Escolha uma cor para o fundo:  

Quem São os Cristãos Fundamentalistas e Por Que Estão Sendo Insultados por Outros Grupos 'Cristãos'?

É um sinal dos tempos e da proximidade da perseguição quando um especialista respeitado, falando a partir de um foro respeitável, desce o chicote nos cristãos fundamentalistas, chamando-os de um perigo para a sociedade?

A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?

Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia-a-dia!!

Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!

Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma.

Agora você está na
"THE CUTTING EDGE"


O termo "fundamentalista" como era originalmente aplicado aos cristãos, foi cunhado em 1920 pelo editor do periódico batista Watchman Examiner para descrever um grupo de batistas que se tornou muito preocupado com a tendência de alguns homens se afastarem da autoridade das Escrituras — uma tendência que veio a ser conhecida como "modernismo". Entretanto, o movimento fundamentalista na verdade começou antes, durante o terceiro "Grande Despertar" — os reavivamentos de reunião de oração que varreram os EUA durante os anos 1857-59. Desses reavivamentos surgiu um renovado interesse pela Palavra de Deus e muitos grupos de estudo bíblico foram organizados como resultado — um movimento que se desenvolveu e formou a Conferência Bíblica de Niagara. Com o tempo, essa conferência levou a um grande movimento de conferências bíblicas e ao movimento de Institutos e Colégios Bíblicos — dois grandes fatores no aparecimento e expansão do fundamentalismo americano.

Essas informações de pano de fundo foram extraídas de um trabalho desenvolvido por David O. Beale, intitulado Fundamentalism and its Foes: Recent and Current Trends in Religion (Fundamentalismo e seus Adversários: Tendências Recentes e Atuais em Religião), distribuído na Universidade Bob Jones, em Greenville, Carolina do Sul. Acredito que será útil neste ponto citarmos uma porção de um parágrafo desse trabalho:

"... o fundamentalismo, entretanto, nunca esteve e nunca poderia estar limitado às afirmações de qualquer denominação em particular. Os Fundamentos da Comunhão transcendem as distinções denominacionais e fazem isso sem enfraquecer ou contemporizar essas distinções. Por exemplo, os fundamentalistas sempre foram bons presbiterianos ou bons batistas e ainda capazes de ter comunhão com fundamentalistas de outros grupos. Embora os fundamentalistas certamente difiram entre si mesmos em certas interpretações das Escrituras, eles se unem na comunhão e "propósito comum para a defesa da fé e a pregação do evangelho", aceitando somente a Bíblia, sem questionar, como divina e verbalmente inspirada, inerrante e autorizada Palavra de Deus." (ênfase no original).

O ponto que queremos enfatizar é que um verdadeiro fundamentalista é alguém que aceita a Bíblia como sendo a única autoridade em matéria de fé e prática e acredita que ela é "divina e verbalmente inspirada, inerrante e autorizada Palavra de Deus."

A ênfase na autoridade das Escrituras é o que define o cristianismo bíblico! Sem esse padrão, a pessoa é forçada a depender dos mandamentos e tradições dos homens pecadores e falíveis. Certamente aqueles que separam um tempo para examinar o profundo contraste entre a autoridade das Escrituras e a tradição da igreja perceberão a absoluta necessidade de um padrão divino! Até mesmo um apressado exame da Bíblia revela uma qualidade sobrenatural do pensamento e de expressão que estão infinitamente além da capacidade de meros mortais. Além disso, a tradição da igreja, francamente, é pálida em comparação.

Assim, com essas informações de pano de fundo em mente, examinaremos um artigo da Internet intitulado "What is Fundamentalism And Why It Is So Dangerous" ("O Que é o Fundamentalismo e Por Que É Tão Perigoso?"), escrito pelo Dr. Nielson. Mostrarei o texto original em vermelho e meus comentários em preto normal. (Devido à extensão e redundância do conteúdo, alguns comentários perto do fim foram omitidos.).

Primeiro, o fundamentalismo é um "ismo" e, como muitos dos outros "ismos" (gnosticismo, mormonismo, adventismo do sétimo dia, etc.) que têm sido uma praga no cristianismo ao longo dos séculos, é uma heresia perigosa. Cada um desses "ismos" caracteriza-se por tornar outra coisa além de Cristo central.

Você não pode ver o conceito do "pincel largo" em operação aqui, caracterizando todos os "ismos" como sendo iguais e pintando-os com a mesma cor? Afirmações de heresia são fáceis de serem feitas e isso funciona bem em ambas as direções. Para mostrar exatamente quão fácil é, eu agora os acuso de uma interpretação herética e ultraliberal da Bíblia! Quem está certo e quem está errado aqui? Obviamente, o leitor terá de determinar isso. Não posso entender como aqueles de nós que enfatizam a divindade e senhorio de Jesus Cristo podem legitimamente ser acusados de tornar alguma outra coisa central!

O maior perigo associado com o fundamentalismo (seja cristão, mórmon, ou muçulmano) é que as afirmações dos fundamentalistas soam muito verdadeiras. Os cristãos freqüentemente ouvem um pregador fundamentalista e concordam com cada palavra dele. Muitos pastores fundamentalistas são líderes carismáticos e oradores persuasivos. Eles têm uma paixão e compromisso, uma devoção, que todos gostaríamos de alcançar em nossas próprias vidas. É fácil ser tocado e abençoado por suas mensagens. O problema é que eles estão comprometidos com a coisa errada. Estão comprometidos com as interpretações simplistas da fé, com as noções simplistas de moralidade e certo e errado. Estão comprometidos com a preservação cultural e com a resistência à mudança. Como resultado, estão freqüentemente dizendo às pessoas aquilo que elas querem ouvir. Parece que têm as respostas para as crises sociais e culturais e para os problemas da vida. Tudo parece tão simples, tão claro, tão fácil.

Interpretações simplistas da fé e noções simplistas de moralidade — certo e errado? Culpado conforme a acusação!! Quando Deus diz que algo é errado — é para sempre errado e não está sujeito a discussões. Os mandamentos de Deus não são sugestões, como o empresário das comunicações Ted Turner disse certa vez. E, na realidade, ninguém gosta de mudanças e as mudanças culturais não são diferentes, mas os cristãos fundamentalistas não têm uma agenda para preservar qualquer cultura em particular — de modo que a afirmação é totalmente falsa. Mas realmente oferecemos às pessoas a sabedoria destilada das épocas como sendo a resposta aos problemas da vida e, se essa mensagem parece "tão simples, tão clara, tão fácil..." — que assim seja.

O Dr. Neilson, em seu excelente artigo "Religion's Role in the Terrorist Attack of September 11, 2001" ("O Papel da Religião no Ataque Terrorista de 11 de Setembro de 2001"), trata as questões "O que torna alguma coisa fundamentalista", e "Como essa cosmovisão influencia as ações terroristas?" Ele diz, em parte:

Para o fundamentalista, seja muçulmano ou cristão, Deus deve ser adorado, respeitado, temido e obedecido acima de todas as coisas. Todas as outras considerações ficam em segundo plano. Essa intensa e permanente devoção significa que existem algumas coisas que são completamente inegociáveis. Desse modo, é como ver o mundo como sendo preto e branco, com pouco ou nenhum tom de cinza entre aquilo que é bom e aquilo que é mau. Acompanhando isso há uma tendência em direção ao literalismo. Se a Escritura diz que Noé construiu uma arca, colocou dois de cada animal de todo o mundo dentro dela, e que eles velejaram naquela embarcação enquanto toda a terra estava inundada, então isso aconteceu. Nenhuma outra pergunta precisa ser feita; aconteceu, independente se é logicamente consistente com o que sabemos sobre os animais, inundações, embarcações antigas ou o registro geológico.

O bom Dr. Neilson flagrantemente minimiza seu caso com a frase, "uma tendência para o literalismo..." Um cristão fundamentalista genuíno segue a abordagem literal da Bíblia, ponto, sem qualquer "tendência" envolvida! Assim, mais uma vez, precisamos considerá-lo culpado conforme as acusações!!! Estamos começando a detectar o odor distante do extremo liberalismo aqui (que, preciso lembrar, também é um "ismo").

Um elemento importante da mentalidade fundamentalista é a rejeição do modernismo. Os valores ocidentais contemporâneos são inconsistentes com os valores de Deus e com Sua vontade para a humanidade. A tarefa das pessoas é adorar a Deus, não a ignorá-lo ou ridicularizá-lo. As regras de Deus são claras e devem ser impostas e respeitadas, não desprezadas. Os fundamentalistas têm uma visão muito conservadora sobre as questões sociais. O fundamentalista acha o modo como a mídia retrata o sexo, os papéis impróprios para os gêneros, e muitos outros elementos da cultura ocidental abomináveis e em total desarmonia com a vontade de Deus. Deus não gosta disso, não tolera isso e nem os seguidores devotos de Deus.

Sim, rejeitamos o 'modernismo' se ele é definido corretamente, isto é, um afastamento da autoridade das Escrituras. E, como um pregador disse tempos atrás, "Se Deus poupar os EUA, precisará se desculpar por ter destruído Sodoma e Gomorra." Achamos o consentimento implícito à ímpia "cultura ocidental" e o sarcasmo que está por trás das palavras do homem repreensíveis e uma afronta a tudo o que foi ensinado pelo próprio Jesus Cristo.

Mas como pode alguém que afirma ser cristão discordar de uma frase como "Deus é para ser adorado, respeitado, temido e obedecido acima de todas as coisas. Todas as outras considerações tomam um papel secundário em relação a Deus? Se Deus é Deus, o criador supremo, onipotente, onisciente e Senhor de tudo e de todos, como podemos fazer algo senão colocar Deus em primeiro lugar?

O problema com o fundamentalismo não é que os fundamentalistas colocam Deus primeiro. O problema é que eles não põem Deus em primeiro lugar. Eles põem uma determinada compreensão simplista, limitada e humana de Deus sobre tudo o mais. Na maioria dos casos, a compreensão do fundamentalista da vontade de Deus para a humanidade é que Deus quer que as coisas sejam do modo como costumavam ser. As leis de Deus são aquelas que foram ensinadas desde que éramos pequenos. Os fundamentalistas então se tornam nem cristãos nem muçulmanos, mas, ao invés disso, defensores da cultura, dedicados à preservação de "tudo aquilo que valorizamos". Nesse sentido, os cristãos fundamentalistas são muito mais como os fariseus do que como Cristo. Cristo foi um revolucionário cultural e social que desconsiderou as convenções da sociedade educada, quebrou as leis religiosas regularmente, associou-se com as "pessoas erradas" e geralmente desafiou o vazio e a superficialidade das tradições e as crenças sociais. Cristo foi crucificado, pelo menos parcialmente, por ser um modernista e um relativista ético. Se Cristo veio a viver entre nós no século XXI, os fundamentalistas o crucificariam novamente, não por que odeiam a Cristo, mas por que não o reconheceriam.

Agora estamos chegando ao coração da matéria. Somos acusados de mantermos uma "compreensão simplista, limitada e humana de Deus" e de colocarmos essa compreensão acima de todas as coisas. Você sabe de uma coisa? O crítico está metade certo! Temos realmente uma compreensão humana, simplista e limitada de Deus por que Ele é infinito e tudo o que podemos saber Dele é aquilo que Ele mesmo revelou para nós em Sua Palavra. Mas o que valorizamos acima de todas as coisas são Seus princípios e preceitos claramente definidos — a maioria dos quais está além da capacidade das nossas mentes finitas de compreender totalmente. E tentamos ser obedientes aos Seus mandamentos — ao mesmo tempo em que percebemos que estamos aquém do padrão de perfeição que o Senhor nos deixou para seguirmos.

Então nossa compreensão simplista da vontade de Deus para a humanidade é que Ele quer que as coisas sejam do modo como costumavam ser? Em outras palavras, a inferência é que Deus não coloca valor particular em Seu povo manter um padrão perene de conduta — porque os "tempos mudam" e precisamos mudar com eles ou perderemos o toque com a sociedade que está em constante evolução. Acreditar e tentar viver de acordo com Seus mandamentos, eles dizem, é meramente uma questão cultural porque aprendemos histórias bíblicas na infância. E somos na verdade criaturas dignas de pena que se agarram desesperadamente "a tudo o que valorizamos" — como um salmão tentando nadar correnteza acima e contra uma torrente de mudanças inevitáveis. Além disso, com um truque de mão muito rápido subitamente nos tornamos mais como fariseus do que como Cristo — tudo por causa de nossa resistência à mudança!

O que Deus diz sobre mudanças? Veja cuidadosamente, Dr. Neilsen:

"Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." [Malaquias 3:6].

"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." [Hebreus 13:8].

Deus diz que Seu povo deve adotar pensamentos e métodos modernos, especialmente se eles contradizem Seus mandamentos?

"Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele." [Jeremias 6:16].

Vamos examinar o comentário de um erudito sobre Jeremias 6:16 para obtermos maior compreensão:

"A alma precisa de descanso; ela somente pode encontrar esse descanso caminhando pela boa vereda. A boa vereda é aquela que foi trilhada pelos santos do início; é a antiga vereda, a vereda da fé e da santidade. CRER, AMAR, OBEDECER; ser santo e ser feliz. Esse é o caminho; vamos procurar por ele, e caminhar nele. Mas aquelas pessoas más disseram, "Não andaremos nele." Elas então seguiram por outro caminho, caminharam até o precipício e caíram no poço em que, em vez de descanso, encontraram — "uma feroz inundação, alimentada por enxofre ardente que nunca se apaga." — Comentário de Adam Clark.

Infelizmente, todos os que seguirem o conselho do Dr. Neilson vão encontrar "uma feroz inundação, alimentada por enxofre ardente que nunca se apaga".

Veja, Jesus nos advertiu sobre o Dr. Neilson e sua rejeição do caminho estreito do fundamentalismo:

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:13-14].

O bom Dr. Neilson deveria considerar atentamente as advertências de Jesus, enquanto ainda há tempo para sair desse caminho largo em que se encontra e para o qual está incentivando outros a seguirem. Todo o mundo perdido ouve essa falsidade e balança sua cabeça coletiva em aprovação, sem perceber que continuará em um ritmo lento no caminho largo que leva à perdição, o fim do qual é "uma feroz inundação, alimentada por enxofre ardente que nunca se apaga".

Jesus Cristo Manteve a Lei de Deus Mas Desconsiderou as Tradições dos Homens

Em seguida, somos alimentados com a tripa padrão de Nova Era sobre Jesus Cristo ser um "revolucionário cultural e social que desconsiderava as convenções da sociedade educada." Totalmente falso e uma bobagem sem sentido! O Senhor Jesus Cristo se opôs às tradições acumuladas dos homens que tinham se tornado uma caricatura da Lei de Deus. Centenas de anos de tradição rabínica tinham encoberto totalmente aquilo que realmente tinha sido entregue a Moisés no Monte Sinai, tornando-o em uma carga insuportável — uma carga que era imposta sobre os outros pelos fariseus, mas que eles próprios não seguiam. E o Senhor usou toda oportunidade para mostrar ao povo comum exatamente o quanto a Lei tinha sido alterada, ensinando-os os objetivos originais. Logicamente, isso escandalizou a elite religiosa (os fariseus) — que era o efeito desejado — mas "as convenções da sociedade educada" nunca foram desconsideradas ou violadas. Acusar o Senhor de quebrar intencionalmente a etiqueta é, no mínimo ignorância, e blasfemo no máximo! É verdade que Ele desafiou as interpretações dos fariseus, mas manteve a Lei de Moisés perfeitamente. Ele foi (e ainda é) o Cordeiro de Deus que foi para a cruz como um sacrifício imaculado!

Então, para acrescentar insulto à injúria, é feita a afirmação que "Cristo foi crucificado, pelo menos parcialmente, por ser um modernista e um relativista em questões de ética." Isso, meus amigos, é blasfêmia — pura e simples. Como já observamos, um modernista é uma pessoa que se desvia da autoridade das Escrituras — uma acusação que nunca pode ser legitimamente nivelada ao nosso Senhor e Salvador porque Ele constantemente citou as Escrituras originais, buscando a vontade do Pai Celestial em tudo. Mas, um relativista em ética é uma pessoa que pratica aquilo que hoje é chamado de "ética situacional" — em outras palavras, o certo ou errado de uma ação é determinado pela situação que está diante da pessoa. Aquilo que é errado em uma situação pode ser perfeitamente legítimo em outra. Tudo é relativo, eles dizem, e acusar o Senhor de tal comportamento é uma absoluta blasfêmia.

Além disso, a acusação que os cristãos fundamentalistas crucificariam o Senhor hoje porque não o reconheceriam, é tão baixa e odiosa que não merece comentário algum.

Vamos ouvir mais do Dr. Neilson:

Um grande problema com o fundamentalismo é que os fundamentalistas acreditam que conhecem a vontade de Deus para a humanidade. Eles acreditam que conhecem a verdade, pois sua compreensão é 100% exata e não pode haver questionamentos e nenhuma contemporização. A posição deles é profundamente "inegociável". Eles acreditam que conhecem o que é certo, errado, moral ou imoral. Eles aprendem que suas crenças são a verdade porque são literais e vêm direto da Bíblia e, portanto, não podem ser questionadas. Há somente uma interpretação da Bíblia permitida e essa é a única que eles foram ensinados.

Como o Dr. Neilson observa, isso surge de uma tendência em direção ao literalismo. O literalismo, entretanto, é usado pelos fundamentalistas como uma desculpa para a rigidez de suas crenças. (Para mais sobre esse assunto, veja o artigo "Biblical Literalism".)

Pessoal, a vontade de Deus para a humanidade está apresentada na Bíblia em termos não ambíguos. Aqueles que crêem em Deus não têm dificuldade alguma para compreendê-los. — o que traz à mente um incidente relatado por Samuel Clemens, o autor conhecido como "Mark Twain". Não me lembro agora das palavras exatas, mas era algo que aconteceu quando ele passou por uma pessoa que estava folheando uma Bíblia, e o homem lhe disse: "O que não compreendo nesta Bíblia me incomoda", ao que Clemens replicou: "O que compreendo da Bíblia é que me incomoda!". Bem no fundo, esses homens sabiam o que a Bíblia quer dizer com o que diz, mas estavam determinados a cobrir sua descarada descrença com telas de fumaça como estas: "Eles foram ensinados que sua crença é a verdade..."

Ter uma forte crença é uma coisa. Todos temos crenças fortes que estamos indispostos a mudar ou a reavaliar. Todos têm de ter algo em que crer e não podemos constantemente estar questionando todas as coisas. Mas onde o fundamentalismo cruza a linha e se torna perigoso e destrutivo é quando os fundamentalistas se recusam a permitir que qualquer um tenha crenças diferentes das deles. É claramente o caso que pessoas de forte caráter se recusam a contemporizar suas crenças. Mas os fundamentalistas consideram contemporização permitir que você creia naquilo que quer crer se for diferente da crença deles. Assim, por exemplo, alguns fundamentalistas acreditam que o aborto é assassinato e estão indispostos a permitir que os outros discordem deles. Eles não estão satisfeitos em recusar ter abortos eles mesmos e ensinar seus filhos e outros fiéis a fazerem o mesmo; eles se sentem compelidos a trabalhar para fazer leis serem aprovadas que impeçam qualquer pessoa de fazer um aborto. O ponto é que muitos cristãos, após muito pensar, decidiram que o aborto deve ser legal, pelo menos em algumas circunstâncias. Os fundamentalistas pensam que aqueles que discordam deles estão errados e alguns estão dispostos a recorrer a medidas extremas (ameaças terroristas, matar médicos que praticam abortos, instalar bombas em clínicas de aborto, e outras táticas terroristas) para impedir que aqueles que discordam deles ajam de acordo com suas crenças.

Todos sabíamos para aonde essa crítica acerba estava caminhando e agora finalmente chegamos a ela! Irmãos mal-orientados (se na verdade são nossos irmãos) continuam a cometer atos reprováveis de violência e desobediência civil sob o estandarte do "cristão" e isso incorre no rótulo de "fundamentalista" por aqueles que não conhecem a diferença essencial. São essas ações corretas e justificadas? Absolutamente não! Embora um verdadeiro fundamentalista sinta repulsa pelo aborto e o reconheça como assassinato de um nascituro, pela graça de Deus não iremos — não devemos — tornar as más situações piores e violar os mandamentos de Deus assassinando um praticante de abortos ou incendiando sua clínica. Discordamos, sim! Pregamos contra aqueles que praticam o aborto? Sim! Envolvemos-nos em protestos violentos? Que Deus nos poupe! Portanto, sentimos a necessidade de falar contra o pincel grande demais que está sendo usado por aqueles que escrevem esse tipo de artigo como este e pedimos que ele não seja usado na pintura de todos nós com a mesma tonalidade.

Não matamos homens, mulheres e crianças inocentes tornando-nos homens-bomba suicidas, como fazem os assim-chamados fundamentalistas islâmicos. Não odiamos e não perseguimos a ninguém. Nossa discordância com as visões dos outros é normalmente expressa por meio de sermões para nossa própria congregação — com cartas ocasionais expressando nossa preocupação aos altos funcionários públicos, etc. e têm o objetivo de enfatizar questões que estão baseadas nas Escrituras. E, enquanto retivermos o direito de votar, apoiaremos vigorosamente aqueles que achamos que nos representarão melhor, e "aquilo que valorizamos" no Congresso Nacional e nos governos estaduais.

Entretanto, temos de parar para reconhecer que os exércitos do catolicismo romano mataram muitas pessoas que não compartilhavam de suas crenças sem base bíblica. Muitas pessoas ainda hoje equiparam o catolicismo com o cristianismo, quando nada poderia estar mais longe da verdade. Como detalhamos nos artigos na seção "Estudos Sobre o Catolicismo Romano", o catolicismo é uma forma falsificada de cristianismo, e nem mesmo é uma boa imitação. Entretanto, o Dr. Neilson pode muito bem estar pensando nos atos cruéis do catolicismo quando faz algumas de suas afirmações.

O fundamentalismo é incompatível com a liberdade de religião. A base da liberdade religiosa é o respeito aos direitos das outras pessoas de discordarem de você. Para ter liberdade de religião, é preciso respeitar o direito dos outros acreditarem em algo que você considera errado. Por exemplo, os cristãos que crêem que você pode "cair da graça" (isto é, perder sua salvação) precisam permitir que outros cristãos que crêem na "segurança eterna" (isto é, uma vez salvo, para sempre salvo) estão errados e vice-versa. Infelizmente, nossos pais fundadores não compreenderam isso. Eles eram perseguidos na Europa por discordarem da "igreja estatal". Assim, vieram a este país para fundar colônias nas quais poderiam acreditar do modo deles (que estavam convencidos que era o único modo correto). Então, quando as pessoas se mudavam para a colônia que discordavam deles, eles as perseguiam por suas crenças do mesmo modo como tinham sido perseguidos no antigo país. Um bom exemplo disso é a perseguição dos batistas na colônia da Virgínia. Até mesmo Patrick Henry, que defendeu alguns batistas e os tirou da prisão estava relutante (a princípio) em apoiar as medidas que teriam garantido a liberdade religiosa na Virgínia. Uma compreensão do que significa ter liberdade religiosa esteve se desenvolvendo somente muito lentamente nos Estados Unidos e a necessidade de respeitar outras crenças ainda não é aceita nem compreendida por um segmento considerável da nossa população. Ainda existe muitos assim-chamados "cristãos" que não conseguem compreender o embaraço e desconforto de uma criança judia ou muçulmana que precisa permanecer em pé e calada na classe de aula enquanto um professor ora "em nome de Jesus".

Embora isso possa ser surpreendente para alguns, na verdade concordamos em princípio com o último parágrafo. Como o termo está atualmente sendo mal empregado, "fundamentalismo" é incompatível com a liberdade de religião. A intolerância apoiada pela espada, ou pelo cano de uma arma de fogo, ou a ameaça de um homem-bomba suicida certamente não é liberdade para adoração como uma pessoa escolhe. Também reconhecemos que alguns irmãos continuam a ir a extremos ao tentar pressionar a questão que a América foi estabelecida como uma nação cristã — quando os fatos dizem o contrário. Em seu zelo, eles erradamente nos fazem desconsiderar os direitos religiosos de outros cidadãos que não adoram a Jesus Cristo e, ao fazerem isso, violam o mesmo direito constitucional que afirmam como seu!

O fundamentalismo é incompatível com o cristianismo. O cristianismo é a religião da liberdade; é a religião da tolerância e da diversidade. O cristianismo é uma religião para todos os povos, para todas as culturas, para todas as épocas. O fundamentalismo é dedicado à homogenidade cultural e aos padrões de comportamento fixos, com tradições imutáveis e convenções para governar as interações sociais. O cristianismo não é ir a outras terras e culturas e ensinar os nativos a se vestir no estilo ocidental e a preencher seus envelopes de oferta. O fundamentalismo é condenar o pecado quando você o vê e tomar uma posição pelo que é "certo". O cristianismo é cuidar do pecador tanto quanto dos santos, é compreender os fatores que contribuem para o comportamento destrutivo e levar aqueles que se destruíram a si mesmos, suas famílias, e seus amigos para a cura e o perdão. Os fundamentalistas querem nos fazer acreditar que são os guardiões dos fundamentos cristãos (veja um resumo no artigo "What Christians Believe") e muitos fundamentalistas aderem a alguns ou todos os fundamentos cristãos. Entretanto, é nessa similaridade com o cristianismo que torna o fundamentalismo tão perigoso.

Com toda a justiça precisamos aceitar o fato que a rigidez de posição ganhou para nós muitos inimigos entre aqueles que "professam" a Cristo. Sempre houve entre nós aqueles que gostam de uma boa briga sempre que possível, mas ser beligerante não é um fruto do Espírito. Além disso, admite-se que alguns missionários de várias denominações cometeram realmente erros honestos ao tentarem ocidentalizar os convertidos em terras estrangeiras, ensinando nossos valores culturais. Entretanto, o fundamentalismo é condenar o pecado sempre que você o vê e tomar uma posição em defesa daquilo que a Bíblia diz que é certo. O pecado é intemporal, porque aquilo que Deus disse que era errado ontem continuará sendo errado amanhã — independente de quantas mudanças culturais ocorram. O cristianismo genuíno é um caminho estreito [Mateus 7:14], não uma avenida larga, liberal e pavimentada. [Mateus 7:13].

Além disso, seguindo os ensinos de Jesus Cristo, encontrados na Palavra de Deus, você se colocará em problemas e trará perseguição sobre si — se viver no grau em que ele mandou!!!

O fundamentalismo é uma heresia cristã. O fundamentalismo é incompatível com a liberdade de religião. É incompatível com a democracia. O crescente fundamentalismo é uma ameaça à obra de Cristo, para a sociedade, para nosso país, e para nossa liberdade. Todos precisamos trabalhar para expor os perigos do fundamentalismo.

Ao encerrar, peço ao leitor para refletir sobre algumas questões de bom senso. Não são os pontos de congelamento e de ebulição da água (no nível do mar) bem rigidamente definidos? Deus não fez essas constantes uma parte de sua criação? Alguma vez elas mudaram? É provável que mudem no futuro? Ele não definiu pecados específicos da mesma maneira e condena aqueles que os praticam? Pense sobre isto.

Da mesma forma, Deus fixou Sua lei moral para que ela nunca mude. Portanto, os cristãos que se firmam literalmente na Palavra de Deus não podem mudar daquilo que a Bíblia manda. Os verdadeiros cristãos nunca forçam ninguém que crê de uma forma diferente a "se converter" para o nosso modo de crença; oramos por eles e seriamente argumentamos nossa posição, mas quando tudo já está dito e feito, o verdadeiro cristão se afasta e deixa a pessoa crer naquilo em que quer acreditar.

A maioria dos pontos levantados pelo Dr. Neilson é pura bobagem, mas eles servem para um grande propósito: levar as massas sem discernimento a um frenesi contra os verdadeiros cristãos — os fundamentalistas. Jesus elogiou um grupo de cristãos por serem fundamentalistas e prometeu-lhes que os guardaria da hora da provação que virá sobre a terra. Veja:

"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." [Apocalipse 3:10-11].

Quem são as pessoas que vivem no fim dos tempos e que "guardam a palavra da minha paciência"? Como a Palavra é a Palavra de Deus, a Bíblia, sabemos que Jesus Cristo está prometendo às pessoas que tomam sua Palavra literalmente — Sua Bíblia — e procuram viver suas vidas pacientemente de acordo com a Bíblia, que Ele as guardará da hora da tribulação.

Qual é a definição de fundamentalismo? Pela definição do próprio Dr. Neilson, os "fundamentalistas" são aqueles que interpretam literalmente os mandamentos da Bíblia e vivem suas vidas de acordo com eles, recusando-se a contemporizar nas crenças claramente definidas. Como Jesus disse: "Como guardaste a palavra da minha paciência", isto é sendo fundamentalistas na fé, Ele nos protegerá por meio do arrebatamento da igreja!

Quando a Bíblia diz, "Assim diz o Senhor", o mandamento que vem em seguida é inegociável, como muitas pessoas descobrirão, horrorizadas, no Dia do Julgamento — o julgamento diante do Grande Trono Branco.

É um sinal dos tempos quando um artigo como o do Dr. Neilson é escrito e aceito pelas massas de pessoas. Quando esse tipo de crítica acerba e desinformada pode ser escrita e aceita, estamos definitivamente no fim dos tempos.



Você está preparado espiritualmente? Sua família está preparada? Você está protegendo seus amados da forma adequada? Esta é a razão deste ministério, fazê-lo compreender os perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para advertir e proteger seus amados. Após estar bem treinado, você também pode usar seu conhecimento como um modo de abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não conheça o plano da salvação. Já pude fazer isso muitas vezes e vi pessoas receberem Jesus Cristo em seus corações. Estes tempos difíceis em que vivemos também são tempos em que podemos anunciar Jesus Cristo a muitas pessoas.

Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.

Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.

Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.

Fale conosco direcionando sua mensagem a um dos membros da equipe de voluntários.

Se desejar visitar o site "The Cutting Edge", dê um clique aqui: http://www.cuttingedge.org

Que Deus o abençoe.

Data de publicação: 20/2/2005
Revisão: V. D. M. — Campo Grande / MS e http://www.TextoExato.com
Patrocinado por: J. S. L. e M. R. D. S. L. — Sorocaba / SP
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/n1861.asp