Governo Mundial: Inconveniente, Desnecessário e Insano

Autor: Giordano Bruno, 23/5/2010.

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Toda cultura na história teve inumeráveis dificuldades e desequilíbrios, alguns deles devido a uma falta de compreensão entre o populacho, e muitos outros devido à corrupção no governo. Repetidamente ao longo dos séculos, os seres humanos precisaram se arrastar para fora do atoleiro de lama e esterco em que caíram. A luta por um mundo melhor, um mundo que atenda aos padrões da nossa consciência inerente, sempre exige intenso trabalho, bravura, sacrifício, lógica, sabedoria e, algumas vezes, até engenhosidade. Mas sempre, aqueles que procuram ser verdadeiramente livres é que são capazes de contribuir o máximo para a melhoria da condição humana. Não apenas aqueles que são politicamente livres, mas também psicologicamente livres.

Para muitos de nós, honrar e ultrapassar as realizações daqueles que viveram na geração passada é absolutamente necessário para o nosso sucesso como espécie. Entretanto, existem muitos que veem o conceito do "trabalho árduo" como uma maldição, uma doença mental que deixou nossa sociedade andando em círculos rumo a um futuro cinzento e indefinido. Essas pessoas acreditam que deva existir uma solução simples para todos os nossos males e, se a maioria de nós não fosse tão tola, poderíamos ver essa solução de forma tão clara quanto a amplidão do céu azul.

Os antigos romanos assumiam que um império em contínua expansão e a subjugação de todos os povos cementaria o legado de Roma, criando uma sociedade perfeita. Para os reinos feudais na Idade Média, a centralização e o domínio da religião eram a resposta. Para o Império Britânico, a insinuação forçada da cultura ocidental nas "terras bárbaras" tinha o objetivo de levar a iluminação e o esclarecimento ao mundo. Para a Rússia Soviética, a eliminação da liberdade de pensamento e a repressão ao individualismo, com a substituição pelo coletivismo e pelo avanço de um "bem maior" definido de forma muito vaga iriam levar a humanidade a um progresso radical. Para a Alemanha Nazista, a eliminação daqueles indivíduos vistos como "um obstáculo" para o sucesso biológico, a ideia da pureza racial, é que iria revolucionar a espécie humana. Em cada caso, a civilização se virava da "grande obra" da compreensão, da consciência individual e da liberdade pessoal, para as propostas daquilo que era visto naquele tempo como a saída mais fácil, o segredo que nos salvaria de todo o trabalho de nos acertarmos com nós mesmos.

Hoje, enfrentamos a ampla promoção de mais uma "solução mágica", uma solução que alguns afirmam ser o único modo de nos livrarmos das difíceis circunstâncias em que vivemos. O estratagema sobre o qual estou falando é o "Governo Mundial".

Os membros da classe elitista e seus animadores de torcida estão propondo abertamente uma governança global (que algumas vezes eles chamam de Nova Ordem Mundial) há quase um século. Adolf Hitler, H. G. Wells, Trotsky, James Warburg, o senador William Fulbright, Richard Nixon, Henry Kissinger, George H. W. Bush, Bill Clinton, o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, o presidente francês Nicolas Sarkozy, o presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva, são apenas algumas das figuras internacionais proeminentes que já apoiaram abertamente o fim da soberania nacional e a formação de um corpo governante político e financeiro centralizado.

Semanas atrás, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, propôs a supervisão e controle globais de todas as atividades econômicas e até mesmo a instituição de uma moeda global como modo de conter a instabilidade financeira:

http://www.businessinsider.com/head-of-imf-calls-on-member-states-to-give-him-global-oversight-of-the-financial-system-2010-2

http://www.imf.org/external/np/speeches/2010/051110.htm

O presidente americano Barack Obama propôs a formação de uma nova "Ordem Internacional" para lidar com a ameaça do "extremismo":

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/05/22/AR2010052201586.html

Neste artigo, examinaremos a propaganda e o "pensamento de grupo" responsáveis pela proeminência do conceito do Governo Mundial na população em geral, bem como as muitas razões por que o conceito é implausível como solução para qualquer tipo de problema. Quando colocada sob o microscópio, a praticidade eficaz do ideal globalista desaparece e isso nos leva a fazer a seguinte pergunta: com as óbvias imperfeições e a natureza destrutiva da extrema centralização, por que uma pessoa de mente sã apoiaria essa ideia?

Mais Governo Nos Torna Mais Seguros?

Desde o Código de Hamurabi, a sociedade estruturada acredita firmemente na necessidade das leis. Naquele tempo, todos assumiam que as leis eram passadas aos homens dos céus, e os deuses eram os árbitros finais. Os governos se impunham como os "conduítes" do julgamento divino e, assim, a determinação moral publicamente aceita tornou-se centralizada nas mãos de uma pequena elite. Muito pouco mudou nos milhares de anos desde então. As pessoas hoje ainda veem a lei escrita como absolutamente essencial para manter o comportamento civilizado, e o governo como o "criador" insubstituível e o mantenedor da ordem. Neste tipo distorcido de cosmovisão, a ideia de expandir continuamente o poder e influência do governo é quase uma obrigação. Se o governo é o engenheiro da lei, e a lei é a força de amarração para criar uma civilização estável, então mais governo e mais leis não nos tornarão mais seguros e mais éticos?

O erro neste modo de pensar reside no fato que a "lei" NÃO é um determinante final do julgamento moral, e o governo também não é. A lei é uma reconsideração, ou uma resposta a algum ato que já ocorreu antes. Palavras escritas no papel, e nada mais. A verdadeira moralidade é inata, universal, determinada pela força da consciência e temperada pela mão equilibrada da racionalidade. É a consciência que decide o que nós, como indivíduos, estamos dispostos a tolerar como lei, ou aquilo que não podemos tolerar. Nenhuma lei pode impedir um homem de fazer alguma coisa que ele acredite firmemente ser o correto. Do mesmo modo, nenhuma lei pode forçar um homem a ignorar sua consciência e cometer atos terríveis. No fim, o governo tem pouco ou nenhum poder sobre as decisões que estão nas mãos dos indivíduos e, portanto, exerce pouco ou nenhum papel no equilíbrio da sociedade no dia-a-dia. Na verdade, em um mundo de homens e mulheres com plena consciência individual e com liberdade de pensamento, a própria noção de um governo centralizado seria absurda.

O único uso real do governo não é dominar sobre as decisões dos cidadãos, mas salvaguardar uma atmosfera em que os indivíduos sejam capazes de tomar decisões por si mesmos sem os obstáculos de um totalitarismo despótico ou coletivista. É por isto que a Constituição Americana foi tão engenhosa como um documento juridicamente legal e um evento vital na história. Foi realmente a primeira vez que o governo não foi o árbitro primário da lei. O homem comum tornou-se juiz e júri, mediando aquilo que era correto e honroso, daquilo que era grosseiro e antiético. A Constituição Americana foi o primeiro documento a submeter o próprio governo a um padrão moral de conduta, tornando-o subserviente às demandas do povo. Pela primeira vez na história, o sistema ocidental ficou descentralizado e a liberdade pessoal recebeu a primazia sobre as mecânicas da burocracia. Esta realização custou anos de guerra, sangue e sacrifício.

Entretanto, até mesmo a Constituição como lei escrita não é perpétua sem o vigor e resistência da consciência. Não é a Constituição que salvaguarda a cada um de nós, mas nós que salvaguardamos a Constituição. Todavia, novamente, a lei não faz o homem, o homem é quem faz ou viola as leis. Este fato deixou de ser compreendido por muitas pessoas hoje. A centralização parece ser a resposta para tudo. O governo global é anunciado com a solução para as guerras, para o terrorismo, para a volatilidade econômica, para a catástrofe ambiental, para o problema da superpopulação, para os conflitos religiosos, e até para a infelicidade e para o trabalho servil! Mas raramente ouvimos uma explicação sobre como o governo mundial irá realmente solucionar esses problemas.

O governo mundial é em si mesmo um OBJETIVO, não uma SOLUÇÃO. As soluções envolvem um processo racional bem trabalhado, um esquema para alcançar um objetivo. Ainda não vi alguém delinear os métodos pelos quais o governo mundial conseguirá nos salvar dos desequilíbrios e injustiças sociais. O que vejo são elitistas e idiotas úteis fazerem promessas que eles mesmos não têm a menor intenção de cumprir.

As pessoas são facilmente enganadas por esse tipo de promessas por razões que estão profundamente enraizadas em nossas psiquês coletivas. Os seres humanos tendem a buscar o caminho da menor resistência e, se surge a oportunidade de adiar uma responsabilidade pessoal e entregá-la para uma autoridade imposta, então eles saltam e agarram essa oportunidade. Isto é especialmente verdadeiro em culturas infantilizadas pela elevação dos desejos superficiais acima das necessidades práticas, ou em culturas que confundem o comportamento centrado em si mesmo com o comportamento com consciência individual. Essencialmente, certos segmentos da população têm uma inclinação para a preguiça mental e emocional. Abrir mão da responsabilidade pelo seu próprio destino e pelo seu próprio desenvolvimento e entregá-la para o governo dá a essas pessoas conforto, de forma muito parecida como um animal doméstico de estimação bem-alimentado. Entretanto, essa sensação de segurança é uma total ilusão.

Não existem exemplos na história de ações humanas que suportem a teoria que mais governo dominante nos torne mais seguros, ou nos assegure maiores liberdades. Nenhum império antigo colocou as preocupações do homem comum acima das preocupações da aristocracia, a não ser que o homem comum se tornasse uma ameaça para o poder imediato do império. As cidades-estado gregas, como Atenas, tinham somente uma aparência de autogoverno democrático, que era na verdade controlado por uma minoria de indivíduos felizardos o bastante para serem designados como "cidadãos".

Exemplos modernos de expansão do governo não são melhores. O Império Britânico escravizou civilizações inteiras em sua busca por poder global centralizado. Os soviéticos no tempo de Stalin assassinaram dezenas de milhões em seu esforço para centralizar o governo. Adolf Hitler fez o mesmo na Alemanha. A China comunista, sob o fervor coletivista de Mao Tsé-Tung, planejou a morte de 15 a 20 milhões de inocentes e usou a Revolução Cultural como um modo de apagar a própria história do povo chinês. Até hoje, a China é uma fonte de autoritarismo que oprime e mata os cidadãos para manter a ascendência do governo. A União Europeia, supostamente o modelo para a governança global, tenta controlar diversos aspectos pessoais da vida diária, incluindo a vigilância sobre toda a Internet e do tráfego telefônico em alguns países, e até as vitaminas que as pessoas podem comprar nas farmácias! A UE também está no meio de um colapso econômico, com sua moeda comum, o euro, pendurada por um fio bem fino; dificilmente a UE pode ser considerada um exemplo de eficácia da filosofia globalista.

Os EUA também estão à beira da implosão devido ao crescimento sem precedentes do governo. O ex-presidente George W. Bush triplicou o tamanho do governo federal durante seus dois mandatos, e criou uma legislação que, se for ativada, permitirá que o Poder Executivo assuma o controle administrativo de fato (Lei Marcial), sem qualquer supervisão por parte do Congresso e dos cidadãos. O presidente Barack Obama apoia plenamente essas medidas e aumentou a dívida pública a ser paga pelos contribuintes mais do que todos os outros presidentes juntos! O déficit público agora é tão grande que o Sistema da Reserva Federal (que é um Banco Central privado) imprime dinheiro continuamente a partir do nada, sem lastro, apenas para manter operacional a infraestrutura do país. Nunca encontrei alguém que pudesse me dar uma ilustração lógica e racional de como os EUA estão melhores agora por causa do crescimento do governo. Para qualquer suposta vantagem existe uma dezena de desgraças.

Termos enganosos como "harmonização" são usados pelos globalistas como um modo de renomear as velhas e fracassadas estratégias e promover maior centralização. A igualidade econômica é especialmente uma promessa favorita dos proponentes do governo mundial, mas o que ela realmente significa? Se a UE é uma indicação, harmonização significa que todos precisarão se tornar igualmente pobres. Até mesmo em um grande domo futurista de prazer, alguém sempre terá mais do que você. Alguém sempre terá algo que você deseja, mas que não pode obter. Igualdade financeira artificial não é possível. O ímpeto pela busca dessa igualdade não fez nada, além de eliminar a classe média e tornar todas as nações igualmente instáveis, o que pode ter sido o objetivo desde o início.

Se focar a autoridade em mãos cada vez menores produz esses resultados pavorosos em uma escala nacional, por que alguém acreditaria que nossos sofrimentos seriam menores em uma escala global? Dar ao governo extrema supervisão sobre as vidas das pessoas nunca tornou uma sociedade mais segura. Entregar livremente as liberdades civis nunca deixou uma sociedade mais segura. Entregar as responsabilidades individuais para organismos de autoridade não fez nenhuma sociedade mais segura. Essas estratégias somente serviram para colocar a humanidade no perigo mais grave possível.

Utopismo, Idealismo e Caricaturas

O "mundo perfeito" é uma ilusão dirigida pela arrogância e pela credulidade. Aqueles que promovem o utopismo frequentemente presumem que a versão deles do edifício social é de algum modo singular e que a vasta maioria é ignorante demais para compreender o "brilho" de suas metodologias. Já perdi a conta de quantas vezes confrontei um utopista e pedi que delineasse para mim os detalhes específicos de como seu mundo perfeito realmente funcionaria na prática. Em todos os casos, eles citaram objetivos, em vez de soluções, como "terminaremos com todas as guerras, daremos fim ao dinheiro, ninguém terá de trabalhar duro, todos receberão comida, a energia será infinitamente abundante". Tudo isto parece maravilhoso e, certamente, um mundo assim como eles descrevem seria como férias infindáveis na Disneylândia, mas onde está o plano? Como se chega do ponto A até o ponto Z? Quando questionados a descrever realmente a maneira como os globalistas e os utopistas esperam chegar ao mundo que fantasiam, geralmente eles respondem com indignação, acusando você de ter a "mente estreita demais" para compreender o conceito. Basicamente, eles implicam que sabem o que é melhor para você, mais do que você mesmo.

Uma coisa é ter paixão por um ideal e outra coisa é ter uma obsessão cega. A imaginação é uma das chaves mais importantes para o progresso, porém a aplicação sensata da imaginação no mundo real também é, e o mundo real nem sempre opera do modo como gostaríamos que ele operasse. A vida tem seu próprio ritmo, a cultura tem sua própria corrente e isto sempre precisa ser levado em consideração ao tentarmos expressar nossas visões sobre aqueles que estão ao nosso redor. Os seres humanos operam de forma mais eficaz em uma atmosfera de diversidade de pensamento. Em um sistema centralizado, com uma única filosofia a guiar as mentes, nosso desenvolvimento principal se torna engessado e ficamos sufocados. Na maioria das circunstâncias, forçar a questão da centralização cria conflitos severos e desnecessários que envenenam cada aspecto da vida de uma população. Isto significa que um ideal não pode funcionar a não ser que se adapte adequadamente à nossa natureza.

Os globalistas ignoram descaradamente a questão da natureza humana, algumas vezes afirmando que isto nem sequer existe. A verdadeira razão é que a natureza humana inerente é um fator que eles não podem controlar, como uma chave inglesa inconveniente que caiu dentro das engrenagens da máquina perfeita deles, fazendo tudo travar. Nossa natureza inata por soberania em todas as coisas é um bom exemplo de uma qualidade instintiva que desafia o "gerenciamento". Nós, enquanto indivíduos, não queremos liberdade; EXIGIMOS a liberdade, ou arriscamos perder nossa própria sanidade mental. Entretanto, no mundo do Governo Global, os instintos e intuições precisam ser suprimidos e as massas precisam ser moldadas para aceitar princípios que contrariam nosso caráter. Para que a centralização manifesta seja bem-sucedida, a integridade das pessoas precisa ser erradicada e substituída por uma ética fabricada e submissa; um enxame passivo seguindo uma mentalidade de colmeia, tudo tendo em vista nossos melhores interesses, é claro.

Que os elitistas ou qualquer outra pessoa considerem isto um futuro aceitável para a espécie humana é um total absurdo. O nível de idiotice e de arrogância que pode levar um homem, ou um grupo de homens, a acreditar que possa moldar não somente a sociedade, mas o espírito humano para atender às suas vontades precisa certamente ser muito grande. Não somente isto não é possível, mas é grotescamente bizarro e caricato. Os decididamente insanos frequentemente pensam de si mesmos como se fossem deuses, e as elites são os melhores exemplos de Chapeleiros Loucos desfilando como ideólogos intelectualmente superiores.

Líderes e Seguidores

Todos os homens iniciam a vida buscando um caminho. Alguns nunca encontram seu próprio caminho. Alguns se prendem desesperadamente aos caminhos abertos por outros, mesmo quando eles se tornam perigosamente ruins. Na ausência de visão do futuro, procuramos líderes. Os líderes fornecem a vantagem da direção e, para alguns, isto é suficiente, mas ao custo da experiência individual. Novamente, tentamos evitar a luta de encontrar nossa própria direção, e as dificuldades e dores de tomar nossas próprias decisões. Alguns de nós acham a ideia do fracasso pessoal insuportável. Melhor seguir outra pessoa e acusá-la por qualquer falha em nosso ambiente ou em nossa existência. Alguns projetam essas qualidades que pensam que não têm nos outros, e depois elevam essas pessoas, transformando-as de pessoas imperfeitas em símbolos da perfeição. Alguns de nós simplesmente perdem o interesse e o vigor para a luta, enrolam-se como um tatu e se tornam indiferentes e inertes diante das próprias fraquezas.

Entretanto, existem também excelentes pessoas neste mundo que sabem afastar a névoa e nos dão uma visão de um melhor amanhã, porém os esforços delas serão em vão se não formos para a frente por nossas próprias forças. Precisamos nos tornar os líderes pelos quais antes procurávamos e idolatrávamos. Precisamos parar de esperar que os outros definam tudo para nós, e comecemos a definir por nós mesmos. Cada homem precisa se tornar seu próprio guia.

O conceito de governo mundial se aproveita grandemente de nosso medo de assumir as responsabilidades por nossa própria providência. Ele nos seduz com garantias de facilidades, segurança e luxúria; coisas que nenhum governo, independente de seu tamanho, pode garantir. Em geral, o governo é somente uma organização de meros cidadãos, muitos dos quais se veem tão vastamente competentes e corretos comparados com o resto de nós, mas em contraste são geralmente muito frágeis, ineptos ou até mesmo vis. Quando seguimos as determinações do governo sem questionar nossa consciência, é para esses homens que estamos nos curvando. Já é difícil o bastante enfrentar esta estupidez e corrupção em uma única nação, quanto mais em todo o planeta. O governo global atuaria somente para isolar ainda mais as elites da prestação de contas, das responsabilidades e da justiça, pois a burocracia aumenta consideravelmente. Os Estados soberanos podem não ser o retrato da saúde social, mas têm a vantagem de desconectar as culturas do mundo de adotarem uma mentalidade única e destrutiva. A diversidade nas sociedades ajuda a promover a diversidade das ideias e também ajuda a proteger o mundo dos fracassos sistemáticos e das calamitosas reações em cadeia.

É por isto que as nações e fronteiras nacionais são necessárias. Não apenas para manter os povos separados, mas para criar um possível santuário para as ideias e valores vibrantes. Para evitar que uma única entidade superpoderosa molde ou esmague aqueles que discordem de suas diretrizes. Para a possibilidade de podermos finalmente alcançar o estado definitivo de soberania, um mundo em que cada indivíduo tome seu destino em suas próprias mãos e viva plenamente, tornando-se consciente, honesto e corajoso e, neste processo, melhore a humanidade como um todo.



Autor: Giordano Bruno, artigo original em http://neithercorp.us/npress/?p=506
Data da publicação: 5/6/2010
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/govmundial.asp