O Que É Agradável a Deus? Por Que Precisamos Fazer Aquilo Que Agrada a Deus?

Autor: Jeremy James, Irlanda, 11/9/2021.

A crise da "pandemia" nas relações internacionais abriu os olhos de muitos cristãos para a existência de incontáveis indivíduos chamados por Deus de "congregação dos mortos":

"O homem que anda desviado do caminho do entendimento, na congregação dos mortos repousará." [Provérbios 21:16].

Apesar de todas as suas perambulações, esses "fiéis" sociais sempre permanecem no mesmo lugar. Esse lugar é a congregação dos mortos. Eles não têm compreensão de Deus, ou dos caminhos de Deus. O conhecimento necessário foi oferecido para eles, porém eles preferiram não aceitar.

A congregação dos mortos é bem grande. Ela é um lugar em que pregadores afáveis pregam sermões brandos para pessoas suaves, tornando-as mais mornas do que elas já são.

Os membros dessa assembleia tendem a acreditar em qualquer coisa que lhes seja dito. Eles não têm a compreensão que lhes permitiria detectar uma mentira:

"O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos." [Provérbios 14:15]

O homem prudente sabe que o mundo é um lugar perigoso e que o Maligno nunca dorme. O homem simples, porém, não possui qualquer senso de perigo e acredita em cada palavra. Se alguma coisa prejudicial estivesse para acontecer, ele raciocina, então os pregadores afáveis contariam para ele. Afinal, como todos sabem, pregadores afáveis e suaves são ótimas pessoas. Eles raramente estão enganados e nunca mentem.

Mais do que nunca antes em nossa história, os cristãos que realmente nasceram de novo precisam evitar a congregação dos mortos. Eles não devem gastar mais tempo do que for necessário entre aqueles que professam ser cristãos, mas que alegremente absorvem mentiras. Se essas pessoas não estão usando o padrão da Palavra de Deus para avaliar tudo o que ouvem, ou se zombam das advertências feitas pelos fiéis cristãos prudentes, então elas estão andando longe do "caminho do entendimento".

Toda Carne É como a Erva

O Maligno utiliza muitos estratagemas para disfarçar nossa mortalidade. O homem em sua vaidade esqueceu-se de quão frágil ele é. Quando o Senhor instruiu o profeta Zacarias para dizer aos filhos de Israel o quão "fortemente irado" Ele estava com o comportamento deles, fez uma pergunta muito contundente:

"Vossos pais, onde estão? E os profetas, viverão eles para sempre?" [Zacarias 1:5].

Precisamos nos lembrar frequentemente da nossa mortalidade. Isso deve ter um efeito muito sério. O salmista até pediu que sua compreensão dessa verdade básica fosse expandida:

"Faze-me conhecer, SENHOR, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil." [Salmos 39:4].

Que oração maravilhosa!

Isaías foi chamado para alertar a nação de Israel e, por extensão, toda a humanidade, a respeito da natureza frágil e transitória da nossa existência. A não ser que os homens ouvissem e compreendessem essa advertência, nunca reconheceriam sua necessidade de um Salvador:

"Uma voz diz: Clama; e alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo. Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do SENHOR. Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente." [Isaías 40:6-8].

Esta é uma imagem tocante, um campo de flores silvestres radiantes que nos deixa extasiados; todavia, depois de algumas poucas semanas, nem um vestígio subsiste. Cada uma daquelas flores se secou e desapareceu.

É significativo que, em sua primeira epístola a todos os fiéis cristãos, o apóstolo Pedro faz um apelo similar:

"Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." [1 Pedro 1:24-25].

Esta advertência realmente não é diferente da advertência que Deus fez a Adão: "De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." [Gênesis 2:16-17].

Infelizmente, a perspectiva da morte não dissuadiu Adão. Ele podia compreender o conceito de morte — caso contrário Deus não a teria usado — mas a serpente entorpeceu a compreensão dele. Como Eva, ele quis acreditar que era intocável.

Todos os Homens São Enganados pela Mesma Mentira

Todos os homens hoje estão sendo enganados pela mesma mentira. Eles simplesmente não conseguem aceitar que a carne deles é como a erva, que eles perderão o vigor e se secarão, como a flor do campo. Eles caíram no mesmo engano que Adão.

Os pregadores afáveis contornam a finalidade devastadora da morte. Eles fazem isso evitando principalmente o assunto do pecado, que trouxe a morte à existência. A morte não é parte da vida, como os aderentes da Nova Era ensinam, mas a negação absoluta da vida. Ela é a rejeição completa de tudo que o Senhor Deus realizou durante os seis dias da Criação.

O Maligno cegou a humanidade para as consequências do pecado e alimentou nossa imaginação caída com sonhos de imortalidade. Em nosso estado de separação de Deus — "Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo." [Efésios 2:12] — nós nos submetemos alegremente às distrações que o mundo tem a oferecer.

Quando ouvimos a Palavra de Deus e respondemos à preciosa verdade do Evangelho, podemos ver — talvez pela primeira vez — que nossa carne é como a erva e que dentro de pouco tempo iremos morrer. A grande ilusão é feita em pedaços e vemos a nós mesmos como realmente somos.

Somente então aceitaremos Cristo Jesus como nosso Salvador, o ser maravilhoso que morreu em nosso lugar e pagou a dívida pelo pecado por nós. Nós nos apropriamos desse dom SOMENTE quando nos arrependemos do nosso pecado — o veneno fatal — e cremos com todo nosso ser que Jesus sofreu e morreu em nosso lugar.

O Plano para Matar as "Bocas Inúteis"

O mundo hoje está se dirigindo rapidamente para um local em que a morte reinará como nunca antes e a quarta geração descrita por Agur se levantará e atacará a humanidade:

"Há uma geração cujos dentes são espadas, e cujas queixadas são facas, para consumirem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens." [Provérbios 30:14].

Os "pobres" e "necessitados" são os bilhões de bocas inúteis, que são desprezados pela Elite governante, que está decidida a destrui-los ("para consumirem da terra os aflitos").

Estes são aqueles que governam nos centros de poder — Washington, Nova York, Londres, Roma, Paris, Berlin, Pequim e Moscou. Eles controlam a riqueza em Wall Street, as grandes corporações e o sistema financeiro internacional. O Maligno coloca seus homens onde eles possam exercer a maior influência em seu nome. Como servos comprometidos dele, eles precisam fazer sua vontade, "Pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono se não fizerem alguém tropeçar." [Provérbios 4:16].

A taxa de decadência se acelerou e os EUA hoje estão sendo liderados por um homem que não é mais confiável do que uma criança: "Ai de ti, ó terra, quando seu rei é uma criança, e cujos príncipes comem de manhã." [Eclesiastes 10:16].

Por Que Precisamos Detestar o Mal?

As congregações que ouvem pregadores afáveis há muito tempo deixaram de odiar as coisas que Deus detesta. A Palavra de Deus diz: "E eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, madrugando e enviando a dizer: Ora, não façais esta coisa abominável que odeio." [Jeremias 44:4]. Infelizmente, estamos longe dos dias em que os cristãos professos, sentados nos bancos das igrejas, eram tocados por essas palavras. De fato, é duvidoso se muitas congregações hoje já ouviram palavras como essas serem expostas a partir do púlpito.

Todavia, dificilmente há outro verso como este na Bíblia!

Como fiéis cristãos verdadeiros, detestamos aquilo que Deus detesta — ou deveríamos detestar! Duas vezes já ouvi líderes de igrejas (um pastor e um presbítero) ler em voz alta o Salmo 139 e pular dois versos, como se eles não estivessem ali no texto:

"Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos." [Salmos 139:21-22].

Não escolhemos ver esses indivíduos como nossos inimigos. Ao contrário, vemos que eles SÃO nossos inimigos por que eles odeiam a Deus. Somos obrigados a evitar ("odiar") aqueles que odeiam a Deus, que tolamente decidiram lutar em uma guerra contra o Criador. Como Jesus, ficamos "condoídos da dureza de seu coração" (Marcos 3:5). Somente em amor retemos uma preocupação genuína por suas almas perdidas.

Se Adão tivesse detestado o mal, teria ficado chocado com aquilo que Eva sugeriu que ele fizesse. Talvez ele tenha ficado, mas achou que sabia melhor. Em seu orgulho, ele decidiu que o mal era algo que ele sozinho poderia determinar.

O orgulho diz: "Sim, podemos".

Isto parece familiar para você? Este é o canto do espírito do anticristo.

Estas são as pessoas que não compreendem — ou recusam-se a aceitar — aquilo que Jesus tinha em mente quando disse: "... porque sem mim nada podeis fazer" [João 15:5].

Os pastores e pregadores que desde o início até o fim do ano nunca pregam a respeito das consequências devastadores do pecado não são homens de Deus.

Um verdadeiro pregador sabe que Deus detesta a impiedade. Ele nunca finge que o pecado não existe. Os pensamentos dele nunca estão longe da Cruz, por que ele sabe que esse foi o preço que teve de ser pago para solucionar a questão do pecado e desfazer as obras da impiedade. Ele sabe que todos os homens são como a erva, que eles em breve se secarão como as flores do campo. Portanto, eles têm apenas uma pequena janela de oportunidade para despertar seus corações para a verdade do Evangelho. Se deixarem este mundo sem o Evangelho, eles irão perecer.

Deus Odeia a Maldade

"Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade." [Salmos 5:4-5].

"O caminho do ímpio é abominável ao SENHOR, mas ao que segue a justiça ele ama." [Provérbios 15:9].

"O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao SENHOR." [Provérbios 17:15].

"Abomináveis são para o SENHOR os pensamentos do mau, mas as palavras dos puros são aprazíveis." [Provérbios 15:26].

"Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos." [Provérbios 6:16-19].

Como Amar Aquilo Que Deus Ama?

O salmista nos diz que "A glória do SENHOR durará para sempre; o SENHOR se alegrará nas suas obras." [Salmos 104:31]. É consolador, em nossa condição caída, saber isto!

Não há dúvida que o dano causado pelo pecado na Criação reduziu grandemente a alegria que Deus pode sentir em Suas obras. Talvez Ele também deseje muito aquele dia glorioso, depois do fim do Milênio, quando a perfeição de todas as coisas será restaurada.

Recebemos uma rápída visão da alegria que Deus sentiu com Suas obras antes da Queda, quando atribuiu a Adão a tarefa de dar nomes aos animais e depois observou "para este ver como lhes chamaria".

Aqui, vemos literalmente o Senhor Deus gastando tempo com Seu filho. À medida que cada par de animais vinha diante dele, Adão deve ter sentido grande alegria com aquilo que via, enquanto que o Criador olhava e se alegrava em Suas obras:

"Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea." [Gênesis 2:19-20].

Os Olhos do Senhor

Mesmo em nossa condição caída, podemos agradar a Deus por meio de nossa obediência à Sua santa vontade. A ideia que um ser criado, danificado pelo pecado, possa agradar a Deus é verdadeiramente surpreendente. Isto se tornou possível por meio do Calvário. "Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele; nisto, pois, procedeste loucamente porque desde agora haverá guerras contra ti." [2 Crônicas 16:9].

Este verso acima revela que Deus procura aqueles que O amam e andam em Seus caminhos. Ele está continuamente olhando para toda a Terra, para "encontrar" aquelas almas preciosas, "cujo coração é perfeito para com ele" e, quando eles O invocam, Ele responde.

O profeta Zacarias nos diz que as sete lâmpadas do Menorá representam "os sete olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra". [Zacarias 4:10].

Vemos isto mais enfaticamente no caso de Davi, em que "já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração" [1 Samuel 13:14].

Davi era um homem segundo o coração de Deus porque amava e procurava amar, cada vez mais, as coisas que Deus ama. Como já vimos, ele também detestava as coisas que o Senhor detesta.

Como filhos de Deus, precisamos compreender o coração do Pai Celestial. Muita confusão desapareceria das vidas de muitos fiéis cristãos se eles imergissem em uma passagem admirável do livro de Jeremias. Embora não seja possível para Deus descrever a si mesmo — pelo menos não de um modo que nossas mentes danificadas pelo pecado possam compreender — Ele percorre um longo caminho em direção a revelar Seu coração quando nos diz o que faz e, mais importante, o prazer que obtém com isso:

"Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR." [Jeremias 9:24].

Chegamos a compreender mais nosso Pai Celestial por meio daquelas passagens em Sua palavra que revelam aquilo que O entristece. Por exemplo, aprendermos em Gênesis 6 que entristeceu o coração de Deus ter de destruir toda a humanidade no Dilúvio, preservando somente oito indivíduos para repovoar a Terra:

"Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração." [Gênesis 6:6].

Sem dúvidas, muitos já leram esse verso e deixaram de ver o quão importante e pessoal ele é. Em apenas algumas breves palavras, o Senhor Deus de toda a criação revela o quão doloroso é para Ele ter de lidar com a humanidade dessa forma. Isso "pesa em Seu coração".

Vemos a mesma admirável preocupação em um par de passagens que se relacionam com a destruição de Samaria, uma antes do evento (em Oseias) e outra depois (em Jeremias):

"Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como Admá? Te poria como Zeboim? Está comovido em mim o meu coração, as minhas compaixões à uma se acendem." [Oseias 11:8].

"Não é Efraim para mim um filho precioso, criança das minhas delícias? Porque depois que falo contra ele, ainda me lembro dele solicitamente; por isso se comovem por ele as minhas entranhas; deveras me compadecerei dele, diz o SENHOR." [Jeremias 31:20].

Que sentimento de dor encontramos nestas palavras imensamente sensíveis: "Está comovido em mim o meu coração, as minhas compaixões à uma se acendem." O Senhor não quis lidar com Samaria (Efraim) como tinha lidado com as cidades da planície (Sodoma, Admá e Zeboim), mas o pecado tinha ido longe demais e Efraim tinha desdenhosamente rejeitado as muitas advertências. Deus tinha enviado Seus mensageiros, os profetas.

O verso em Jeremias é um eco chocante do verso em Oseias, mas desta vez o Senhor está falando após o evento: "Não é Efraim para mim um filho precioso, criança das minhas delícias? ... ainda me lembro dele solicitamente; por isso se comovem por ele as minhas entranhas."

Como estudantes da Palavra de Deus, podemos aprender muito sobre nosso Pai Celestial refletindo em oração sobre essas passagens acima.

O Mistério da Iniquidade

Estamos caminhando para um tempo em que Deus precisará julgar todos os que habitam sobre a Terra, por causa da decisão desorientada deles de aumentar indefinidamente seu reservatório de pecado. Eles rejeitaram o chamado para a santidade. A rebelião deles acontece há tanto tempo que a maior parte da humanidade se esqueceu como isso começou, ou por que a alienação deles de Deus certamente terminará com a total destruição deles. Eles tolamente imaginam um grande futuro para si mesmos, no exato tempo em que o inferno está abrindo sua boca e preparando-se para soltar sua fúria como nunca antes.

A maior parte da humanidade ainda tem de entender que somente Cristo pode nos salvar do Mistério da Iniquidade.

Deus pede muito pouco de nós. O profeta Miquéias diz de forma bem simples:

"Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?" [Miqueias 6:8].

Moisés diz de forma similar, mas acrescenta quatro palavrinhas:

"Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR teu Deus pede de ti, senão que temas o SENHOR teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, que guardes os mandamentos do SENHOR, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?" [Deuteronômio 10:12-13].

Quais são as quatro palavrinhas? "Para o teu bem." Essas leis foram dadas para que possamos viver eternamente com Deus! Elas são todas para o nosso bem. Não existem outras leis, ou outros preceitos. Ou escolhemos a vida, ou escolhemos a morte.

O Senhor deu a lei no Monte Sinai para mostrar ao homem que ele nunca conseguirá alcançar a perfeição por seus próprios esforços. O homem caído nunca conseguirá pagar seu próprio resgate. Mas, a lei precisa permanecer. Assim, como podem essas duas proposições ser conciliadas? Parece impossível, mas elas são perfeitamente conciliadas em Cristo e por meio de Cristo. Para aqueles que confiam que Ele fez isso, Ele pagou nosso resgate. Ele também eliminou a propensão para o pecado — nossa velha natureza pecaminosa — do nosso estado glorificado futuro.

A Menina do seu Olho

Em toda Sua Santa Palavra, a Bíblia, Deus compartilha conosco a história de Seu Filho. A humanidade é parte dessa história, mas somente uma parte. Estamos sendo convidados pela Santa Trindade para nos tornarmos filhos adotivos de Deus. Por meio de Seu grande sacrifício, Cristo tornou isso possível. Todos que rejeitam esse convite, por qualquer razão que seja, estão irremediavelmente perdidos.

O amor que Deus tem por aqueles que aceitam Seu Filho está além da compreensão.

Em Deuteronômio 32:9, somos informados que a porção do Senhor é o seu povo:

"Porque a porção do SENHOR é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho." [Deuteronômio 32:9-10].

Como Jesus é o " primogênito de toda a criação" (Colossenses 1:15), Ele tem direito à porção dobrada. Essa porção adicional é Seu segundo rebanho, a igreja. Exatamente como Jacó, todos os fiéis cristãos nascidos de novo são "a porção de sua herança" e "a menina do seu olho". Nós, também, fomos encontrados em uma "terra deserta", mortos em ofensas e pecados.

Precisamos guardar no coração tudo o que o Senhor disse sobre Sua porção, Seu povo escolhido, a parte de Sua herança — pois nós também compartilhamos esse amor, nós também somos a menina do Seu olho:

"Guarda-me como à menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das tuas asas, dos ímpios que me oprimem, dos meus inimigos mortais que me andam cercando." [Salmos 17:8-9].

"O coração deles clamou ao SENHOR: Ó muralha da filha de Sião, corram as tuas lágrimas como um ribeiro, de dia e de noite; não te dês descanso, nem parem as meninas de teus olhos." [Lamentações 2:18].

"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho." [Zacarias 2:8].

A Simplicidade da Vida Cristã

Depois que você vê o quão fiel o Senhor foi a Jacó — um homem orgulhoso, rebelde e mulherengo — podemos melhor compreender o prazer que Ele sente com cada fiel que vive com simplicidade a vida cristã:

"Os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR, e deleita-se no seu caminho." [Salmos 37:23].

Deus está plenamente familiarizado com tudo o que fazemos e, quando vivemos da forma como devemos viver, isto é agradável a Ele. É verdadeiramente uma grande perda na igreja moderna que os pregadores e pastores tenham falhado em ensinar isto da forma como deveriam. Muitos encaram a obediência com leviandade, como se fosse uma tentativa da nossa parte de "ganhar" graça, mas este é um falso ensino e, em nossa opinião, um ensino perigoso. Como cristãos nascidos de novo, somos abençoados com a assistência do Espírito Santo, que habita em nós. É por causa da presença do Espírito Santo que podemos cultivar um relacionamento vivo com nosso Pai Celestial e nos aproximar cada vez mais dEle.

Nosso Pai Celestial reconhecerá — e nutrirá — nosso relacionamento, do mesmo modo que um pai humano atencioso faria:

"Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem." [Provérbios 3:12].

Com que facilidade nós nos esquecemos que o Senhor se alegra em Sua criação e que nós, também, somos parte dessa criação! Somos obras de Suas mãos (Jó 10:3). Ele se alegra em nós, da mesma forma como um pai se alegra em seu próprio filho.

Considere o caso de Davi. Embora tenha sido castigado por Deus até o ponto que parece ter sido o limite que ele poderia suportar, ele nunca perdeu de vista o fato que seu Pai Celestial o amava e se alegrava com ele:

"Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque tinha prazer em mim." [Salmos 18:19].

Davi sentia prazer em agradar a Deus! Se fôssemos falar a respeito de uma "atitude espiritual", acho que seria algo assim.

Finalmente, somente podemos agradar a Deus pedindo-Lhe para mostrar para nós como fazer isso e nos guiar em Seus caminhos. O autor da Epístola aos Hebreus diz assim:

"Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém." [Hebreus 13:20-21].

Conclusão

Como seres criados, podemos agradar a Deus por que, por meio de nossa obediência e boas obras, refletimos em uma forma pequena o grande mar de glória que nosso Pai Celestial vê em Seu Filho unigênito. Somos para Ele um lembrete contínuo daquilo que Cristo alcançou a nosso favor no Calvário.

Considere o pecado de Acã. O Senhor iria abandonar Israel inteiro por causa de um único pecado, a desobediência de um único indivíduo. Em suas horríveis implicações, aquilo foi como o pecado de Adão. As doze tribos teriam de se defender e prover por sua própria conta, sozinhas e expostas em uma terra ocupada por inimigos temíveis. Sem o Senhor, elas seriam aniquiladas e todos sabiam disso. Era necessário lidar com esse único pecado.

"Então disse Josué a Acã: Filho meu, dá, peço-te, glória ao SENHOR Deus de Israel, e faze confissão perante ele; e declara-me agora o que fizeste, não mo ocultes. E respondeu Acã a Josué, e disse: Verdadeiramente pequei contra o SENHOR Deus de Israel, e fiz assim e assim." [Josué 7:19-20].

Ao confessar seu pecado, Acã deu "glória ao Senhor Deus de Israel". Ao confessar seu pecado, ele agradou a Deus. Ele não produziu frutos e não praticou obras. Muito pelo contrário — o comportamento dele foi abominável, mas por meio de sua confissão, ele agradou a Deus. Por meio de seu ato de contrição, ele olhou, embora de forma vaga, para a obra expiatória de Cristo. E isso foi agradável a Deus. O vale de Acor tornou-se uma porta de esperança.

Acã pagou pelo seu pecado com sua vida, como também sua família, mas ele salvou sua alma. Como disse o profeta Miquéias:

"Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade." [Miquéias 7:18].

A misericórdia de Deus é tornada possível por meio da obra expiatória de Cristo. É por meio do sangue derramado de Seu Filho que Deus consegue perdoar o pecado e se agradar na misericórdia.

A Palavra de Deus fez uma referência dramática a isso em duas ocasiões. A primeira foi no batismo de Jesus (Mateus 3:17, Marcos 1:11 e Lucas 3:22) e a segunda no monte da transfiguração (Mateus 17:5 e 2 Pedro 1:17). Quando Deus fala duas vezes do céu e testifica que "Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo", estamos recebendo confirmação divina, não somente que Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, mas que Jesus, por meio de Suas múltiplas virtudes inescrutáveis, é imensamente agradável a Deus!

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Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 17/9/2021
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/agradar.asp