Palavras de Prevenção a Respeito do Fim dos Tempos, do Autor Cristão H. A. Ironside

Autor: Jeremy James, Irlanda, 17/9/2022.

Como muitos fiéis cristãos, tenho respeito considerável pelos eruditos bíblicos dos séculos 19 e 20, que se firmavam na Palavra de Deus e se recusavam a serem distraídos pelas teorias, modas e acontecimentos políticos mais recentes. Eles estudavam cuidadosamente aquilo que Deus disse e examinavam os eventos do mundo real a partir daquela perspectiva, mesmo quando não era popular fazer isso, ou quando uma nova descoberta "científica" entrava em cena e que estava em conflito com a Escritura.

Eles podiam ver que os judeus retornariam em breve para a terra de Israel, pois a Palavra de Deus dizia que isso ocorreria à medida que a Época se aproximasse do fim. Eles não permitiam a si mesmos ser desviados do caminho, analisando exatamente como aquilo aconteceu, ou os motivos daqueles envolvidos, e rejeitando tolamente o papel crucial daquilo na profecia bíblica. Eles sabiam que Deus frequentemente realizava Sua vontade usando aqueles que se opunham a Ele como instrumentos do Seu propósito.

Recomendamos fortemente os escritos de H. A. Ironside — veja o Apêndice B — por que eles estão baseados em hermenêutica sólida e são apoiados por um exame verdadeiramente diligente daquilo que Deus registrou para nosso benefício em Sua Palavra. Os prelados católicos-romanos há muito templo deploram homens como Ironside, pois eles os lembram, repetidamente, que Deus disse expressamente que nunca devemos fazer acréscimos ou subtrações em Sua Palavra. Papas sucessivos ao longo dos séculos fizeram exatamente isso, emitindo bulas e outros éditos teológicos que fizeram acréscimos à Palavra de Deus, ou mudaram o significado claro daquilo que Ele disse:

"Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando." [Deuteronômio 4:2].

"Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso." [Provérbios 30:5-6].

"Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro." [Apocalipse 22:18-19].

Este é um pedido muito simples de nosso Criador: "Eu disse aquilo que disse para seu benefício e bem-estar; não façam acréscimos e nem excluam parte alguma de minha palavra."

Mas, o homem em seu estado caído é incrivelmente desobediente. Ele também é sagaz e esforçado quando se trata de encontrar modos de justificar sua desobediência.

Estamos testemunhando hoje a culminação dessa desobediência, onde até aqueles que professam estudar e respeitar a Palavra de Deus estão ignorando aquilo que Ele disse e seguindo, ao revés, suas próprias opiniões. Eles nunca admitem que a rejeitaram, mas afirmam, ao contrário, terem chegado a uma maior compreensão daquilo que Ele realmente quis dizer. Eles são frequentemente empurrados nessa direção por supostos profetas e visionários que "reimaginaram" as verdades da Bíblia, ou descobriram uma verdade especial que ninguém discerniu ou compreendeu até agora.

"Se me amais..."

Jesus disse: "Se me amais, guardai os meus mandamentos." [João 14:15]. Um desses mandamentos é acreditar e honrar tudo o que o Pai revelou para nós em Sua Palavra. Assim, de acordo com Jesus, aqueles que fazem acréscimos à Escritura, ou fazem remoções dela, não O amam. Esta é uma mensagem dura para muitos cristãos professos hoje.

Se alguém tentar se evadir da força de João 14:15, que considere o significado de dois versos posteriores no mesmo Evangelho:

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele." [João 14:21].

"Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor." [João 15:10].

Isso foi tornado ainda mais explícito, se isso for possível, na ocasião em que Ele estava cercado por uma grande audiência e Sua mãe e irmãos quiseram se aproximar e falar com Ele. Quando Ele foi informado disso, perguntou retoricamente: "Quem é minha mãe e meus irmãos?" [Marcos 3:33b]. Em Lucas, Ele dá a seguinte resposta: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam." [Lucas 8:21b].

O Anticristo deixará sua audiência sob um encantamento. Como os oficiais que foram enviados para prender Jesus, eles dirão: "Nunca homem algum falou assim como este homem." [João 7:46]. Mas, no caso deles, eles dirão isso por que nunca guardaram a Escritura em seus corações, nem viveram em obediência à Palavra de Deus. É por isto que Jesus disse que nunca os conheceu.

Depois que a igreja for tirada deste mundo no Arrebatamento, os cristãos professos que ainda estiverem na Terra se voltarão em grandes números para o Anticristo quando ele se revelar. Eles farão isso por que seus corações não foram transformados pelo Evangelho. Onde Jesus conectou amor muito firmemente com obediência, esses cristãos professos viram pouca ou nenhuma conexão. Isto, em parte, é aquilo que tornará o Anticristo tão atraente inicialmente para as massas humanas.

Quem Aceitará o Anticristo?

Baseando-se em muitas passagens da Escritura para apresentar seu argumento, H. A. Ironside diz em seu livreto Who Will Be Saved in the Coming Period of Judgment (Quem Será Salvo no Período Futuro de Julgamento), que qualquer um que rejeitar o Evangelho antes do Arrebatamento será judicialmente incapaz de fazer isso depois e alegremente receberá o Anticristo.

Em vez de resumir o que ele diz, exortamos nossos leitores a estudarem o livreto por si mesmos (veja o Apêndice A). Uma cópia do estudo foi gentilmente enviada para mim por um leitor regular que, como muitos outros fiéis cristãos, está perturbado que os cristãos nominais — a grande maioria da igreja visível hoje — enfrentarão essa situação.

O Dr. Ironside expressou uma opinião similar em seu livro The Great Parenthesis (O Grande Parêntesis):

"Mas, durante a última metade da Septuagésima Semana, ele [o Anticristo] enganará as nações com o poder, sinais e maravilhas da mentira. Aqueles entre os judeus que serão preservados naquele dia são designados nos livros dos profetas do Velho Testamento como "o remanescente". Esse remanescente judaico se tornará os mensageiros de Deus para os gentios que ainda não ouviram e resistiram à verdade, mas para aqueles que já ouviram e tiveram todas as oportunidades de serem salvos, e persistiram em rejeitar a mensagem da graça, não há possibilidade de salvação naquele dia terrível. Como eles rejeitaram o amor da verdade quando poderiam ter conhecido, Deus enviará a operação do erro, para que eles não creiam meramente em uma mentira, mas, de acordo com o texto original, a mentira, isto é, a mentira do Anticristo, para que todos eles sejam condenados ao julgamento, por que não acreditaram na verdade, mas tiveram prazer na iniquidade." — H. A. Ironside, The Great Parenthesis (O Grande Parêntesis), pág. 119.

Se ele estiver correto — e acredito que está — então muitos cristãos professos, e muito possivelmente alguns que são nossos conhecidos, terminarão aceitando o Anticristo.

Como devemos nos resignar com isto? Afinal, a questão é totalmente fora de nosso controle. Como sempre, precisamos confiar no Senhor e em Sua grande misericórdia!

Podemos também refletir sobre o critério crucial no ensaio do Dr. Ironside, isto é, que aqueles que forem afetados pela "operação do erro" (2 Tessalonicenses. 2:11) são aqueles que ouviram o Evangelho antes da Tribulação, porém preferiram rejeitá-lo. Assim, de acordo com essa interpretação, aqueles que "vieram da grande tribulação" (Apocalipse 7:14) são os santos que ouviram o Evangelho pela primeira vez durante a Tribulação e aceitaram Cristo como seu Salvador. Esses incluirão muitos hindus e muçulmanos, bem como uma ampla variedade de pessoas de toda a face da Terra que, até então, eram incrédulas.

Devemos observar aquilo que a Palavra de Deus diz em 2 Tessalonicenses 2:12: "todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade" estão destinados à perdição.

Quem são essas pessoas? Muitos diriam que são falsos cristãos com uma disposição cruel, pessoas que secretamente gostam de ver o sofrimento dos outros. Mas, essa interpretação é estreita demais. Considere o caso da Irlanda: em 25 de maio de 2018, cinco de cada sete pessoas em condições de votar decidiram apoiar o assassinato de crianças nascituras, ou preferiram não ir até as seções eleitorais e votar contra a proposta. Quantas dessas pessoas sentiram prazer na iniquidade?

A igreja apóstata moderna afastou-se tanto do Evangelho de Cristo que muitos cristãos professos hoje nunca ouviram o verdadeiro Evangelho. Isto não deve nos surpreender. Existe um grande vão entre o evangelho social-ecumênico ensinado pela Igreja de Laodiceia hoje e o verdadeiro Evangelho de Cristo. Isto sugere que muitos cristãos professos, que não eram parte do Corpo de Cristo ao tempo do Arrebatamento, responderão com alegria à mensagem do Evangelho durante a Tribulação. Eles provavelmente pagarão com suas vidas, porém serão salvos.

A Palavra de Deus parece apontar nessa direção quando diz: "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." [Romanos 10:13].

O Terceiro Templo em Jerusalém

Um sinal plausível dessa "operação do erro" será a importância vinculada pelos cristãos nominais à construção do Terceiro Templo em Jerusalém. Muitos que terminarão recebendo a marca da besta acreditarão que o Terceiro Templo tenha sido construído por homens bem-intencionados para honrar o Senhor Deus da Bíblia. Na realidade, ele será construído por maçons e judeus cabalistas apóstatas para honrar o Anticristo, o falso messias.

O livro do Apocalipse nos diz que, depois que a Igreja partir, Deus enviará duas testemunhas para substituirem a Igreja como Sua testemunha na Terra. Essas duas testemunhas aparecerão nas ruas de Jerusalém horas depois do Arrebatamento e iniciarão a missão dada a eles por Deus.

O Templo pode já ter sido erigido por volta daquele tempo, ou será erigido pouco depois do aparecimento das duas testemunhas. Elas tomarão o controle do Templo e, expulsando os impostores maçons e cabalistas, consagrarão o Templo para o Senhor. Será então quando Elias, uma das duas testemunhas, "restaurará todas as coisas" (Mateus 17:11). Isso incluirá a restauração dos sacrifícios diários e a consagração dos sacerdotes da linhagem de Arão.

O Assassinato das Duas Testemunhas

Apesar dos melhores esforços dos agentes do Anticristo para expulsar as duas testemunhas, eles não conseguirão fazer isso. As testemunhas terão poderes sobrenaturais impressionantes e serão colocadas para fora somente quando o próprio Anticristo for até Jerusalém e matá-las. Os corpos dos dois homens ficarão nas ruas e o mundo inteiro se alegrará com a cena, tendo assistido ao drama se desdobrar durante vários meses nas telas de seus aparelhos de televisão.

Após três dias e meio, as duas testemunhas irão ressuscitar e ascenderão ao céu. O mundo ficará em choque. Todos que seguem o Anticristo ficarão grandemente desanimados quando virem esse evento impressionante. Isto era algo que eles nunca poderiam esperar. Para eles, parecerá que o "messias" deles foi estorvado de algum modo. Em sua fúria, o Anticristo entrará no Templo e cometerá a "abominação da desolação" (Mateus 24:15).

Lembre-se, de modo a constituir uma abominação aos olhos de Deus, o Templo precisará estar consagrado a Deus. Isso somente pode ser feito por um verdadeiro profeta de Deus. Se Elias e a outra testemunha não fizerem isso, o templo permaneceria um edifício secular construído pelos inimigos de Deus para seus próprios propósitos. (Para um estudo mais detalhado a respeito do papel das duas testemunhas, veja nosso ensaio anterior, intitulado "A Missão das Duas Testemunhas no Livro do Apocalipse".)

Qualquer um que apoiar a construção do Terceiro Templo, seja financeiramente ou de outros modos, está realmente facilitando a chegada do Anticristo. O Templo está sendo construído para ele. É por esse modo que Satanás pretende alcançar sua terceira ambição, o terceiro "Eu irei" no capítulo 14 de Isaías:

"E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte." [Isaías 14:13].

Veja também Salmos 48:2 — "Formoso de sítio, e alegria de toda a terra é o monte Sião sobre os lados do norte, a cidade do grande Rei."

Um Sionista Secularizado Admite Que o Templo Definitivamente Não É para Jesus

Na Aula 15 de seu comentário sobre o Livro do Apocalipe, o autor H. A. Ironside relembra o seguinte episódio:

"... quando o Dr. Mosinshon, do Colégio Hebraico de Jaffa, estava viajando pelos EUA no interesse do mesmo movimento Sionista [isto é, o Congresso Sionista], tive o privilégio de ouvi-lo em uma palestra na Universidade da Califórnia. Durante sua fala, ele disse: 'Pensem em todos os grandes líderes religiosos que vieram do Oriente. Moisés apareceu no Oriente, Buda, Confúcio, Jesus e Maomé, todos apareceram no Oriente. E dizemos a vocês, ocidentais, com confiança, que se vocês restaurarem os judeus em seu lar ancestral, não demorará muito até que demos a vocês outro grande líder religioso que talvez transcenderá todos os anteriores.' Um médico cristão que tinha me acompanhado e eu, que tínhamos ido ali juntos, olhamos um para o outro com perplexidade. Sentimos que estávamos ouvindo um 'João Batista' do Anticristo, tão surpreendente foi o anúncio. E, com a luz que a palavra profética lança sobre o futuro agora muito próximo, quem pode duvidar que essa declaração do líder hebreu de fato parecerá para um mundo descrente para ser cumprida no homem perverso que irá se levantar na terra da Palestina e que será reconhecido pelo Judaísmo apóstata e pela Cristandade apóstata como o Cristo — o homem vindouro. Para este fim terrível, todas as seitas, religiões e 'ismos' modernos estão caminhando e, quando a presença pessoal do Espírito Santo for retirada da Terra, a manifestação desse homem não será retida por muito tempo." [pág. 142].

O Dr. Ironside estava fazendo uma advertência para todos que se preocupavam em ouvir. Os líderes apóstatas de Israel estavam sabidamente caminhando para um futuro onde esperavam produzir um grande líder religioso como aqueles listados — ou que até "transcendesse todos os que vieram antes"!

Os líderes do Sionismo secularizado estão preparando o caminho para o Anticristo, como estão os líderes do Cristianismo apóstata.

O Dr. Ironside teve a compreensão de ver isso claramente, mesmo antes da formação do Estado de Israel. Ele não estava aceitando o anúncio de venda apresentado pelo Sionista de alto escalão. Ele sabia exatamente para onde tudo isso estava levando.

Porta-vozes do Instituto do Templo em Jerusalém há muito tempo falam orgulhosamente que os preparativos para a construção do Templo estão bem avançados. Acredita-se que o Templo possa já até ter sido erguido no Deserto do Negueve de forma experimental, com componentes pré-fabricados e que, quando chegar a hora de construi-lo no Monte do Templo em Jerusalém o projeto levará somente alguns meses para ser concluído.

A Evidência Que o Projeto do Templo Está Muito Avançado

Recentemente foram dadas evidências que os preparativos para o Terceiro Templo estão bem encaminhados. Em fevereiro de 2020, o Ministério dos Transportes de Israel anunciou que estava levando adiante os planos de construir uma extensão da linha de alta velocidade Tel-Aviv a Jerusalém, que conectará o Aeroporto Internacional Ben Gurion diretamente até a muralha ocidental em Jerusalém.

Na semana passada, a Secretaria dos Aeroportos de Israel anunciou que um novo terminal supermoderno será inaugurado no aeroporto em 2023. Ele terá o objetivo de atender ao aumento previsto de visitantes internacionais que virão a Jerusalém. A linha de alta velocidade proposta, ligando o aeroporto até a muralha ocidental, operará a partir desse terminal (o tempo estimado da viagem será de 28 minutos).

Os passos estão sendo dados por trás dos bastidores para manter o mundo islâmico de lado e desatento. Por exemplo, Israel recentemente assinou acordos de normalização com países árabes vizinhos, que aumentaram o número de rotas aéreas disponíveis e tornaram mais fácil para os turistas árabes visitarem Israel. Apesar da retórica na imprensa, as nações do Islã são controladas por maçons, de modo que as negociações como esta são fáceis de conseguir.

A Armadilha do Monoteísmo

Devemos nos lembrar também que o Judaísmo e o Islã são ambos monoteístas. Ambos rejeitam a Doutrina da Trindadae. Ambos negam vigorosamente que Deus tem um Filho. Esforços consideráveis estão sendo feitos, por exemplo por meio dos "Acordos de Abraão", para convencer o mundo islâmico que Alá e o Senhor Deus da Bíblia são um e o mesmo Deus. Afirma-se, por exemplo, que se há somente um ser divino, então o Deus de Moisés e o Deus de Maomé precisam ser a mesma pessoa.

A Igreja Católica Romana está pregando a mesma mensagem. O Artigo 841 de seu Catecismo moderno diz:

841. Relações da Igreja com os muçulmanos. "O desígnio de salvação envolve igualmente os que reconhecem o Criador, entre os quais, em primeiro lugar, os muçulmanos que declarando guardar a fé de Abraão, conosco adoram o Deus único e misericordioso que há-de julgar os homens no último dia."

Claramente, os cérebros que estão por trás da Nova Ordem Mundial estão planejando criar uma Religião do Mundo Unificado, constituída por membros da "fé abraâmica". O novo templo proposto no Monte do Templo provavelmente será apresentado para os muçulmanos como uma "Casa de Oração" que será agradável a Alá.

Parakaleo

Como fiéis cristãos verdadeiros, precisamos confiar na Palavra de Deus e descansar em Suas promessas. Isso inclui o Arrebatamento da Igreja Pré-Tribulação. Não "merecemos" o céu e nada que já fizemos merece nossa inclusão entre aqueles que entrarão no céu. Mas, vivemos na força dessa bênção, essa certeza celestial, por causa daquilo que Jesus, nosso Salvador, fez em nosso favor.

A Palavra de Deus nos diz que os fiéis que estiverem vivos serão tirados da Terra no mesmo dia que os mortos que ressuscitarem:

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." [1 Tessalonicenses 4:16-18].

Por que os cristãos são instruídos a "consolar uns aos outros com estas palavras"? Por que elas são imensamente importantes! O Espírito Santo está dizendo que esta notícia, essa revelação da verdade divina, é praticamente a informação de Inteligência mais encorajadora que poderíamos receber.

A palavra de conforto no grego original é parakaleo. Na tradução King James Version, essa palavra foi traduzida como beseech ("rogo") 43 vezes, confort ("confortar") 23 vezes, exhort ("exortar") 21 vezes e como outras palavras 22 vezes. Somos solicitados a garantir que todos os fiéis cristãos recebam essa mensagem. Por que outra razão deveríamos "rogar" e "exortar" os outros fiéis a compreenderem e se tornarem familiarizados com essa verdade, a não ser que ela seja de imensa importância?

O Arrebatamento Pré-Tribulação da Igreja é uma doutrina bíblica fundamental. Antes de o Senhor vir para julgar aqueles que rejeitaram o Evangelho — "Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo" [2 Tessalonicenses 1:8] — Ele precisa vir para aqueles que O receberam. Esses são dois eventos separados. Ele se encontrará com a igreja no ar na primeira ocasião. e descerá até a superfície da Terra na segunda, e somente na segunda para exercer o julgamento.

O Espírito Santo Está na Terra Hoje de um Modo Especial

Precisamos nos lembrar que o Espírito Santo está na Terra neste tempo de um modo especial. Ele não estava presente dessa forma durante o tempo do Velho Testamento, e deixará de estar presente desse modo após o Dia de Ressurreição. Depois que Ele deixar, a Igreja precisa partir da Terra também, pois todos os seus membros, como pedras vivas, constituem coletivamente o Templo em que Ele habita. A Palavra de Deus nos diz que, depois que entra em nossos corações, Ele nunca mais vai embora — "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre." [João 14:16].

No mesmo relato do Evangelho Jesua também se referiu a algo que muitos fiéis cristãos parecem ter se esquecido:

"Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei." [João 16:7].

Jesus e o Espírito Santo não podem estar ambos aqui na Terra ao mesmo tempo! Como Jesus irá descer no Monte das Oliveiras (veja Zacarias 14:4), o Espírito Santo precisa já ter partido.

O intervalo de tempo, em Sua primeira vinda, entre a partida de Jesus e a chegada do Espírito Santo foi de dez dias. O intervalo de tempo em Sua segunda vinda, entre a partida do Espírito Santo e a chegada de Jesus na Terra, será de 2.520 dias. Esse período é conhecido como a Tribulação, ou "o grande dia do Senhor" [Sofonias 1:14]. Durante esse tempo horrível, a ira do Senhor será derramada sobre a Terra. O "grande dia" de Sua graça e misericórdia terá chegado ao fim antes de isso iniciar — como precisa chegar ao fim! A igreja não poderá estar aqui.

Aqueles que defendem a posição que a igreja precisa passar por toda a Tribulação, ou por parte dela, estão grandemente enganados. A igreja, a Noiva de Cristo, é uma criação surpreendente. Jesus foi para o Calvário "pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta.." [Hebreus 12:2] A igreja não poderá estar aqui na Terra quando o Pai Celestial derramar Sua ira em grande fúria sobre toda a humanidade. A ira do Pai Celestial é dirigida somente contra aqueles que rejeitaram Seu Filho.

O Dilúvio, o último grande julgamento, atingiu cada metro quadrado da Terra; assim também a ira de Deus durante a Tribulação.

Marcação de Datas e o Arrebatamento

Há muita discussão hoje sobre o tempo do Arrebatamento. Muitos comentaristas estão fazendo aquilo que eles acreditam ser uma sólida conexão hermenêutica entre a Festa das Trombetas e o Arrebatamento. Eles interpretam a referência à "última trombeta" (1 Coríntios 15:52) como uma referência ao toque final e prolongado da trombeta no fim da Festa das Trombetas. A trombeta, ou conjunto de trombetas, tocava alegadamente 100 vezes durante essa Festa, com o último toque sendo muito mais prolongado do que os 99 anteriores. Essa nota final muito longa é algumas vezes chamada de Tekiah Gedolah, ou "grande toque de reverberação".

H. A. Ironside não concorda. Aqui está o que ele diz:

"Não tenho dúvida que esses expositores estão certos que compreendem a expressão 'a última trombeta' ser uma alusão à terceira trombeta das legiões romanas. Quando a primeira trombeta soava, podendo ser durante a noite ou durante o dia, os soldados se levantavam e desmontavam suas tendas. Quando a segunda trombeta soava, eles formavam as fileiras. Quando a última trombeta soava, eles partiam em marcha. E assim nós, os que cremos, ouvimos a primeira trombeta, despertando-nos quando estávamos mortos em nossos pecados. A segunda trombeta nos chamou para reconhecer a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo. Agora, aguardamos a última trombeta soar, quando seremos pegos e levados para estar com Ele para sempre. Em seguida, aqueles que estão vivendo em seus corpos mortais naturais serão subitamente revestidos de imortalidade. Isto é, o corpo será modificado em um momento, em um abrir e piscar de olhos, e transformado para ser similar ao corpo glorioso ressuscitado de nosso Senhor Jesus Cristo. Aqueles que tiverem morrido e cujos corpos apodreceram no túmulo, serão ressuscitados para a incorruptibilidade e em seus novos corpos estarão com Cristo e serão como Ele para sempre. Esta é nossa esperança. Por isto, somos chamados a esperar. A qualquer momento o Senhor Jesus poderá retornar para cumprir essas Escrituras. Que bênção estar pronto para saudá-Lo com alegria na Sua vinda!" — H. A. Ironside, The Great Parenthesis, pág. 109.

Que promessa gloriosa o Senhor fez! Como Harry Ironside diz, "Esta é nossa esperança. Por isto somos chamados a esperar." E somos privilegiados por podermos fazer isso!

Devemos observar aquilo que ele diz sobre o exército romano. O imperador tinha guarnições militares e fortificações em todo o Oriente Médio. A vista daquelas legiões marchando de um local para outro era familiar para todos. Grupos menores também eram vistos caminhando de cidade em cidade, carregando suas armas e equipamentos pesados. Este era um trabalho árduo feito no calor do dia. Quando Jesus disse "E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas" [Mateus 5:41], ele estava se referindo à autoridade exercida pelos legionários romanos, que podiam forçar um cidadão a caminhar uma milha com eles e ajudá-los a carregar os equipamentos. Cada milha era marcada por um marco, de modo que era fácil determinar a distância.

Metáforas e imagens derivadas da presença ubíqua dos exércitos romanos apareciam frequentemente nos escritos de Paulo. Talvez a mais conhecida seja "toda a armadura de Deus", em sua Epístola aos Efésios. Ele também se refere às disciplinas associadas com os jogos greco-romanos, em que os atletas competiam entre si pelo prêmio, ou coroa de louros, o stephanos, a coroa que ele exorta todos os fiéis cristãos a terem continuamente diante de si.

Assim, quando Paulo fala de um toque da trombeta, ele está quase certamente se referindo aos três toques da trombeta que eram familiares para todos no Oriente Médio, tanto judeus quanto gentios. Ao ouvirem o primeiro toque, os soldados romanos desmontavam o acampamento e ajuntavam todo o equipamento em volumes apropriados para a marcha que seria feita. Ao ouvirem o segundo toque, todos eles entravam em formação de marcha, prontos para a inspeção dos oficiais. E, ao ouvirem o terceiro toque, eles começavam a marchar. Essa "última trombeta" era uma mensagem universal na prática, dizendo a todos na localidade que um contingente ordeiro de soldados estava pronto para marchar e atravessar a cidade ou aldeia, uma cena que invariavelmente atraía um grande número de espectadores.

É fácil ver por que Paulo usou esse termo. Todos compreendiam o que ele significava, especialmente os leitores gentios de suas epístolas. Sendo o Apóstolo dos Gentios, ele não iria usar expressões que não fossem prontamente compreendidas por aqueles que não eram judeus. A Tekiah Gedolah, ou Festa das Trombetas, não seria conhecida pela maioria dos gentios, pois eles nunca teriam ouvido a respeito dela!

O Arrebatamento Pode Ocorrer a Qualquer Momento

As festas judaicas foram dadas por Deus para o povo de Israel para marcar as fases importantes no plano de redenção. As quatro primeiras falavam da Primeira Vinda, e as três últimas falavam da Segunda Vinda. O Arrebatamento da Igreja não está vinculado com qualquer uma delas. Somos exertados nesse plano e usufruímos de algo que os judeus como um povo ainda têm de experimentar — a presença (habitação) do Espírito Santo. Paulo teve a difícil tarefa de explicar o mistério da igreja tanto para os judeus quanto para os gentios. Os primeiros tinham sido chamados, porém foram achados em falta, agarrando-se rigidamente àquilo que tinha sido anteriormente revelado e recusando-se a receber a revelação adicional dada por Jesus e por Seus apóstolos.

O significado do fim dos tempos das três últimas festas judaicas é como segue:

1. Festa das Trombetas: O remanescente justo entre os filhos de Israel serão sacudidos até que despertem, por uma série de choques ou "trombetas". A partida da igreja provavelmente será um desses choques, junto com os ataques militares contra a Terra Santa, o trabalho das duas testemunhas, a morte das duas testemunhas, a abominação da desolação e a preservação milagrosa de um grande número de refugiados judeus pelo arcanjo Miguel e seu exército de anjos.

2. O Dia da Expiação: Isto significa a compreensão em agonia por parte do remanescente justo que eles rejeitaram seu Messias, Jesus Cristo, na primeira vinda Dele. O profeta Zacarias descreve essa ocasião profundamente emocional do seguinte modo:

"E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte; a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte. Todas as mais famílias remanescentes, cada família à parte, e suas mulheres à parte." [Zacarias 12:12-14].

O choque será tão grande que eles dificilmente conseguirão olhar uns para os outros. Eles se retirarão individualmente para seus quartos e chorarão amargamente por sua traição e falta de fé em seu glorioso redentor.

3. A Festa dos Tabernáculos. Esta festa fala da imensa alegria que virá sobre todo Israel — que será formado somente por judeus que aceitaram o Messias — quando o Senhor tomar residência entre eles. Isto irá manifestar o significado profético do Seu nome — Emanuel — "Deus conosco"!

"Portanto o meu povo saberá o meu nome; pois, naquele dia, saberá que sou eu mesmo o que falo: Eis-me aqui." [Isaías 52:6].

A alegria deles será correspondida com reciprocidade. Jesus abraçará Seu povo, regozijando-se com eles e cantando entre eles:

"O SENHOR teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo." [Sofonias 3:17].

Evite a Armadilha

Aqueles que identificam a Festa das Trombetas com o Arrebatamento da Igreja estão caindo em uma armadilha. Primeiro, eles estão se recusando a aceitar que o harpazo (arrebatamento) pode ocorrer a qualquer momento. Muitos afirmarão que não estão, mas essa é uma afirmação vazia. Eles estão marcando uma data, mesmo que seja uma data que vai de um ano até o próximo.

O segundo e mais sério erro é o risco ao qual Paulo faz alusão em sua Primeira Epístola aos Tessalonicenses. Aqueles fiéis cristãos estavam grandemente perturbados pela possibilidade que o Arrebatamento/Ressurreição já tivesse ocorrido e, aparentemente, tinham recebido uma ou mais cartas falsificadas afirmando que o próprio Paulo, ou um de seus principais assistentes, estava ensinando isso. Paulo quis que eles compreendessem por que e como eles tinham sido enganados.

Observe isto com atenção! A Palavra de Deus apresenta para nosso benefício um exemplo patente de engodo e confusão em torno da data do Arrebatamento. Paulo tinha dado a esses fiéis cristãos orientação muito clara nesta questão, porém eles foram depois influenciados por algum enganador que apareceu.

Se isto aconteceu com eles, poderia acontecer conosco também, de modo que precisamos ser cuidadosos.

O Maligno é muito capaz de encenar um falso "arrebatamento" para fortalecer sua própria enganação no fim dos tempos. Os cristãos professos que mais provavelmente irão acreditar nisso são aqueles que já estão prevendo a ocorrência do Arrebatamento na Festa das Trombetas, ou outra data especificada. Dado que o público hoje está profundamente condicionado a acreditar em virtualmente qualquer coisa que ouça na grande mídia, o engodo — se ele ocorresse — teria um efeito profundo em milhões de pessoas.

O que o Maligno ganharia com isto? Bem, além de seu grande efeito de desmoralização sobre o Cristianismo nominal, isso armaria o cenário para a vindoura Religião do Mundo Unificado. Muitos membros das religiões e seitas que existem no mundo estariam entre os "arrebatados". Se eles incluíssem o Papa, o Patriarca de Moscou, o Dalai Lama, gurus hindus proeminentes, e bem-conhecidos imãs e aiatolás, junto com muitos instrutores, místicos e "mestres" da Nova Era, o público iria querer saber o porquê.

Os comentaristas na televisão iriam dizer que as crenças inclusivas e o diálogo interfé deles combinado com suas obras exemplares e zelo religioso foram grandemente agradáveis a Deus.

Além disso, se os cristãos fundamentalistas ainda estiverem aqui na Terra, então isso somente pode significar uma coisa — a Reforma foi um desastre para o Cristianismo e a salvação pela fé somente, por meio da graça, é um falso ensino. O público começaria a acreditar que todas as religiões são uma, ou ramos da mesma Verdade, e que todas elas adoram ao mesmo Deus, enquanto que os cristãos nascidos de novo e que creem na Bíblia — que não ensinam nada desse tipo! — serão retratados como preconceituosos, de mentalidade estreita, extremistas e propagadores do ódio, que merecem ser presos e mantidos longe de todos.

Um Arrebatamento falsificado prepararia o caminho para uma Tribulação falsificada, ou um período de guerra, fome e agitações sociais em todo o mundo, que os políticos e a mídia, junto com a Igreja de Laodiceia, poderiam descrever como Tribulação. As ramificações disso são difíceis de imaginar e não iremos tentar explorá-las aqui.

Conclusão

A Igreja é uma criação verdadeiramente surpreendente. As massas de humanidade não entenderão isto até que ela desapareça da Terra e o vazio seja preenchido com o espírito da impiedade. A mudança será imediata, deflagrando uma série em cascata de eventos que, em sua destrutividade, parecerá quase irreal.

Cristo tomou sobre Si mesmo a ira de Deus no Calvário. Ele fez isso por cada um de nós, isto é, aqueles que vêm até Ele em fé e verdadeiro arrependimento. Ele pagou o preço. Como o preço já foi pago em sua totalidade, a Igreja não poderá estar aqui na Terra quando o Senhor derramar Sua ira sobre a humanidade desobediente.

Ao encerrarmos, temos a satisfação de repetir as palavras de Harry Ironside:

"Agora, aguardamos o som da última trombeta, quando seremos pegos e levados para estar com Ele para sempre. Então, aqueles que estiverem vivendo em seus corpos naturais e mortais serão subitamente revestidos de imortalidade. Isto é, o corpo será transformado em um momento, em um abrir e piscar de olhos, e ficará similar ao corpo glorioso da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo."

Louvado seja o Senhor!


Apêndice A

Quem Será Salvo no Período Vindouro de Julgamento?

Autor: H. A. Ironside

Antes de procurar responder a esta pergunta, que parece ser uma perplexidade para alguns, pode ser bom declarar, o mais resumidamente possível, o que significa um período de julgamento, pois este estudo provavelmente cairá nas mãos de alguns que até aqui nunca deram muita atenção ao ensino profético. Ao fazer isso, será necessário um pouco mais do que referenciar um grande número de passagens da Escritura, pois a falta de espaço impedirá a citação total, mas esperamos que o leitor referencie as passagens com as quais não esteja familiarizado.

Primeiro, então, devemos observar que as profecias do Velho Testamento nunca se referem à dispensação em que vivemos (que vai desde o Pentecostes até o vinda do Senhor para aqueles que são Seus), exceto em um modo muito indefinido, como por exemplo, em Daniel 9:26 — uma passagem que veremos logo mais. Desde Moisés até Malaquias, a Escritura está ocupada principalmente com a nação de Israel (Amós 3:2, Deuteronômio 7:6, Salmos 147:19-20) e a esperança dessa nação, isto é, o aparecimento do Profeta (Deuteronômio 18:15), Sacerdote (Salmos 110:4 e Zacarias 6:13), e Rei (Isaías 32 e Salmos 2:6), que os levará para a bênção perpétua como um povo (Salmos 132:11-18 e Isaías 35:10, 51:11 e 61:7), mas somente depois que eles nascerem de novo (Ezequiel 36:24-30).

Os gentios compartilharão essas bênçãos (Isaías 56:6 e 65:1), porém não em pé de igualdade com Israel, mas sim em sujeição a eles (Isaías 14:1-3, 60:3-5 e 62:2-3).

Entretanto, antes do início daquele dia do poder do Senhor e glória do Messias, os profetas predisseram a rejeição do Redentor desejado por Israel, para quem Ele veio (Isaías 53) e, em consequência, Israel foi colocado de lado por Deus (Zacarias 7:13-14), enquanto o Messias rejeitado toma Seu lugar nos céus, à direita do trono do Senhor (Salmos 110:1), até o futuro arrependimento do povo (Oséias 5:15). Entretanto, essa colocação de Israel "para fora do campo" não é final, como Jeremias cap. 30 e 31, além de muitas outras porções da Palavra de Deus declaram de forma bem clara. Mas, antes da restauração deles para o favor divino e para terra da Palestina, eles precisam passar por um curto período de perseguição e castigo inigualáveis, chamado de "tempo da angústia de Jacó" em Jeremias 30:7. Ao fim desse período de tempo, eles estarão prontos para reconhecer o Crucificado como seu Senhor, e "prantearão por ele como se pranteia pelo primogênito" (Zacarias 12:10-14 e 13:6-7). Na hora mais tenebrosa de suas dores, quanto Jerusalém estiver cercada por exércitos e eles estiverem na mais séria aflição, Ele aparecerá como o Libertador deles e destruirá seus inimigos, após o que o tabernáculo de Davi será levantado e o reinado da justiça será iniciado (Zacarias 14 e Amós 9:8-15).

Até aqui é Velho Testamento. Indo agora para o Novo Testamento, encontramos muitos novos dados sendo apresentados, sem o que a presente operação do Espírito de Deus no mundo seria inexplicável. Em Romanos 11 somos informados que com a quebra do ramos naturais (Israel) da árvore da promessa, ramos de oliveira-brava, ou zambujeiro (os gentios), foram enxertados no lugar; em outras palavras, a rejeição de Israel abriu caminho para a graça não predita antes ser mostrada para as nações, embora as profecias do Velho Testamento de bênçãos aos gentios possam ser citadas como prova que essa graça não está em colisão com a bênção final deles. Entretanto, essa obra especial entre os gentios não irá continuar para sempre; pois se eles não continuarem a agradar a Deus, também serão cortados e os ramos naturais serão enxertados novamente, pois Deus é capaz de fazer isso.

Deus está, então, fazendo uma obra, não mencionada nos oráculos judaicos, durante o tempo que Seu povo terreal é "Lo-Ami" ("Não meu povo", Oséias 1:9) — não reconhecido por Ele; e "o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado" (Romanos 11:25). Este é um dos "mistérios", uma das coisas secretas (Deuteronômio 29:29), até agora não reveladas. O Senhor Jesus confirma isto (porém a partir do lado político) em Sua profecia da destruição de Jerusalém, o longo período de desolação e supremacia gentia que seguirá e o fim em Seu aparecimento pessoal (Lucas 21). No verso 24, lemos: "Jerusalém será pisada pelos gentios, até que o tempo dos gentios se completem."

Isto nos conecta novamente com Daniel 9, onde encontramos a grande profecia das "Setenta Semanas". Uma exposição ampla dessa passagem não poderá ser feita aqui, mas iremos observar rapidamente os pontos principais. A partir do curso do tempo, setenta semanas de anos (observe os períodos diante da mente do profeta no verso 2), formando no total 490 anos, estão "determinadas" e dadas para o povo de Daniel — a nação judaica.

Antes desse período de tempo expirar, seis eventos importantes irão ocorrer: 1) a trangressão será finalizada; 2) será dado fim aos pecados; 3) expiação (em vez de "reconciliação") pela iniquidade; 4) a justiça eterna será trazida; 5) a visão e a profecia serão seladas, isto é, cumpridas e 6) o santíssimo, ou o santo dos santos, no templo do milênio será ungido em Jerusalém (veja Ezequiel 40 a 48).

As setenta semanas estão divididas em três períodos desiguais: 1) sete semanas, ou 49 anos; 2) sessenta e duas semanas, ou 434 anos; 3) uma semana, ou sete anos. Durante as primeiras sete semanas, "os tempos angustiosos", a cidade e a muralha de Jerusalém serão reconstruídas. A data inicial da contagem é encontrada em Neemias 2, "desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém." As sessanta e duas semanas parecem ter se seguido imediatamente e terminado na vinda do Messias. Após a conclusão desse período, Ele foi cortado e não teve nada, mas por meio disso a expiação foi feita. Em seguida, vem o longo presente intervalo de Jerusalém calcada aos pés. A cidade é destruída, como nosso Senhor também predisse, e "até o fim haverá guerra", até que surja alguém que confirme uma aliança com a massa dos judeus para a última e final semana. Claramente, então, essa semana ainda está no futuro. O relógio profético parou no Calvário. Ele não iniciará novamente até que "a plenitude dos gentios tenha chegado".

O tempo presente é uma época sem uma duração definida, um período de tempo introduzido como um parêntesis entre as semanas de número 69 e 70, em que Deus está tirando do meio dos gentios um povo para Seu nome (Atos 15:14). Não que Ele tenha desistido totalmente dos judeus agora, mas tanto judeus quanto gentios estão em pé de igualdade; "não há diferença, pois todos pecaram" (Romanos cap. 3). Ambos são igualmente salvos por meio da fé em Cristo, e todos eles são feitos membros de um Corpo, a Igreja, e pelo Espírito Santo unidos ao Senhor Jesus Cristo como Cabeça no céu (outro mistério até aqui não revelado — veja Romanos 11:25-28; 1 Coríntios 12; Efésios 4 e Colossenses 1:24-29). Isso começou com o batismo do Espírito Santo no dia de Pentecostes (Atos 2 e 1 Coríntios 12:13). Isso será completado na vinda do Senhor para chamar Sua Igreja para estar para sempre com Ele, um evento que poderá ocorrer a qualquer momento (1 Tessalonicenses 4:15-18; 1 Coríntios 15:51-54; e 2 Tessalonicense 2:1). Em seguida, a longamente adiada septuagésima semana iniciará seu curso.

Em sua conclusão, a profecia de Daniel (como todas as profecias do milênio) serão totalmente cumpridas. A expiação foi feita pela iniquidade após a expiração da sexagésima nona semana. A justiça eterna será trazida no fim da septuagésima semana.

Esse breve período, entretanto, será um período inteiro de julgamento e um julgamento triplo. Ele incluirá julgamente sobre a Cristandade apóstata, sobre Israel e sobre as nações como um todo. Ele será o resultado terrível da rejeição do Príncipe da Paz.

O livro do Apocalipse, dos caps. 4 até 19 é ocupado inteiramente com seus eventos solenes. Os santos — de todas as dispensações anteriores, bem como a Igreja — são vistos entronizados no céu como os vinte e quatro anciãos que foram redimidos com o sangue do Cordeiro (cap. 5) no início da semana. Eles aparecem cavalgando com os "exércitos do céu" com "a Palavra de Deus" em Sua gloriosa manifestação no encerramento. Os últimos três anos e meio serão especialmente o tempo quando Israel receberá "em dobro da mão do Senhor, por todos seus pecados" (Isaías 40:2), o "tempo da angústia de Jacó" de Jeremias 30:7 e de Daniel 12:1, e a "grande tribulação" de Mateus 24 e Apocalipse 7:14. O príncipe violador da aliança de Daniel 9 é, sem dúvida, a Besta, o chefe do Império Romano que faz uma liga com o rei perverso do cap. 11:36-39 — o Anticristo da profecia (1 João 2:18), o pastor inútil de Zacarias 11:15-17, que "virá em seu próprio nome", conforme predito pelo Senhor Jesus em João 5:43, e será recebido pela massa dos judeus como o Messias, mas que se tornará o cruel perseguidor de uma companhia de fieis designada como "remanescente" (ou "restante") (Isaías 11:11, Ezequiel 6:8, Apocalipse 12:17, etc.)

Confiando que o aquilo que foi escrito acima será claro para qualquer um que "examinar a Escritura" e ver "se essas coisas são assim", dedicaremos agora nossa atenção para o título deste estudo. Para muitos, os comentários preliminares foram sem dúvida desnecessários, porém outros poderão achá-los úteis.

O capítulo 7 de Apocalipse, com seus 144.000 israelitas selados e uma multidão de gentios salvos, vestidos com trajes brancos, é prova positiva que muitos serão levados a conhecer o Senhor após a Igreja ser tirada deste mundo e antes do estabelecimento do reino milenar. Eles não foram salvos para viverem no céu, embora tenhamos uma companhia adicional de mártires que são (Apocalipse 14:13 e 15:2-4); mas as companhias do cap. 7 são salvos para viverem na Terra. Eles serão "deixados" para entrarem no reino, conforme estabelecido em poder no aparecimento de Jesus Cristo, quando outros foram "levados" no julgamento (Mateus 24:40 e Lucas 17:34-36), e são provavelmente idênticos, como os gentios, com os "justos" de Mateus 25:31-36, que "herdam o reino".

Onde, então, eles serão encontrados? Alguém que tenha rejeitado o evangelho como agora é apresentado estará entre eles?

Em 2 Tessalonicenses 2, lemos a respeito do impedimento para a plena manifestação da malignidade do período do julgamento referido, que é evidentemente a presença do Espírito Santo na Igreja na Terra. Ele impede até que "do meio seja tirado." Quando Ele subir com a Igreja, no momento em que o Senhor descer até as nuvens, "E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade." [2 Tessalonicenses: 2:8-13].

Esta é certamente uma passagem muito solene, que merece ser considerada com atenção. Ela se refere a algo que pode ocorrer muito, muito em breve; uma situação em que muitos que estão vivos agora poderão entrar em breve. Quanto mais atentamente ela é examinada, mais claro pode-se ver que ela corta toda a esperança de qualquer um ser salvo naquela hora vindoura da tentação (Apocalipse 3:10), que ouviram o Evangelho da graça de Deus neste "dia da salvação" (2 Coríntios 6:2), mas o rejeitaram. Isso coloca uma terrível responsabilidade sobre aqueles que ouvem repetidamente a proclamação da salvação por meio da fé no Senhor Jesus Cristo, porém nunca depositam fé Nele. Para os filhos dos fiéis cristãos e membros de suas famílias que não são salvos, isso deve servir como advertência, pois em breve aqueles que conhecem o Senhor serão "tomados nos ares" e, em seguida, um sério julgamento virá sobre aqueles que não confiaram Nele.

Todos que "não creram na verdade" e que "não receberam o amor da verdade" quando ela foi apresentada a eles, serão entregues à "operação do erro", ou uma forte enganação, para que possam ser julgados. No dia quando a verdade foi pregada, eles se desviaram descuidadosamente dela, porque sentiam prazer na iniquidade. Eles foram "mais amigos dos deleites do que amigos de Deus" (2 Timóteo 3:4). Agora, eles estão entregues ao erro, e isso pelo próprio Deus. Como Elimas, o Encantador, que rejeitou a luz do Evangelho e foi ferido com cegueira, assim sobre esses, tendo se desviado da verdade, Deus envia a operação do erro, que os fará acreditar na mentira do Anticristo.

Para exemplos antigos de Deus enviar ilusões aos homens, causando-lhes cegueira judicial, veja os casos do Faraó (Éxodo 11:10), Acabe (2 Crônicas 18), a nação de Israel (Isaías 6:9-10) e Mateus 13:13-15). Todos que ouvem o Evangelho e não creem "já estão condenados" (João 3:18). Se o Senhor vier enquanto eles ainda estiverem nesse estado, a condenação será final, e observamos a pavorosa condenação deles em 2 Tessalonicenses 1:7-10, junto com o contraste do lugar abençoado que poderia ter sido deles, caso eles tivessem crido no testemunho que foi dado graciosamente: "Quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)." Não poderia haver declaração mais forte que todos que rejeitam o testemunho agora serão incapazes de se beneficiar dele depois, quando a ira divina derramada somente endurecerá, em vez de levar ao arrependimento. (Apocalipse 16:9-11 e 21).

O ensino tornou-se corrente entre muitos que a retirada dos salvos (no Arrebatamento) resultará em um despertamento na Cristandade nominal, para que muitos que agora têm um nome para viver, mas estão mortos, irão naquele dia voltar-se para o Senhor. Quanto a isso, a Escritura, como já vimos, diz exatamente o contrário, o que é confirmado pelo Senhor Jesus nos Evangelhos. No fim dos tempos, o joio será reunido em molhos e queimado (Mateus 13:30 e 40-42); o homem sem os trajes apropriados para a festa de casamento recebe sua porção junto com os hipócritas (Mateus 24:48-51); as virgens tolas, embora tenham saído para comprar azeite, são deixadas do lado de fora da porta, que é fechada (Mateus 25:11); o servo inútil tem até suas posses retiradas dele (versos 28-30; aqueles que negligenciaram entrar pela porta estreita procuram em vão entrar depois (Lucas 13:24); igualmente, aqueles que rejeitaram a advertência de Enoque e Noé pereceram no Dilúvio e aqueles que não deram ouvidos a Ló pereceram em Sodoma (Lucas 17:26-30).

Em resumo, examinamos a Escritura em vão a procura de uma indicação que qualquer um que tenha rejeitado o Evangelho será salvo naquele dia. A expressão em Apocalipse 7:9 também não milita contra isso: "De todas as nações, povos e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos", pois manifestamente ninguém de Israel estará entre eles, como vemos os 144.000 das doze tribos bem distintos da grande multidão. A expressão realmente declara a universalidade da resposta ao Evangelho eterno entre as nações gentias; mas a Cristandade, como Israel, não é contada, a não ser que, de fato, sejam encontrados ali alguns que nunca ouviram o Evangelho antes.

Deixamos, então, esta parte solene do assunto, para olhar para o outro lado da questão: Quem então poderá ser salvo?

Primeiro de tudo, somos lembrados que este será o período do despertar de Israel, como já vimos em várias passagens. Em Daniel 12:3, lemos: "Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente" e isto, como o primeiro verso nos assegura, durante o tempo da angússtia; "mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro."

A hora da mais tenebrosa aflição deles e das mais profundas dores resultará nos eleitos entre eles retornarem para o Senhor. Os 144.000 de Apocalipse 7 mostram para nós aqueles que dirão: "Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida." [Oséias 6:1]. As grandes dores de Sião resultarão no nascimento de filhos, como predito em Miquéias 5:3 e Isaías 66:8. Citamos esta última passagem: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos." Os versos seguintes merecem também especial atenção nessa conexão. Veja também Zacarias caps. 12 e 13.

Assim também a "cegueira em parte" precisará terminar, a "plenitude dos gentios" tendo chegado, como mostrado também em Oseias 3:4-5. "Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem estátua, e sem éfode ou terafim. Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao SENHOR seu Deus, e a Davi, seu rei; e temerão ao SENHOR, e à sua bondade, no fim dos dias."

Isto não é verdade a respeito da nação como um todo (veja Zacarias 13:8-9 e Isaías 24:13 e Ezequiel 20:31-44), mas do remanescente. A massa será destruída por causa de sua apostasia. O restante será reconhecido como nação "e assim todo o Israel será salvo" (Romanos 11:26). Portanto, ser da linhagem dos filhos de Jacó não garante uma oportunidade de graça. Ninguém que rejeita a verdade agora, seja judeu ou gentio, poderá ser salvo então.

Por meio dos judeus, o Evangelho do Reino será pregado, durante este tempo, em todo o mundo para testemunho, antes que venha o fim. Enviados pelo Espírito nas alturas, eles proclamarão por todo o mundo a proximidade do reino e exortarão os homens a se arrepender, como fez João o Batista no passado. Veja Mateus 24:14.

O Evangelho Eterno de Apocalipse 14:6-7 provavelmente realizará isto. Ele é um chamado para a criatura reconhecer o Deus Criador em um dia quando todo o mundo estará maravilhado e seguindo a Besta (Apocalipse 13). Isaías 66:18-21 é instrutivo nesta conexão: "Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos; vem o dia em que ajuntarei todas as nações e línguas; e virão e verão a minha glória. E porei entre eles um sinal, e os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, flecheiros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe, que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre os gentios. E trarão a todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao SENHOR, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR; como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à casa do SENHOR. E também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR." Temos aqui, sem dúvida, a reunião de todo Israel, incluindo as dez tribos, há tanto tempo escondidas da vista. Entretanto, conectado com isto, vemos a graça estendendo-se até os gentios, que não ouviram a verdade antes. O grande resultado disso é visto também em Zacarias 8:20-23.

Uma palavra sobre o julgamento de Mateus cap. 25 e iremos terminar. Isto ocorre na vinda do Senhor à Terra. As nações que estiverem vivas serão reunidas diante Dele. A separação é feita de acordo com o tratamento dado aos missionários judeus mencionados anteriormente, a quem Ele se refere como "meus irmãos". A Inteligência nas coisas divinas não é acentuada em ninguém, mas no mínimo eles não rejeitaram e nem trataram mal os mensageiros. Eles são salvos, e entram no reino preparado para eles desde a fundação do mundo. Eles são os "benditos de meu Pai".

E assim, embora a espada do julgamento esteja desembainhada, a graça ainda está sendo exercida, de acordo com a palavra: "Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia." [Romanos 9:15]. De Israel e dos gentios um número incontável irá entrar no reino milenar e reconhecer o dominio do Bendito, que um dia no passado foi feito maldição por eles e por nós. Mas, ninguém que tenha rejeitado e desprezado o Cordeiro de Deus no período presente estará entre eles.

Como observado rapidamente acima, alguns serão contados com os santos celestiais após a Igreja partir. Eles serão exclusivamente judeus, conforme evidenciado pelo fato que cantam "o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro" (Apocalipse 15:3). A parte deles estará, não com a Igreja, o corpo de Cristo, a Eva do último Adão, mas sem dúvida com aqueles do passado, que "desejavam uma pátria melhor, isto é, a celestial" (Hebreus 11:16). Em Apocalipse 20, nós os vemos entronizados com o restante, que vivem e reinam durante mil anos. Com o Cordeiro eles estarão para sempre, mas não será deles o lugar especial usufruído por aqueles que agora creem Nele, e que estão identificados com Ele na hora atual de Sua rejeição.

[Nota: A data da publicação deste curto documento não é informada. Aparentemente, ele foi distribuído na forma de um livreto. Ele tem no mínimo 70 anos de idade. Atualizamos algumas palavras arcaicas e usamos "Senhor", em vez de "Jeová".]


Apêndice B

Livros e Livretos de H. A. Ironside

Todos os seguintes podem ser encontrados no formato PDF no seguinte website:

https://www.brethrenarchive.org/people/harry-a-ironside/

[Nota: Listamos a maioria, mas não todos os materiais disponíveis no website.]

Solicitação Especial

Incentivamos os leitores frequentes a baixarem os estudos disponíveis neste website para cópia de segurança e consulta futura. Eles poderão não estar disponíveis para sempre. Estamos entrando rapidamente em um tempo em que materiais deste tipo somente poderão ser obtidos via correio eletrônico. Os leitores que desejarem ser incluídos em uma lista para correspondência futura são bem-vindos a me contactar em jeremypauljames@gmail.com. Não é necessário fornecer o nome, apenas um endereço eletrônico.


Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 15/10/2022
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/cautela.htm