A Glória Que É Cristo

Autor: Jeremy James, Irlanda, 8/7/2021.

Os inimigos do Cristianismo realizaram uma longa campanha ao longo dos séculos para convencer o mundo que Jesus foi um homem muito bom — possivelmente o mais justo, o mais santo e o mais excelente homem que já viveu — mas que não era divino. Não precisamos nos preocupar aqui com os incontáveis modos como eles tentaram fazer isso. Entretanto, apesar da contínua fidelidade dos cristãos verdadeiros à doutrina da divindade de Cristo, a campanha teve um impacto sobre o modo como a igreja, em sua forma institucional, apresenta a pessoa de Cristo para o mundo descrente.

Onde a igreja deveria celebrar a realeza, o sacerdócio e a filiação divina de Cristo, para não mencionar a autoridade absoluta que Ele recebeu do Pai Celestial em todas as coisas, e Seu retorno iminente à Terra para assumir o trono de Davi, ela está, em grande parte, contente em enfocar principalmente o papel dEle como Salvador. Isto é verdade, claro, mas a não que ser que seja expandido para expressar a plenitude de Cristo, tende a retratar Jesus como uma pessoa que se manifestou rapidamente na cena mundial e, depois de concluir Sua difícil missão, desapareceu da Terra.

A Grandiosidade de Cristo

Em certo sentido, eles tomaram seu retrato de Jesus principalmente dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e se esqueceram da incrível elaboração de Sua natureza divina que pode ser encontrada em outras partes da Bíblia. O Velho Testamento é tomado como uma introdução aos quatro evangelhos, enquanto que os demais escritos do Novo Testamento são tratados, em grande parte, como um comentário sobre a missão terreal e os ensinos de Jesus Cristo.

Isto é perfeitamente certo, mas não vai muito longe. Muitos fiéis cristãos ficam com um retrato de Cristo que consiste principalmente de milagres e parábolas. Assim, perde-se, pelo menos em parte, a grande verdade à qual Jesus fez alusão quando disse: "... eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." [Mateus 28:20b].

Os cristãos que falam de Jesus nesses termos — e existem muitos — estão minimizando grandemente Seu extraordinário status espiritual! Afinal, Ele é aquele por meio de quem e para quem todas as coisas foram criadas! Ele é aquele que sustenta todas as coisas e que, por meio de Sua obra no Calvário, redimiu toda a criação da destruição. Ele é aquele que veio como um cordeiro em Sua primeira vinda e que virá em breve como um leão, o governante eterno e inquestionável de toda a Terra.

O Maligno quer que pensemos em Cristo principalmente como o homem de Nazaré e nos esqueçamos que o homem de Nazaré é o Filho do Deus dos céus.

Sabemos que nosso Salvador é o Rei dos Reis, o criador do céus e da Terra e o Filho do nosso Pai Celestial, mas, em geral, deixamos de transmitir isso aos outros, como deveríamos fazer. Em uma época em que o discipulado é muito negligenciado e a doutrina mal compreendida, podemos até mesmo lutar com isso nós mesmos!

Recebemos aqui e ali visões rápidas na Palavra Deus que sugerem a grandiosidade de quem Ele é. Uma das mais surpreendentes pode ser encontrada no livro do Apocalipse:

"E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada." [Apocalipse 21:23].

Que declaração impressionante a respeito de nosso Salvador! Conhecemos bem a cena com Elias e Moisés, no Monte da Transfiguração, em que Jesus é mostrado em Sua glória — "E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz." [Mateus 17:2] — mas a cena em Apocalipse, em que uma vasta área é iluminada com o brilho enorme de Sua pessoa, é muito mais surpreendente: "e o Cordeiro é a sua lâmpada". O sol não será mais necessário!

Refletindo Sobre a Glória e Magnitude de Cristo

Precisamos meditar a respeito de versos como este, de modo a compreender, se isto for possível, a glória e magnitude de Cristo quando Ele se manifestar aos nossos olhos no tempo por vir.

Em nossa condição danificada pelo pecado, podemos perceber essa luz somente por meio dos olhos da fé. Infelizmente, todos os que não têm fé precisam caminhar em trevas. A Palavra de Deus nos diz que aqueles que rejeitam a Cristo estão rejeitando a luz que exporia suas obras e revelaria sua corrupção mais interna. João o Batista foi o precursor de Cristo, aquele que chamava os homens ao arrependimento, a virar as costas para as trevas e pedir ao Senhor que enviasse Sua maravilhosa luz para suas vidas. Somente quando vemos nossa necessidade de um Salvador é que podemos encontrar a Cristo. Quando isso acontece, nascemos de novo.

Satanás detesta a luz, mas de modo a enlaçar o homem, ele precisa oferecer uma falsa luz. Esta é a luz falsificada do misticismo, a assim chamada luz da Maçonaria e da Cabala. A vindoura Nova Ordem Mundial atrairá os homens cada vez mais para essa falsa luz. O caminho da Gnose, a auto-iluminação, é uma terrível mentira que amarra as mentes dos homens e torna quase que impossível para eles ouvirem, ou até tolerarem, o Evangelho. Como disse o apóstolo Paulo:

"... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." [2 Coríntios 4:4].

É significativo que as primeiras palavras proferidas por Deus tenham sido: "Haja luz."

Jesus disse: "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo." [João 9:5].

Depois de deixar este mundo, Ele enviou "outro consolador" para viver dentro de nós até o fim dos tempos. Como cristãos verdadeiros, somos selados com o Espírito Santo. A própria igreja é a luz do mundo, uma luz que brilha mais intensamente à medida que o mundo afunda cada vez mais nas trevas:

"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." [Provérbios 4:18].

A Noite Vem, Quando Ninguém Pode Trabalhar

Os fiéis neste tempo estão grandemente entristecidos que a luz da igreja está aparentemente "eclipsada" pelas trevas espirituais que agora cobrem toda a Terra, mas é assim que as coisas são. Lembre-se que Jesus disse, não para os fariseus, mas para as pessoas comuns de certas cidadezinhas em toda a Galileia: "Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza." [Mateus 11:21 e Lucas 10:13). O convite tinha sido oferecido e todas as evidências que poderiam ser necessárias foram apresentadas, mas eles rejeitaram o presente. Nem mesmo a presença de Jesus no meio deles, a luz viva da nossa salvação, pôde levá-los ao arrependimento.

Betsaida, que significa "Casa do peixe", era uma aldeia de pescadores no lado oeste do Mar da Galileia e era a terra natal de vários dos apóstolos. Corazim era outra aldeia de pescadores, não muito longe de Cafarnaum. Ambas as aldeias estavam nos territórios de Zebulom e Naftali, aos quais Isaías se referiu quando disse: "O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz." [Isaías 9:2]. Mateus mais tarde citou esta passagem, como segue:

"A terra de Zebulom, e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia das nações; o povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou." [Mateus 4:15-16].

Para aqueles que encontraram a Cristo, nada disso é fácil de compreender! Por que alguém rejeitaria deliberadamente o dom da salvação?

O autor da epístola aos Hebreus tocou neste assunto quando disse:

"Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?" [Hebreus 2:3-4].

Milhões de Almas Solitárias

Estamos cercados por milhões de almas solitárias, que continuam a caminhar em condenação, iludidas pelas reluzentes fantasias e adereços que o Maligno usa para atrair e escravizar suas vítimas. Apesar disso, o apóstolo Paulo diz claramente que o testemunho de Deus é prontamente visto nas obras da criação que estão ao nosso redor e que aqueles que se recusam a buscá-lo são indesculpáveis.

Se existe algo que o tempo em que estamos pode nos ensinar, é o poder horrível do pecado.

O tempo atual revela também o terrível orgulho humano. O rei ímpio Acabe, ficou tão chocado pelo julgamento apresentado diante dele por Elias que se arrependeu:

"Sucedeu, pois, que Acabe, ouvindo estas palavras, rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de saco, e jejuou; e jazia em saco, e andava mansamente. Então veio a palavra do SENHOR a Elias tisbita, dizendo: Não viste que Acabe se humilha perante mim? Por isso, porquanto se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho o trarei sobre a sua casa." [1 Reis 21:27-29].

Nunca esperaríamos que um homem como Acabe colocasse de lado seu orgulho desse modo, porém ele fez isso. Além disso, apesar da natureza ímpia de suas obras, o Senhor ouviu a oração dele e disse a Elias: "Não viste que Acabe se humilha perante mim?"

Grande assim é Sua misericórdia!

Um Exército de Homens como Acabe

O mundo todo hoje é controlado por um exército de homens exatamente como Acabe, todos os quais trabalham em conjunto para escravizar a humanidade. Mas, é difícil ver como qualquer um deles fará como Acabe fez e se humilhará diante de Deus. Talvez um ou dois façam isso, mas os demais estão implacavelmente inclinados a fazer aquilo que Ninrode tentou logo após o Dilúvio. Eles querem governar o mundo e satisfazer às suas ambições. Eles se gloriam em seu orgulho e acreditam tolamente em todas as mentiras que Satanás usou para enlaçá-los.

Eles gostam de imaginar que são "esclarecidos" ou "iluminados" e que têm uma conexão especial com os "Mestres Ascencionados", quando, na realidade caíram sob a influência de demônios poderosos. Instruídos por seu mestre, Satanás, esses demônios explorarão os Illuminati até que eles tenham servido aos seus própósitos.

Os Filhos da Perversidade Têm Obsessão pela Morte

Como observamos em vários de nossos ensaios anteriores, os Illuminati têm obsessão pela morte. A Palavra de Deus nos diz que eles fizeram uma aliança com a morte e se alinharam com as hordas rebeldes do inferno:

"Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos." [Isaías 28:15].

Eles esperam que essa aliança demoníaca os proteja da severa retribuição de Deus, quando Cristo retornar à Terra!

Aqueles que estão planejando atos monstruosos de genocídio — como os Illuminati estão fazendo hoje — gostam de celebrar a morte. Há somente um monumento nacional que é comum em virtualmente todos os países do mundo — o Túmulo do Soldado Desconhecido. Esses monumentos de alta visibilidade estão dedicados aos restos mortais não identificados de incontáveis soldados mortos nas guerras sem sentido provocadas pelos servos de Satanás. Para este propósito, eles selecionam apenas uma vítima, "o soldado desconhecido", e o enterram com altas honras cerimoniais.

O público vê isso como algum tipo de honraria, quando na realidade, no mundo estranho da simbologia ocultista, é uma zombaria à "bucha de canhão", cujo sangue derramado mantêm a máquina do poder em movimento. Uma vítima aleatória e anônima representa todas as vítimas que foram sacrificadas sem propósito algum. Até mesmo a dignidade de um nome, que é o emblema de nossa humanidade, é removida.

A Ritualização da Morte

Em seu excelente estudo, British Butchers and Bunglers of World War One, o historiador australiano John Laffin descreve o procedimento bizarro pelo qual o cadáver do soldado "desconhecido" foi selecionado:

"Quando a guerra terminou, surgiu a ideia poética de um 'Guerreiro Desconhecido', a vítima que representaria para sempre todos os soldados mortos na guerra. Um oficial britânico com os olhos vendados, 'de patente muito alta' — um general, na verdade — foi levado até uma cabana que continha os restos mortais de seis soldados não identificados, trazidos dos vários campos de batalha. Ele então tateou ao redor ali sozinho, até tocar em um caixão. Esse caixão foi levado até a Abadia de Westminster e enterrado com todas as honras que a nação poderia oferecer." [pág. 17].

Esse estranho ritual lembra a Maçonaria: um homem com os olhos vendados, o uniforme, um oficial de alta patente, um homem sozinho em um quarto; a procura cega (pela morte!); os caixões, os corpos mortos; e uma cena criada em violência e banho de sangue.

A ritualização da morte agrada ao Maligno. Como diz a Palavra de Deus: "... todos os que me odeiam amam a morte." [Provérbios 8:36].

Mas, Cristo veio para destruir a morte! Ele triunfou sobre todas as obras das trevas e tornou possível para todos que se arrependem alcançar a vida eterna.

Os profetas disseram que Ele faria isto:

"Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse." [Isaías 25:8].

"Eu os remirei da mão do inferno, e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua perdição? O arrependimento está escondido de meus olhos." [Oséias 13:14].

Paulo, o apóstolo dos gentios, confirmou em termos reluzentes que nosso Salvador, Jesus Cristo, tinha feito como os profetas falaram:

"Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte... E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" [1 Coríntios 15:26,54-55].

"O qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda." [2 Coríntios 1:10].

"E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho." [2 Timóteo 1:10].

O apóstolo Paulo também se referiu diversas vezes ao "dia de Cristo". Ele estava se referindo ao Dia da Ressurreição, quando aqueles que estão nos sepulcros, tendo morrido em Cristo, ressuscitarão para a vida eterna, seguidos imediatamente depois pelos fiéis que estiverem vivos na Terra quando Jesus retornar. O próprio Jesus falou desses eventos impressionantes do seguinte modo:

"E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia... Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia... Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia." [João 6:39-40,44,54,].

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" [João 11:25-26].

Sim, é nossa grande alegria e privilégio acreditar nisto! Jesus está se referindo ao Arrebatamento quando diz: "e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá."

Mais tarde, Ele se referiu três vezes à essa incrível realização em Sua revelação a João:

"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." [Apocalipse 1:18].

"Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos." [Apocalipse 20:6].

"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." [Apocalipse 21:4].

Jesus Cristo de Nazaré destruiu a morte e o poder da morte. Por meio dEle todas as coisas serão renovadas. Todos que morreram na fé serão restaurados para a vida, habitando eternamente dali para frente com Cristo em corpos imortais.

Compartilhando o Evangelho

Quando compartilhamos o Evangelho com os perdidos, somos abençoados além da conta. Estamos oferecendo o maior convite que se pode apresentar para alguém, repetindo a promessa inquebrável que o próprio Cristo expressou com as seguintes palavras gloriosas: "e eu o ressuscitarei no último dia".

O Maligno tenta fazer a morte parecer uma parte natural da vida, como se a vida não pudesse existir sem a morte. Mas, isto é uma mentira. A vida vem somente a partir da vida. A morte, por outro lado, é produzida pelo pecado. Depois de o pecado ter percorrido seu percurso, a morte é inevitável.

Precisamos nos lembrar que Deus detesta a morte. Os pastores que têm diante de si a difícil tarefa de confortar os paroquianos enlutados podem ser tentados a lidar superficialmente com essa terrível verdade. Afinal, se Deus detesta a morte, então por que permitiu que meus amados morressem? Mas, precisamos dar um passo para trás e ver que Deus tratou o horror da morte, de uma vez por todas, no Calvário. A morte que o pecado produz é permanente e irreversível. A não ser que alguém tome nosso lugar, estamos destinados a morrer. Isso nos leva à maravilhosa verdade que chamamos de expiação vicária (ou substitutiva). Cristo morreu em nosso lugar. A morte que experimentamos no curso devido nesta vida é, portanto, temporária e reversível. No tempo indicado, todos que morreram em Cristo serão ressuscitados.

Deus Detesta a Morte

A partir do livro de Levítico podemos ver que Deus detesta a morte. O sumo sacerdote, que é uma figura de Cristo, o perfeito Sumo Sacerdote, não tinha permissão de comparecer ao funeral de seus próprios pais. Ele nem poderia expressar seu luto, por exemplo, rasgando suas vestes:

"E o sumo sacerdote entre seus irmãos, sobre cuja cabeça foi derramado o azeite da unção, e que for consagrado para vestir as vestes, não descobrirá a sua cabeça nem rasgará as suas vestes; e não se chegará a cadáver algum, nem por causa de seu pai nem por sua mãe se contaminará." [Levítico 21:10-11].

O Senhor Deus não tem respeito pela morte. É por isto que Ele enviou Seu Filho para destruir a morte e todas as suas obras. O Calvário mudou tudo, para sempre.

Pensamos nisto como um evento no tempo — o que foi — mas podemos perder os passos meticulosos que foram tomados para tornar isto possível. Cristo, em Sua forma pré-encarnada, guiou o destino da humanidade até o tempo de Seu nascimento físico. Depois do Pentecostes, o Espírito Santo assumiu esse papel.

O Anjo do Senhor

Quando a Bíblia diz que Adão e Eva caminhavam com Deus, isto somente pode se referir à segunda pessoa da Santa Trindade, o Cristo pré-encarnado. Foi Cristo que falou com Abrão e o fez sair da Caldeia (veja João 8:56). Foi Cristo que falou com Abraão e Sara na planície de Manre e que enviou os dois anjos, que conduziram Ló e sua família para fora de Sodoma. Foi Cristo que falou com Hagar e que lutou com Jacó. Foi Cristo que apareceu a Moisés na sarça ardente. Era Cristo quem residia no Santo dos Santos, entre os querubins e o propiciatório. O próprio propiciatório representava Cristo.

Foi Cristo quem levou Seu povo a sair do Egito e manifestou-se para eles como um pilar de nuvem durante o dia e um pilar de fogo durante a noite. Como diz o apóstolo Paulo, Ele era a pedra que os seguia: "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo." [1 Coríntios 10:4].

Cristo apareceu para Josué e apresentou-se como "o príncipe do exército do SENHOR" [Josué 5:14]. Anos mais tarde, Ele apareceu a Manoá e sua mulher e os orientou a respeito do nascimento e criação de seu filho Sansão. Foi também Cristo que apareceu a Gideão e mostrou o que ele deveria fazer para livrar os filhos de Israel do jugo da servidão.

Cristo apareceu ao Seu povo em Boquim e, mais tarde, mostrou a Davi onde construir o templo. Ele também protegeu Jerusalém do exército de Senaqueribe, durante o reinado de Ezequias, e matou 185.000 homens do exército assírio.

Na maioria desses encontros, Cristo era chamado de "o anjo do SENHOR". Sabemos que esse ser celestial era divino, pois Moisés e Josué foram instruídos a retirar suas sandálias diante da presença dEle.

Ele é o Senhor dos Exércitos, "o príncipe do exército do Senhor". Ele é aquele que o Pai enviará para trazer julgamento sobre a Terra. O próprio Jesus identificou-se com esse papel quando disse: "E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória." [Mateus 25:31].

Claramente, Jesus estava se referindo a Si mesmo como o rei da glória. E Salmos 24 identifica o Rei da glória com o Senhor dos Exércitos: "Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória." [Salmos 24:10].

Portanto, o anjo do Senhor, o Senhor dos Exércitos e o Rei da Glória são a mesma pessoa, isto é, a segunda pessoa da Santa Trindade, Cristo Jesus de Nazaré.

Em suas exposições sobre as Ofertas Levíticas, Harry Ironside diz: "É de inestimável valor para a alma meditar a respeito da estima de Deus por Seu Filho." Acredito que ele resume aqui a essência da nossa experiência cristã. O Pai fez tudo por meio e para Seu Filho. O Filho, por sua vez, ama e obedece o Pai em absolutamente tudo.

Nós nos aproximamos do Pai por meio de Seu Filho. Não há outro modo. Jesus fez tudo o que era necessário para tornar isto possível, não somente no Calvário, mas desde a aurora da Criação. Portanto, para nosso Pai Celestial, é impensável que alguém rejeite a glória que é Cristo.

Como diz o autor da epístola aos Hebreus: "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?" [Hebreus 2:3].

Conclusão

Estamos entrando em um tempo de grandes perturbações, quando as expectativas de milhões serão feitas em pedaços e um número incontável de vidas serão viradas de cabeça para baixo. Muitos irão morrer. Na fragilidade de nossa natureza caída, podemos ser tentados a nos render ao medo e à incerteza. Mas, não é necessário que isto aconteça. Somos células vivas no corpo de Cristo e usufruímos de sua presença amorosa conosco o tempo todo. Tudo o que precisamos fazer é confiar nEle.

"Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti." [Salmos 91:7].

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Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 1/8/2021
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/gloria.asp