O Ataque Contra a Ceia do Senhor

Autor: Jeremy James, Irlanda, 14/1/2023.

Vários anos atrás, não muito depois de eu ter encontrado a salvação em Cristo, ouvi um comentário de Vernon McGee, em sua série de estudos bíblicos transmitidos pelo rádio, que me impactou como especialmente importante. A verdade da observação dele tornou-se mais evidente com o passar dos anos. Ele disse que um sermão não está completo se deixar de se referir ao Domingo da Ressurreição. Esta é a verdade gloriosa do Cristianismo, uma verdade tão grande e imensuravelmente ampla que nunca iremos compreendê-la plenamente, por mais que tentemos. Precisamos manter essa verdade diante de nós continuamente para conseguirmos compreender todas as doutrinas e promessas preciosas que fluem a partir dela.

A grande tarefa e privilégio de todo pregador é lembrar seus ouvintes desse momento admirável, esse dia em que Jesus Cristo levantou-se dentre os mortos e colocou em movimento um processo que, quando chegar até o fim, veremos a restauração perfeita de toda a criação.

Este É o Dia Que o Senhor Fez

O salmista referiu-se a esse dia do seguinto modo:

"Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele." [Salmos 118:24].

Este dia está exaltado acima de todos os dias, uma minúscula fatia de tempo no curso da história, quando tudo — absolutamente tudo — mudou para sempre. O contraste entre o milênio que passou antes dele e aqueles que ainda estavam por vir não poderiam ter sido maiores. A realidade de tudo que Jesus realizou no Calvário agora se tornaria manifesta para um mundo caído.

Quando Satanás ordenou o fechamento de nossas igrejas em 2020 como parte de seus decretos da Covid, ele queria que os homens e mulheres de todo o mundo parassem de comemorar esse dia maravilhoso. Os cristãos professos tiveram a permissão de brincar de "igreja" on-line via aplicativo Zoom, porém não podiam fazer nada no ciberespaço para imitar a Ceia do Senhor.

A Base na Escritura para a Ceia do Senhor

Estamos todos familiarizados com a base bíblica para a Ceia do Senhor, porém de tempos em tempos é bom refletir a respeito da razão por que nosso Senhor nos pediu para celebrá-la.

Quando Cristo compartilhou o pão e o vinho na última ceia com Seus discípulos, Ele disse: "Fazei isto em memória de mim."

"E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós." [Lucas 22:19-20].

Por meio da celebração da Ceia do Senhor, estamos lembrando o que Jesus alcançou para nós com Sua morte e ressurreição. Nossos pensamentos voltam-se com satisfação para "o dia que o Senhor fez" e, como o salmista predisse: "regozijemo-nos, e alegremo-nos nele".

Apresentamos no Apêndice A diversos excertos edificantes dos escritos de H. A. Ironside, que revelam a natureza e o propósito essenciais da Ceia do Senhor. Ironside aponta para várias verdades que, suspeito, muitos cristãos professos hoje em grande parte esqueceram, ou nunca compreenderam.

Os principais fatos a observar a respeito da Ceia do Senhor é que, junto com o batismo, ela é uma ordenança definidora do Cristianismo e que deve ser celebrada regularmente por todos os fiéis cristãos. As Escrituras em que ela está baseada enfatizam seu profundo significado espiritual. A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus Cristo na última ceia como uma refeição memorial para marcar tanto a morte e ressurreição de Cristo e dar testemunho desses eventos até que Ele retorne para buscar Sua igreja. A Ceia celebra as verdades fundamentais do Cristianismo e permite que os fiéis cristãos expressem sua mais profunda gratidão pelo dom da salvação, na presença espiritual de Jesus Cristo. A Ceia é um tempo de profunda reflexão e silencioso agradecimento, por meio do qual o fiel tem comunhão com o Salvador, por meio da refeição física de pão e vinho e medita humildemente a respeito do grande preço que teve de ser pago para nos colocar em liberdade.

Como disse o Dr. Ironside:

"Ela tem o propósito de aprofundar nos corações daqueles que já são salvos a percepção da preciosidade de Cristo. Nós nos reunimos para nos lembrar Dele e, à medida que Ele preenche a visão das nossas almas, consideramos com satisfação em espírito tudo que Ele é e tudo o que fez."

"É o desejo do Senhor que Seu povo mostre frequentemente Sua morte deste modo, relembrando frequentemente Seu amor e sacrifício por eles... Nós nos reunimos para nos encontrarmos com o próprio Senhor, para estarmos ocupados unicamente com Ele, para oferecer-Lhe a adoração dos nossos corações e lembrar aquilo que Ele passou por nós. Devemos ter em mente que quando nos reunimos para a Ceia do Senhor, Cristo está tão presente em nosso meio quanto esteve entre os primeiros discípulos dois mil anos atrás."

A Revelação Dada ao Apóstolo Paulo

Paulo não estava presente na última ceia, porém recebeu um relato dessa ordenança, dado por Deus por meio de revelação direta. De acordo com o Dr. Ironside, essa revelação especial, que foi dada por Jesus após Ele deixar a Terra, é evidência adicional da importância espiritual excepcional dessa ordenança e de sua observação frequente.

"Paulo nunca conheceu o Senhor aqui na Terra, ele não estava com os doze no cenáculo quando Jesus instituiu essa ordenança; portanto, ele precisa ter recebido isto como uma revelação direta do céu. Isto é muito significativo, pois precisa existir algo extremamente precioso para nosso Salvador ressurreto a respeito da observação frequente da Ceia do Senhor se Ele, já glorificado, deu ao Seu apóstolo uma declaração especial da glória relacionada com ela."

Deve estar claro até mesmo para o mais obtuso observador que a celebração frequente da Ceia do Senhor é de máxima importância para os cristãos de toda a parte. Uma tentativa de restringir, ou limitar, a observação dessa ordenança, de qualquer maneira que seja, é obviamente, um ataque direto contra o Evangelho e contra todos os que creem em Jesus.

Os enganadores marxistas, maçons e babilônios que controlam nossos governos fizeram exatamente isto em 2020. Pior ainda, o corpo organizado de lobos cruéis dentro da igreja institucional não fez coisa alguma para se opor a eles!

A vasta maioria dos cristãos professos fez como Satanás mandou em 2020, não aquilo que Jesus pediu que eles fizessem. A ordenança de Cristo foi esquecida. Os cristãos nem mesmo se lamentam pela ofensa que a desobediência deles causou. Três anos já se passaram e ainda estamos aguardando uma admissão por parte de nossos pregadores, pastores e anciãos que, por meio de suas falhas repetidas, melhor dizendo sua rejeição, de se regozijar e se alegar no dia que o Senhor fez, eles foram participantes deliberados em um ato terrível de desobediência e hipocrisia.

Como já tratamos do imenso mal causado pelo pecado não confessado dos líderes das igrejas durante este tempo — veja nosso ensaio "Um Laço Demoníaco — Um Pecado do Qual os Cristãos Precisam se Arrepender" — restringiremos nosso exame àquilo que o Maligno alcançou ao proibir a celebração da Ceia do Senhor.

A Supressão Histórica da Ceia do Senhor

Durante quase 2.000 anos, a igreja visível se reuniu e obteve grande força, esperança e encorajamento com a observação regular de uma prática instituída pelo próprio Senhor. Mesmo quando foram proibidos de fazerem isso pelos imperadores romanos, eles continuaram a se reunir secretamente — em contravenção à lei civil — para celebrarem essa preciosa ordenança. É impossível pensar que a igreja ao longo do curso da história tenha deixado, em algum momento, por uma razão qualquer, de honrar essa ordenança, ou de atribuir-lhe o mais alto respeito. Tudo isto mudou em 2020.

Uma das grandes realizações da Reforma foi a restauração do direito dos leigos de receberem o pão e o vinho da comunhão. Durante muitos anos a Igreja de Roma restringiu os leigos a receberem somente o pão da comunhão, enquanto que os sacerdotes podiam receber os dois elementos, o pão e o vinho. É difícil especificar quando exatamente essa restrição foi implementada, mas ela já estava amplamente estabelecida por volta do século 13. Por exemplo, o Concílio de Lambeth (1281) determinou que o vinho fosse dado somente aos sacerdotes.

Lutero e outros reformadores fizeram objeções a essa prática sem base bíblica e, isso tornou-se uma questão de tão grande disputa, que os jesuítas proíbiram formalmente os leigos de receberem o vinho da comunhão, sob o regime draconiano promulgado pelo Concílio de Trento (1545-1563). O acesso ao cálice tornou-se um privilégio raro que somente o Papado poderia conceder, com uma exceção especial sendo feita, por exemplo, aos reis de França quando eles eram coroados.

A "Transubstanciação"

Há muito tempo que Roma usa sua doutrina da "Transubstanciação" — a transformação mística do pão e vinho da comunhão no corpo e sangue reais de Cristo — como um modo poderoso de controle social. A cerimônia litúrgica por meio da qual essa supostamente milagrosa transubstanciação ocorre tornou-se conhecida como "Sacrifício da Missa", um evento que se propõe a repetir o sacrifício no Calvário, por meio da operação sobrenatural de um sacerdote. Por este meio, a igreja de Roma se apropria do poder de fazer acréscimo à obra que Jesus realizou no Calvário.

Para gravar este ato dramático na imaginação dos paroquianos, Roma transformou o pão e o vinho em objetos de adoração. Eles não mais comemoram a obra de Cristo no Calvário, mas constituem objetos divinos em seu próprio direito, produzidos ou tornados manifestos pelo poder milagroso com o qual o sacerdote católico está alegadamente capacitado.

Os jesuítas exigiram que todos os católicos adorem, cultuem e venerem o pão e o vinho "consagrados" da comunhão por meio da inclusão do seguinte cânone no Concílio de Trento:

888. Cânone 6. Se alguém disser que não se deve adorar com culto de latria também externo o Unigênito Filho de Deus no santo sacramento da Eucaristia; e que por isso também não se deve venerar com festividade particular, nem levar solenemente em procissão, segundo o louvável rito e costume da Igreja universal; ou que não se deve expor publicamente ao povo para ser adorado, e que seus adoradores são idólatras — seja excomungado. [Décima Terceira Sessão].

Não iremos considerar a loucura total em tudo isto. Somente desejamos salientar que o Maligno despreza a Ceia do Senhor e, historicamente, tem feito tudo o que pode para perverter seu verdadeiro significado.

A Igreja Apostólica

Durante os primeiros 250 anos de sua existência, a igreja celebrou a ordenança comemorativa conhecida como Ceia do Senhor. Ao fazerem isso, os fiéis cristãos refletiam a respeito da morte e ressurreição de Cristo, a magnitude tremenda daquilo que Seu sacrifício altruísta tinha realizado. Eles não estavam somente olhando para o passado, mas para frente, para a hora gloriosa do iminente retorno de Cristo — Maranata!

Não havia transformação mística de algum tipo, nem uma atividade sobrenatural patrocinada por um sacerdote, ou alguma coisa dessa natureza. A mudança, tal como era, ocorria somente nos corações dos fiéis cristãos quando eles comprendiam novamente, em silêncio agradecido, o dom indizível da salvação. Este é o verdadeiro significado apostólico da comunhão.

Um Ataque Cuidadosamente Planejado Contra a Igreja Apostólica

Satanás detesta esta cerimônia! Ele sabe o quão profundamente ela refrigera as almas de todos os fiéis cristãos! Para distrair dessa tremenda verdade, ele derrama magia e mistério, e ilude a imaginação de sua audiência com um drama teológico. Esse drama, por sua vez, é tornado possível somente por meio da atuação de um sacerdote hierofante iniciado pela "Igreja Mãe". A salvação vem por meio do poder santificador que o sacerdote alegadamente invoca com suas palavras sagradas e sua capacidade de efetivamente reencenar o sacrifício do Calvário!

O ataque cuidadosamente planejado contra a igreja via Covid não foi nada menos que uma proibição contra a Ceia do Senhor! É perturbador para o Maligno que ainda existam fiéis cristãos na Terra que se reúnem frequentemente em humilde assembleia para celebrar a ressurreição e retorno iminente de Cristo, de acordo com a Escritura. Essas pessoas não são enganadas pela magia e mistério da transubstanciação e nem são enlaçadas pelo fascínio carismático de um objeto sagrado. Elas somente querem fazer aquilo que Jesus pediu que elas façam.

Impaciente para avançar em direção à uma Nova Ordem Mundial, Satanás e seus servos terreais emitiram sua proibição anticristã: "Parem! Basta!"

Apesar de tudo, eles devem ter ficado surpresos com o sucesso de seu esquema descarado. Não houve necessidade de usar a força, ou fazer ameaças malignas. Os líderes da igreja apressadamente cerraram as portas e começaram a brincar com o aplicativo Zoom. Como Jesus predisse, os assim chamados homens de Deus revelaram ser mercenários, não pastores de verdade:

"Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas." [João 10:12-13].

Como resultado de tudo isto, a igreja evangélica em 2023 é muito diferente da igreja de 2019. A hipocrisia grosseira de seus líderes está clara para todos verem — porém ninguém quer falar sobre isto. Sabemos agora que a igreja é liderada principalmente por homens que têm pouco ou nenhum respeito pela Ceia do Senhor. Existem exceções, é claro — que o Senhor seja louvado — mas em sua grande maioria eles são enganadores e mercenários.

Um Aroma Suave

Há uma passagem da Escritura que lança luz considerável sobre o significado da Ceia do Senhor, conforme ela é vista a partir da perpectiva do nosso Pai Celestial:

"Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem." [1 Coríntios 11:29-30].

O apóstolo Paulo está se referindo ao modo desonroso como a Ceia do Senhor estava sendo celebrada em Corinto e as consequências severas resultantes. Em muitos casos, os participantes adoeciam e continuavam a sofrer os efeitos por algum tempo, enquanto que outros morreram!

O Espírito Santo puniu aquelas pessoas por causa do comportamento pecaminoso delas. Este é o único lugar no Novo Testamento em que os fiéis cristãos são punidos deste modo! O paralelo mais próximo é o de Ananias e Safira, cujas vidas foram ceifadas instantaneamente quando eles mentiram para o Espírito Santo.

A severidade da punição reflete a gravidade do pecado. Não podemos dizer como esse princípio poderá se aplicar aos líderes e anciãos que mostraram pouco respeito pela Ceia do Senhor durante a Covid, mas não temos dúvida que ele se aplica! A Palavra de Deus torna isso bem claro.

Podemos ver essa verdade espiritual ainda mais claramente nos sacrifícios do Velho Testamento. Em diversas ocasiões eles são referidos como um "aroma suave ao Senhor". A palavra no original hebraico tem o significado de perfume, ou fragrância. Quando nosso Pai Celestial aceitava uma oferta corretamente constituída, Ele estava apreciando, não o sacrifício em si, mas aquilo que ele representava, isto é, o sacrifício que Jesus um dia faria no Calvário. O amor de Seu Filho foi profundamente agradável a Ele, como a fragrância de um perfume.

"Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." [Efésios 5:1-2].

Somos salvos, não por nossa própria justiça — pois em nossa condição caída exalamos fedor — mas pela doce fragrância da justiça de Cristo — "Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem." [2 Coríntios 2:15]. Toda vez que celebramos a Ceia do Senhor, estamos refletindo a respeito do vasto abismo que existe entre nossa própria ruína, nossa condição danificada pelo pecado, antes da nossa salvação, e as "riquezas incompreensíveis de Cristo" (Efésios 3:8) que, em sua infinita misericórdia, Deus concedeu a cada um de nós.

Como É Possível para um Cristão Ignorar Esta Ordenança?

Como é possível para um cristão ignorar esta ordenança? Como? Os pastores modernos são como os sacerdotes hebreus no tempo do Velho Testamento: "Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos?" [Malaquias 3:14]. Como é possível ouvir os marxistas e maçons — agentes evidentes de Satanás — e adotar a ímpia reinterpretação deles da Palavra de Deus? Como é possível se submeter à pervertida reinvenção deles da prática médica padrão e abandonar a alegria e reverência encontradas nesta ordenança?

"Ah, mas as pessoas irão cair mortas nas ruas", eles advertiam! Sério mesmo? A única coisa que caiu nas ruas foi a própria verdade:

"Por isso o direito se tornou atrás, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar." [Isaías 59:14].

Todos os que tiveram a mão nisto deveriam se sentir grandemente envergonhados.

Satanás enviou seus mentirosos imundos para contar suas mentiras imundas e os líderes da igreja se encurvaram diante deles, como se um oráculo tivesse falado. Eles poderiam ter levado seus rebanhos até um parque, ou a uma chácara fora da cidade, para celebrar a Ceia do Senhor, mas isto não é algo que os hipócritas gostam de fazer. Alguns foram, ao revés, às lojas de bebidas, onde os patógenos mortais milagrosamente não estavam presentes.

Deixando de se reunir em uma humilde assembleia durante a Covid, submetendo-se à tenebrosa interdição de um governo maçônico esquematizador, a igreja professa decidiu que a obediência terreal — por mais rasa ou distorcida que tenha sido a lógica apresentada — precisa algumas vezes tomar precedência sobre nossa fiel expressão de alegria e gratidão por aquilo que Jesus fez por nós no Calvário.

Não tenha dúvidas que isto foi o trabalho de Satanás desde o início. Os servos terreais dele desprezam o Cristianismo e continuarão a fazer tudo o que for necessário para destrui-lo. Enquanto isso, a própria igreja, como uma instituição, foi grandemente infiltrada por "pastores" e "líderes" que, com belos sorrisos e palavras suaves, sentem prazer na desobediência, no engodo e na blasfêmia.

Espero verdadeiramente que todos os fiéis cristãos pensem bem a respeito disto, pois é algo horrível. Quando a grande apostasia (2 Tessaloniceses 2:3) ocorrer, ela será mais repreensível ou repulsiva aos olhos de nosso Pai Celistial do que esta pecaminosa rejeição universal de honrar Seu Filho?

"O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível. [Isto se aplica a todos os pastores e anciãos que se recusam a celebrar a Ceia do Senhor durante a Covid.] Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? [Isto é como você trataria uma figura nacional respeitada, ou um dignatário?] diz o SENHOR dos Exércitos."

"Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa [A quem Jesus está se referindo? Aos pastores, é claro] para dar o sustento a seu tempo [para alimentar o rebanho]. Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, [fazendo tudo o que os maçons e marxistas exigirem] e a comer e a beber com os ébrios, [receber pagamentos e incentivos dados pelo Estado] virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

"Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa." [2 Tessalonicenses 2:15].


Apêndice A

Comentários a Respeito da Ceia do Senhor, de H. A. Ironside

[Nota: A sequência em que os seguintes comentários são apresentados difere ligeiramente dos originais. Títulos também foram adicionados. Para consultar o texto completo dos originais, veja os links abaixo.]

Os meios pelos quais os pecadores carentes se beneficiam de uma participação na obra finalizada de Cristo é muito simples. O pecador tem de tomar seu lugar diante de Deus como um homem perdido e culpado, reconhecendo sua iniquidade e colocando sua confiança no Homem que morreu na cruz; pois "E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê." [Atos 13:39]. [1]

Jesus Pediu Que Nós Assim Lembremos Dele

A Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:20) é uma refeição memorial, que tem o objetivo de nos fazer lembrar novamente da morte de nosso Salvador e também nos fazer ficar atentos para Seu retorno (1 Coríntios 11:26)... Por causa disto e do desejo expresso de Jesus Cristo que assim nos lembremos Dele, tem sido a alegria dos corações cristãos ao longo dos séculos reunir-se em volta da mesa do Senhor para pensar em Seus sofrimentos, meditar em Seu amor e usufruir da comunhão com Ele. [5].

Nesta economia do Novo Testamento, Cristo é o único sacerdote que se sacrifica. Ele é a única vítima toda-suficiente. Cristo, tendo feito a expiação dos pecados, ressuscitou dos mortos e Deus manifestou Sua justa satisfação na obra na cruz fazendo-O assentar-se à Sua mão direita no céu... [1].

Comunhão com Cristo

Na celebração da Ceia do Senhor, devemos estar ocupados com o próprio Cristo, com as memórias de Seu amor e Sua graça, relembrando Suas dores, sofrimentos e morte, tendo em mente a promessa Dele de voltar outra vez e nos receber em Si mesmo. É errado pensar nessa abençoada ordenança como um meio de graça, no sentido de ter que ver com a salvação da alma. Ela tem o propósito de aprofundar nos corações daqueles que já são salvos a percepção da preciosidade de Cristo. Nós nos reunimos para nos lembrar Dele e, à medida que Ele preenche a visão das nossas almas, consideramos com satisfação em espírito tudo que Ele é e tudo o que fez. [5].

A Ceia do Senhor é uma refeição memorial. Os cristãos, membros do corpo de Cristo, se reúnem para se lembrar Daquele que morreu por eles e eles fazem isso por que seus pecados foram lançados para bem longe. Nenhum cristão instruído irá se aproximar da Mesa do Senhor para obter perdão. Eu venho por que meus pecados foram para sempre apagados pelo sangue expiador do Senhor Jesus Cristo e desejo lembrar com gratidão Aquele que oferece tão grande sacrifício e, assim, me preparou para estar na presença de um Deus santo. [1].

A Ceia do Senhor Liga os Dois Grandes Fatos do Cristianismo

"Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha." [1 Coríntios 11:26]. Observe como esta refeição liga juntos os dois grandes fatos do Cristianismo: a morte de Cristo e Sua segunda vinda. A Ceia do Senhor é tomada em lembrança Daquele que morreu, mas enquanto nós a tomamos, ansiamos e aguardamos a vinda Dele outra vez... [1].

Cristo Está Presente em Espírito com Aqueles Que São Seus

Não acreditamos que o pão e o vinho passem por alguma transformação mística, mas acreditamos que quando você come e bebe em memória de Cristo, Ele está presente em Seu modo doce e maravilhoso, manifestando-se para os corações de seu povo amado, para que pela fé, eles estejam habilitados a se alimentar Dele. Nós nos alimentamos Nele em memória. Olhamos para o passado e pensamos nas dores que Ele suportou. Contemplamos a cruz e a amarga paixão e, ao fazermos isso, comemos Sua carne e bebemos Seu sangue... [1].

Frequência

"Por que observar esta refeição tão frequentemente quando, em muitos locais, é somente em intervalos raros que aquilo que é comumente chamado de Comunhão é celebrado? Em resposta, respondemos que não temos na Escritura uma instrução específica com relação ao número de vezes que ela deve ser celebrada. A Páscoa era celebrada uma vez por ano, mas, quando o Senhor instituiu a Ceia, Ele implicou uma observação muito mais frequente quando disse: "Fazei isto em memória de mim.”

É o desejo do Senhor que Seu povo mostre frequentemente Sua morte deste modo, trazendo à lembrança Seu amor e sacrifício por eles. Nos primeiros dias da história da Igreja, os cristãos partiam o pão diariamente; mas, quando os primeiros dia de transição passaram e a nova dispensação se estabeleceu plenamente, temos o exemplo na Escritura de Atos 20:7: "E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite."

Nos dias apostólicos, é bem conhecido que este era o costume reconhecido. Agora, isto não é um mandamento, mas é uma palavra do Senhor, e Ele disse: "... Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada." [João 14:23]. Um coração dedicado não pergunta: "O quão raramente posso fazer isso e mesmo assim ter a aprovação do Senhor?", mas "O que a Palavra nos diz sobre a ordem estabelecida nos primeiros dias?" O Livro responde: "No primeiro dia da semana" e, portanto, nesse dia, nós nos alegramos em nos reunir para nos lembrar Dele... [2].

Nós nos Reunimos para Encontrar o Próprio Senhor

É importante compreender que não nos reunimos para orar, pregar, cantar, ouvir algum ensino, ou desfrutar da comunhão cristã. Nós nos reunimos para encontrar o próprio Senhor, para estarmos unicamente ocupados com Ele, oferecer-Lhe a adoração dos nossos corações e lembrar aquilo que Ele passou por nós. Deve ser lembrado que quando nos reunimos para a Ceia do Senhor, Cristo está tão verdadeiramente presente em nosso meio quanto esteve entre os primeiros discípulos, dois mil anos atrás. Sim, há espaço para louvor e para a leitura de uma porção da Palavra de Deus, que poderão trazer mais vividamente os sofrimentos de Cristo. Mas, qualquer irmão estaria decididamente fora de lugar se procurasse fazer uma prolongada exposição da Escritura, ou uma exortação aos fiéis cristãos. O senso de temor que vem sobre a alma que reconhece que está na presença do Senhor, restringirá a carne. [2] .

... Acreditamos realmente na presença em Espírito do nosso bendito Salvador, porque Ele disse: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." [Mateus 18:20]. E, não há tempo quando a presença de Cristo é tão definitivamente percebida e tão distintamente sentida quando nós lembramos Dele ao partir o pão. Ele disse: "Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim." A Ceia do Senhor é um lembrete contínuo do caráter vicário de Sua morte, e essa é uma razão por que nosso bendito Salvador deseja que ela seja celebrada frequentemente. [4].

Uma Celebração de Ação de Graças e Expectativa

Em 1 Coríntios 11:23-26, ficamos sabendo que Paulo tinha recebido uma revelação especial com relação à ceia, porém em plena concordância com os relatos dados pelos três evangelistas — Mateus, Marcos e Lucas — somente que ele pensava que o retorno do Senhor é acrescentado à lembrança Dele em Sua morte: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha." (verso 26). Assim, a cruz e a glória estão ligadas juntas para a fé, e sempre estão mantidas diante da alma nesta observação da Ceia do Senhor.

A palavra traduzida como "mostrar" tambén é frequentementd traduzida como "pregar" no Novo Testamento. Toda celebração da Eucaristia (como os primeiros cristãos gostavam de chamar essa celebração — uma palavra que significa "ação de graças" é em si mesma um sermão. Ela é a proclamação da morte do Senhor. [3].

Nunca se torne tão ocupado com a forma que você negligencia o espírito da Ceia do Senhor. Ela é um lugar para as afeições do coração transbordarem. Não faça dela uma observação ritualística, mas permita que ela sempre seja uma ocasião em que o próprio Cristo esteja diante da alma, Aquele que disse: "Fazei isto em memória de mim." [3].

Cristo, Desde o Céu, Enfatizou a Ceia do Senhor

[1 Coríntios 11] Depois de repreendê-los pelo mau comportamento na Mesa, Paulo descreve claramente a revelação que o Cristo ressurreto lhe deu desde o céu, com relação à observação correta desse serviço.

Primeiro, "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei." Paulo nunca conheceu o Senhor aqui na Terra, ele não estava com os doze no cenáculo quando Jesus instituiu essa ordenança; portanto, ele precisa ter recebido isto como uma revelação direta do céu. Isto é muito significativo, pois precisa existir algo extremamente precioso para nosso Salvador ressurreto a respeito da observação frequente da Ceia do Senhor se Ele, já glorificado, deu ao Seu apóstolo uma declaração especial da glória relacionada com ela.

E isto é o que Ele lhe disse: "Que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão." Por que o apóstolo inseriu a expressão "na noite em que foi traído", se não para nós entendermos que a Ceia do Senhor tem o objetivo de apelar aos corações de Seu povo e lembrá-los que naquela mesma noite quando nosso bendito Salvador iria conhecer a totalidade da vileza, da perversidade, da traição, da perfídia do coração humano, Ele instituiu essa refeição de modo que Seu povo pudesse ter diante de si a expressão contínua do Seu amoroso coração em se entregar por eles.

... Judas saiu e, durante a ausência dele, o Salvador fez essa refeição memorial com aqueles que eram Seus. Isto é muito sugestivo, pois é somente para aqueles que foram redimidos pelo Seu sangue precioso que a Ceia do Senhor é dada. Ela não é para os perdidos, nem para aqueles que estão esperando ser salvos; ela é para aqueles que estão na alegria da redenção completada, que conhecem a Cristo como Salvador. Para eles o Senhor falou quando tomou o pão, deu graças e disse: "Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim." [4].

  1. The Mass Versus The Lord's Supper, H. A. Ironside, [http://articles.ochristian.com/article10292.shtml].

  2. Artigo adaptado por David Dunlap a partir de um sermão pregado por H. A. Ironside, [https://www.preachtheword.com/sermon/ironside.shtml]./p>

  3. Da seção 'The Lord’s Supper' from Sailing with Paul, de H. As Ironside [http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=2025].

  4. De Commentary by H A Ironside on The First Letter to the Corinthians [https://www.studylight.org/commentaries/eng/isn/1-corinthians-11.html].

  5. De Commentary by H A Ironside on The Gospel of Luke [https://www.studylight.org/commentaries/eng/isn/luke-22.html]

Solicitação Especial

Incentivamos os leitores frequentes a baixarem os estudos disponíveis neste website para cópia de segurança e consulta futura. Eles poderão não estar disponíveis para sempre. Estamos entrando rapidamente em um tempo em que materiais deste tipo somente poderão ser obtidos via correio eletrônico. Os leitores que desejarem ser incluídos em uma lista para correspondência futura são bem-vindos a me contactar em jeremypauljames@gmail.com. Não é necessário fornecer o nome, apenas um endereço eletrônico.


Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 31/3/2023
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/ceia.htm