhando por uma hora inteira e então me afastei..."
"Continuei olhando por quinze ou vinte minutos inteiros; em seguida, fui embora e retornei para minha casa."
Permaneci somente dez minutos e então fui embora."
"Permaneci pelo espaço de pelo menos quinze minutos, talvez mais."

5.Os testemunhos das aproximadamente 15 testemunhas não possuem convicção e não têm semelhança, em um único caso, com os relatos emocionados e repletos de temor feitos por outros visionários marianos.

6. As aparições marianas são invariavelmente constituídas por uma imagem dinâmica, não uma imagem estática. Mesmo quando a Virgem não fala, ela é claramente uma entidade viva. ("Não havia movimento ou sinal ativo de vida a respeito das figuras.")

7. A aparição em Knock incluiu dois santos, José (presumivelmente o marido de Maria) e João (presumivelmente o evangelista). A Virgem nunca apareceu acompanhada por santos em qualquer uma das aparições oficialmente aprovadas.

8. Os santos que apareceram na aparição eram desproporcionalmente pequenos em relação à Virgem.

9. A imagem não estava em pé livremente, mas apareceu em um frontão de igreja. Ela era bidimensional, enquanto que as aparições genuínas sempre foram em três dimensões.

10. A aparição continuou por um tempo muito longo, mais de duas horas, de acordo com algumas testemunhas. Este é um contraste acentuado com outras aparições aprovadas, que persistiram por períodos muito mais curtos, algumas vezes somente por uns poucos minutos.

11. Diversos visionários disseram que as figuras na aparição eram muito similares às estátuas na igreja local deles.

12. O sacerdote católico local, o arcediago Cavanagh, ouviu de uma testemunha, Mary McLoughlin, que uma aparição de Maria estava aparecendo naquele momento no frontão da igreja, mas ele não demonstrou interesse e não foi investigar. Ele também não expressou arrependimento no dia seguinte por não ter feito isso.

Lanternas Mágicas

Desde o tempo de sua introdução as lanternas mágicas causaram grande entusiasmo e algumas vezes temor, entre as audiências que viam pela primeira vez uma imagem projetada. Muitos melhoramentos técnicos para a operação delas foram feitas durante o século 19. O impacto na audiência teria sido consideravelmente maior se o equipamento fosse escondido e a imagem projetada ocultamente. Nesse tipo de circunstância, até uma imagem estática projetada em um frontão molhado teria causado uma impressão poderosa em uma comunidade rural simples no oeste da Irlanda em 1870.

Conclusão

As evidências mostram claramente que a aparição foi uma fraude. Ela teria sido bem fácil de perpetrar sob as condições existentes em Knock naquele tempo. Uma comunidade rural de baixa escolaridade e de baixa renda no oeste da Irlanda, tendo pouca familiaridade com ciência ou tecnologia, uma devoção servil a Maria e um gosto acentuado por fábulas supersticiosas, era presa fácil para um truque desta natureza. O fato que o Vaticano não aprovou a aparição por praticamente cem anos é prova adicional que ninguém de maior nível social ou educacional atribuiria qualquer credibilidade aos relatos, no tempo do incidente ou décadas depois dele.


Apêndice B

Os Illuminati Podem Estar Planejando Solapar a Doutrina Bíblica Reinventando Paulo de Tarso

No sábado, 28 de junho de 2009, o Papa Bento 16 anunciou a descoberta daquilo que o Vaticano supõe ser o túmulo de Paulo de Tarso, autor de uma porção considerável do Novo Testamento.

Essa descoberta está baseda na datação de carbono dos fragmentos de ossos encontrados em uma cripta subterrânea na Basílica de São Paulo, em Roma, que há muito tempo é considerada como sendo o local onde o grande teólogo e missionário cristão foi enterrado. A cripta somente foi descoberta pelos arqueólogos do Vaticano cerca de três anos atrás. O Papa disse: "Isto parece confirmar a tradição unânimee e incontestada que os fragmentos de ossos são os restos mortais do apóstolo Paulo."

Os arqueólogos do Vaticano, é afirmado, também encontraram um afresco muito antigo, datado de cerca de três séculos depois da morte de Paulo, na parede da cripta, que eles suspeitam possam ter sido um ícone do grande homem.

Deve ser observado que os fragmentos de ossos foram recuperados após uma sonda minúscula ter sido inserida em um sarcófago dentro da cripta. Isto sugere que o sarcófago ainda está selado e que "descobertas" adicionais são possíveis.

Advertência — Um Grande Engodo Pode Estar a Caminho

Isto tem implicações potencialmente profundas para o Cristianismo. Um túmulo selado poderia concebivelmente servir como um pretexto para um grande engodo, isto é, a descobberta de alguns escritos anteriormente desconhecidos de Paulo. Imagine as implicações teológicas de uma descoberta que se proponha a mostrar que Paulo escreveu um adendo para a Escritura tradicional. Um fragmento de pergaminho poderia aparecer, que parecesse ser "prova" que Paulo nunca teve a intenção que Jesus fosse considerado como Deus totalmente, ou que o "Cristo" era uma realidade divina que incorporou-se no homem Jesus.

Esse tipo de "achado" seria devastador para os cristãos tradicionais e que creem na Bíblia — mas dificilmente causaria um murmúrio entre a maioria de católicos.

Assim, esteja advertido. A alegada descoberta anunciada pelo Papa em 28 de junho pode realmente ser um prelúdio para um engodo mortal.

Jeremy James
1 de julho de 2009

Solicitação Especial

O Tempo Está se Esgotando...

Incentivamos os leitores frequentes a baixar os ensaios existentes neste website para cópia de segurança e referência futura. Talvez eles não fiquem disponíveis para sempre.

Para saber um modo fácil de baixar todos os ensaios (mais de 370), escreva uma mensagem de correio eletrônico para mim.

Estamos caminhando rapidamente para um tempo em que materiais deste tipo somente poderão ser obtidos via email. A Irlanda está para aprovar uma lei de censura draconiana, a primeira do tipo no mundo "livre", que fechará websites como este e poderá resultar em penalidades como confisco de bens, multas financeiras e prisão por até cinco anos.

Os leitores que desejarem ser incluídos em uma lista futura para receberem mensagens de correio eletrônico, são convidados a me contactarem no seguinte endereço: jeremypauljames@gmail.com.


Autor: Jeremy James, artigo 376 em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 5/5/2024
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/anotomia-do-engodo.htm