A Nova Ordem Mundial e a Perseguição aos Cristãos na China

Autor: Jeremy James, Irlanda, 16/10/2018.

Cerca de vinte anos atrás, um correspondente de um jornal ocidental especializado em finanças estava discutindo a nova China com uma das primeiras milionárias chinesas. Era era membro do Partido Comunista Chinês e uma empresária muito bem-sucedida por qualquer padrão de avaliação. A companhia privada dela tinha se tornado a maior fabricante de rodas de ligas de alumínio na Ásia. Ela era expansiva, amigável, bem articulada e gostava de contar a história de seu sucesso. Ela possuía um automóvel Rolls Royce e outro Mercedes. O correspondente estava aprendendo muito sobre a revolução econômica da China, mas quando a conversa voltou-se para o Partido Comunista, ela subitamente se alternou de um ativa empreendedora para um autônomo obediente. Como ele descreveu: "Até mesmo para as perguntas mais moderadas, ela adotava um tom reverente, como se estivesse sussurando em uma igreja. As respostas dela tornaram-se sóbrias, limitadas e sem vida, consistindo de pouco mais do que repetição das frases de propaganda oficiais."

Naquela época, as pessoas de mais alto escalão tinham um sistema privado de telecomunicações criptografadas, que alcançava todo o país. Como os telefones e faxes eram de cor vermelha, eles eram normalmente chamados de "aparelhos vermelhos". Possuir um "aparelho vermelho" significava que você tinha se qualificado como membro do clube rigidamente fechado que governa o país, um pequeno grupo de cerca de 300 pessoas, em sua maioria homens, com responsabilidades sobre aproximadamente 20% da humanidade." (R. McGregor). Quando o telefone vermelho toca, o executivo-chefe da companhia atende e cumpre exatamente as instruções que lhe forem dadas.

Já referenciamos diversas vezes a obsessão que os Illuminaty têm por controle. Aqui, vemos evidência concreta de um sistema que abrange não apenas a China, mas, muito possivelmente, o mundo inteiro. John Coleman escreveu sobre isto em seu livro The Conspirators’ Hierarchy: The Committee of 300 (A Hierarquia dos Conspiradores: O Comitê dos 300), publicado em 1994, chegando até a publicar uma lista dos membros do passado e do presente. É claro que poucos lhe deram ouvidos. (Conspiração? Que conspiração? Mas, quando o chefe do escritório do jornal The Financial Times na China escreve sobre o mesmo fenômenno na segunda maior economia do mundo, devemos prestar atenção.

"Conspiração dos seus profetas há no meio dela, como um leão que ruge, que arrebata a presa; eles devoram as almas; tomam tesouros e coisas preciosas, multiplicam as suas viúvas no meio dela." [Ezequiel 22:25].

O Vaticano

Muitos já observaram o paralelo entre o Vaticano e a China Comunista. Ambos são altamente sigilosos, chegando às decisões-chave por meio de canais tão opacos que estes parecem não existir. Ambos são sistemas de partido único baseados em controle total, em que a identidade dos membros com maior influência é frequentemente desconhecida, em que os objetivos políticos específicos nunca são revelados, em que nem a autoridade do sistema ou suas diretivas podem ser questionadas, e em que seus líderes não estão obrigados a prestar contas a ninguém. Nenhum dos dois reconhece um órgão judiciário ou legislativo independente e ambos lidam com os dissidentes de modos frequentemente draconianos.

O governo chinês está alegadamente negociando com o Vaticano há muitos anos pelo direito de decidir a ordenação e indicação de bispos católicos na China. Para os que estão de fora isto parece como uma luta genuína entre duas entidades soberanas que têm obsessão por controle, mas isto dificilmente é o caso. É duvidoso se algum bispo católico escolhido na China nos últimos 20 anos (ou mais) obteve o posto sem a aprovação chinesa. No fim do dia, os "300" do mundo e seus subsidiários decidem quem vai para qual lugar.

Expondo a Igreja Subterrânea

Quando Deng Xiaoping começou a "abrir" a China para o capitalismo no estilo ocidental, no fim dos anos 1970s, ele suspendeu temporariamente as políticas que Mao Tsé-Tung tinha empregado durante muito tempo para suprimir as religiões de origem externa. Isto levou os observadores no Ocidente a acreditarem que a China estava agora preparada para "tolerar" a expressão exterior do Cristianismo, sob certas regras básicas. Era adequado para o Partido Comunista Chinês (PCC) dar essa impressão, pois uma disposição ocidental de negociar com a China dependeria, em grande parte, pelo menos inicialmente, em sua aceitação dos valores ocidentais. Essa aparente mudança em direção teve outra vantagem importante para o PCC. Ao longo das três décadas seguintes, virtualmente todos os membros da igreja subterrânea na China emergiram das sombras. As famílias que tinham há muito tempo escondido sua afiliação com religião ocidental — Catolicismo ou Cristianismo bíblico — estavam agora se tornando conhecidas para as autoridades. Uma rede subterrânea robusta, que tinha crescido das instituições estabelecidas no século 17, estava agora plenamente exposta. O PCC tinha sido bem sucedido em enganar dezenas de milhões de pessoas.

A "Achinesação"

Banindo todas as igrejas nos lares em sua nova política religiosa, o PCC está agora se certificando que uma rede subterrânea similar não se desenvolva no futuro. Essa nova política efetivamente remove a suspensão temporária na supressão da religião, da forma como ela operava nos tempos de Mao. Entretanto, em vez de abolir a religião, ela agora procura moldá-la como um instrumento do PCC. Essa nova política, conhecida como "achinesação" da religião, foi lançada no Décimo Nono Congresso do PCC, em 2017 e tornou-se operacional no início de 2018.

Antes de examinarmos essa nova política e como ela provavelmente será implementada, precisamos observar que a "achinesação" não significa simplesmente "expressar em termos de cultura chinesa" mas "tornar subserviente às necessidades do Estado". O PCC quer exercer controle completo sobre a religião e usá-la para fortalecer e fazer avançar os objetivos do Partido. Isto é tão ruim quanto parece ser.

Antes do Décimo Nono Congresso Nacional, a intervenção do Estado nos assuntos de religião tomava a forma de "orientação ativa" para que a religião e o socialismo pudessem "se adaptar mutuamente". Isso parecia sugerir que a religião poderia ser capaz de existir pacificamente lado a lado com o socialismo. Entretanto, esse princípio está agora sendo interpretado por referência à "segurança nacional" e, como resultado, adquiriu um foco totalmente novo: "impervidamente prevenindo e resolutamente atacando todos os tipos de extremismo religioso."

No mundo estranho do comunismo chinês, em que as palavras significam somente aquilo que o PCC quer que elas signifiquem, "extremismo" refere-se a qualquer coisa que não agrade ao Partido. O PCC ateu não está mais preparado para controlar a religião por trás dos bastidores, mas irá agora fazer isso direta e abertamente, usando todos os poderes previstos em sua política de achinesação.

Em muitos aspectos, isto é o equivalente chinês da Contra-Reforma.

O PCC terá até seu próprio equivalente ao Papa. O Décimo Nono Congresso Nacional viu a elevação do líder do Partido, o secretário-geral Xi Jinping, a um status especial, similar ao de Mao. Uma nova ideologia orientadora foi incluída na Constituição do Partido, levando o nome de Xi Jinping — "O Pensamento de Xi Jinping Sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era". (Por "Nova Era", entenda-se "Nova Ordem Mundial".)

O Novo Autocrata

Desde o tempo de Mao, esta foi a primeira vez que um líder vivo do Partido teve uma ideologia com seu nome sacramentada na Constituição. Não foi surpresa que posteriormente, a Constituição foi emendada para remover o limite de tempo para o mandato do secretário-geral, desse modo permitindo que Xi Jinping, a partir de 17 de março, possa governar sem oposição até sua morte. Por esta razão, a revista Forbes agora o considera o homem mais poderoso do mundo.

Se ele está promovendo uma ideologia de socialismo com "características chinesas", então a achinesação da religião será fortemente apoiada nos níveis mais altos.

Exatamente algumas semanas mais tarde, o encontro nacional a respeito do controle da religião definiu a achinesação religiosa para incluir "apoiar sinceramente a liderança do PCC, aceitando voluntariamente a liderança do PCC e defender sem vacilar a liderança do PCC". Em certo sentido, o secretário-geral do Partido, Xi Jinping, tornou-se o Pontifex Maximus, um título imperial assumido pela primeira vez por César Augusto, em 13 AC, que fez dele o sumo sacerdote de todas as religiões. Além do Papa, do Dalai Lama e do Imperador do Japão, nenhum líder mundial desde os tempos antigos atribuiu a si mesmo um título similar.

"Cristianismo Chinês"

O PCC planeja a achinesação do Cristianismo, o que envolve "cultivar e implementar" os valores centrais do socialismo. O objetivo do Partido nos próximos cinco anos é modificar o "Cristianismo na China" para "Cristianismo Chinês". Incrivelmente, no processo isto enfatizará que "o coração e alma da achinesação do Cristianismo é achinesar a teologia cristã". O plano propõe até uma nova tradução da Bíblia, a reescrita dos comentários bíblicos e incorporar elementos chineses em todos os serviços, hinos e na música de adoração.

A face pública do Cristianismo também passará por uma profunda mudança. Símbolos e logotipos cristãos, incluindo a cruz, não mais serão mostrados, nem mesmo nos edifícios das igrejas. As autoridades planejam substitui-los com imagens consistentes com os "valores socialistas centrais", como a bandeira nacional, retratos de Xi Jinping e cartazes aprovados pelo PCC. O plano quinquenal objetiva transformar "crença na religião" em "crença no PCC". As congregações serão obrigadas a cantar canções revolucioárias, presumivelmente em adição aos hinos aprovados pelo PCC e a exibir na entrada da igreja uma placa com os dizeres: Obedeça ao Partido, Siga o Partido. As igrejas poderão até ser obrigadas a ter balcões para expor periódicos e jornais aprovados pelo PCC.

Já temos uma indicação perturbadora do zelo com que esse programa será executado. Em novembro de 2017, uma autoridade local na província de Jiangxi entrou nas casas de conhecidos cristãos e os forçou a remover quadros de suas paredes e substitui-los por retratos de Xi Jinping. Se isto é o que algumas autoridades municipais estavam fazendo antes de o plano ser apresentado, as perspectivas são sombrias, especialmente quando consideramos que o plano de achinesação requer que os cidadãos em todos os níveis lhe deem seu suporte.

Paranoia Planejada

A ignóbil "Revolução Cultural" (1966-1976) foi dirigida principalmente pelo envolvimento de grupos de raiz popular, um chamado pessoal de Mao e alguns de seus asseclas aos estudantes e aldeões para expurgarem do Estado os simpatizantes do capitalismo decadente. O número de pessoas mortas ou presas durante o reinado de terror resultante foi muito grande. A crença amplamente generalizada que potências estrangeiras, notavelmente os EUA, estavam fazendo tudo o que podiam para se infiltrar na sociedade chinesa e solapar suas instituições orientadoras deu um forte ímpeto aos líderes dos círculos municipais. O Plano de achinesação parece planejado para produzir uma paranoia similar, em que os missionários cristãos serão retratados como agentes de uma ideologia externa e em que a "variedade" de Cristianismo que eles ensinam tem o objetivo de desafiar a autoridade do PCC.

Esta atitude já é evidente na abordagem tomada em várias partes da China anteriormente neste ano, em que os cristãos visitantes do exterior foram colocados sob custódia da polícia for um tempo e depois deportados por se envolverem em atividades religiosas e por participarem em "reuniões ilegais". Os estudantes estrangeiros também estão sendo investigados para determinar se são cristãos e, em caso afirmativo, em quais atividades estão se envolvendo. No futuro, o evangelismo nos campi universitários não será tolerado.

As pressões que estão sendo aplicadas aos cristãos para se conformarem à vontade do PCC podem tomar muitas formas. Elas podem incluir multas e outras penalizações financeiras, visitas aos lares pela polícia ou outras autoridades do Estado, perda dos edifícios das igrejas, destruição da propriedade da igreja, perda da autorização para reuniões com propósitos religiosos, a perda de certos direitos aos subsídios do Estado e até a ameaça de corte de água e da eletricidade. Existem também muitos exemplos reportados em que cristãos ou líderes das igrejas foram mantidos sob custódia pela polícia ou receberam uma pena de prisão, em um caso uma pena de 13 anos.

A Igreja dos Três Autos

Até agora as únicas igrejas cristãs reconhecidas pelo PCC foram registradas como "Igrejas dos Três Autos" aprovadas pelo Estado. Esse conceito foi desenvolvido nos anos 1950s para permitir ao Cristianismo na China sobreviver sob o Comunismo. Os três "autos" em questão eram autogoverno, autossuporte e autopropagação, todos os quais foram criados para eliminar o envolvimento religioso de estrangeiros na China:

"As igrejas e organizações cristãs da China devem estar baseadas nos melhores esforços e modos eficazes para ensinar as pessoas a compreender claramente os males deixados na China pelos imperialistas e a realidade da exploração imperialista do Cristianismo no passado" — primeira página do The People's Daily (Diário do Povo), 23 de setembro de 1950.

A liderança da igreja teria de ser chinesa, todas as finanças teriam de ser obtidas dentro da China e toda a atividade missionária teria de ser inteiramente chinesa. Durante a Revolução Cultural (1966-1976) muitas igrejas tornaram-se subterrâneas. Entretanto, o sistema dos Três Autos foi mais tarde reinstalado, de modo a garantir que todas as atividades religiosas ocorressem rigidamente de acordo com a política do governo.

No tempo em que a Achinesação da Religião foi iniciada, em 2018, havia cerca de 60.000 igrejas dos Três Autos na China.

Controle do Partido Comunista Chinês

Dentro do sistema dos Três Autos, o PCC decidia quantas pessoas poderiam ser batizadas a cada ano, quantas poderiam pregar, quantas poderiam ouvir pregações e onde a pregação poderia ser feita. As crianças e os adolescentes não poderiam se tornar cristãos, nem as autoridades do governo, soldados, professores ou policiais. A distribuição de folhetos evangelísticos não poderia ser feita e a impressão ou importação de Bíblias estava proibida. Diversas doutrinas básicas da igreja também foram proibidas, incluindo a divindade, ressurreição e segunda vinda de Cristo. Os pregadores não poderiam afirmar que os heróis comunistas estavam destinados ao inferno e que "bons" comunistas não iriam para o céu. Além disso, era proibido pregar contra o aborto.

É óbvio a partir desses controles draconianos, que o Evangelho não poderia ser pregado em uma igreja dos Três Autos, e que versões apóstatas do Cristianismo, como a Iluminação Oriental, estavam destinadas a florescer. Apesar disso, é geralmente aceito que um número considerável, porém desconhecido, de membros dessas igrejas é formado por cristãos verdadeiros e isto além dos milhões que vieram à fé por meio do movimento da igreja subterrânea ou nos lares.

Quando se considera os impedimentos colossais que a igreja na China já estava enfrentando antes da achinesação, o regime que agora está sendo implementado certamente precisa ser visto como uma tentativa deliberada nos níveis mais altos de matar o verdadeiro Cristianismo e transformar o cadáver em um veículo mórbido da doutrinação socialista. Qualquer um que tentar se opor será simplemente removido do caminho.

A igreja na China está prestes a experimentar uma onda de perseguição em força bruta que não é vista desde o tempo em que Mao estava no poder.

As autoridades chinesas também estão construindo uma rede de vigilância do Estado profundo (deep-State). Isto incluirá um sistema informatizado de crédito social em que todas as atividades que possam ser registradas on-line receberão uma "avaliação", dependendo de sua conformidade com o que o Estado espera de um cidadão obediente. Isto treinará seus cidadãos a policiarem a si mesmos e "voluntariamente" adotarem um padrão de conduta com base em "valores socialistas essenciais".

Registro de Identificação do Estado

No futuro, a única expressão do Cristianismo na China será a versão aprovada pelo Estado, em que todos os membros da igreja receberão um registro de identificação do Estado e serão obrigados a assinar uma declaração que confirma a fidelidade deles ao Estado, ao Partido e ao secretário-geral Xi Jinping. Qualquer um que tentar operar fora desse sistema estará agindo ilegalmente e estará sujeito a penalidades severas.

No passado, era possível atuar no plano subterrâneo e se reunir secretamente com outros fiéis cristãos. A nova rede de vigilância tornará isto praticamente impossível. O reconhecimento facial e o rastreamento computadorizado permitirão que as autoridades detectem as reuniões clandestinas, em que indivíduos sem qualquer conexão conhecida se reúnem em um local regularmente. Qualquer um que esteja carregando um telefone celular será rastreado da mesma forma. Todos os contatos de telefone e de correio eletrônico serão rotineiramente monitorados. Se um membro de uma igreja não autorizada for descoberto, todos os que estiverem em seu círculo social serão imediatamente investigados pelas autoridades.

Como a achinesação coloca um ônus sobre os aldeões para revelar qualquer atividade religiosa ilícita em sua localidade — o que lhes permitirá acumular pontos de crédito social adicionais — a igreja na China, a VERDADEIRA igreja, será implacavelmente exposta.

A Bíblia na China

Como observamos anteriormente, é ilegal publicar a Bíblia ou importar exemplares de outros países. Todas as Bíblias usadas na China precisam ser impressas pela editora Amity, aprovada pelo PCC. Infelizmente, acredita-se que essas Bíblias contenham incontáveis imprecisões na tradução. Essa corrupção da Palavra de Deus somente irá piorar com a achinesação, em que qualquer oportunidade de distorcer o texto para conformá-lo com os "valores socialistas essenciais" será explorada ao máximo. Por exemplo, o Sermão da Monhanha, provavelmente será estilizado de acordo com as linhas de um capítulo do Pequeno Livro Vermelho, de Mao.

As livrarias tradicionais não recebem permissão de vender a Bíblia, embora tenham recebido a permissão de vender o Alcorão e textos relacionados com o Budismo, Taoismo e Hinduismo. (A achinesação da religião provavelmente imporá restrições sobre essas religiões também.) O fato de o Cristianismo ser um alvo para esse tipo de censura, enquanto o Islão não é, é uma indicação do quanto o PCC teme a Bíblia e o quão longe o Partido provavelmente irá no futuro para restringir a disponibilidade da Bíblia. Com a achinesação, já podemos ver clara evidência disso. Em março de 2018, grandes lojas on-line na China (como Taobao e Jingdong) receberam a ordem de parar de vender a Bíblia e, pouco tempo depois, websites evangélicos receberam a ordem de encerrar as atividades, ou enfrentar penalidades financeiras.

A Bíblia impressa pela editora Amity somente pode ser oferecida para venda em igrejas dos Três Autos, aprovadas pelo PCC. Isto permite que as autoridades usem dados de vendas e tecnologia de reconhecimento facial para rastrear os compradores, incluindo aqueles que podem ter vindo de uma igreja subterrânea ou dos lares.

O Cristianismo na China no futuro enfrentará tremendas dificuldades quando seus líderes tentarem treinar pastores e pregadores em teologia sã e, ao mesmo tempo, tentarem proteger seus rebanhos das distorções venenosas incorporadas pelo PCC na versão da Bíblia aprovada pelo Estado.

Campos de Reeducação ou de "Transformação do Pensamento"

A repressão ao pensamento independente na China entrou em uma fase inteiramente nova sob a liderança de Xi Jinping. As autoridades chinesas não estão mais preocupadas com o que as nações ocidentais pensam do histórico chinês dos direitos humanos. Durante anos, eles negaram a existência de uma rede de campos de prisão em Xinjiang, na região oeste do país, em que quase um milhão de muçulmanos uigures estão detidos. As autoridades agora admitem que os campos existem mas, na típica linguagem dúplice do PCC, esses campos são definidos dentro da lei chinesa como "centros de treinamento das habilidades educacionais e vocacionais".

De acordo com as regulamentações, os campos são destinados para pessoas "influenciadas pelo extremismo" e, portanto, que necessitam de aconselhamento psicológico e reeducação ideológica. No presente, esses campos estão sendo aparentemente usados somente para "reeducar" os muçulmanos, mas à luz da facilidade com que o termo "extremismo" será aplicado dentro da achinesação, não há dúvida que campos similares serão estabelecidos para os cristãos no tempo devido.

Na antiga União Soviética, era uma prática comum tratar o pensamento independente como um sinal de doença mental. Dissidentes proeminentes foram internados e forçados a se submeterem a uma terapia de aconselhamento e "reeducação". Este parece ser um aspecto da vindoura Nova Ordem Mundial, em que aqueles que se opuserem ao novo regime serão classificados como baixas da falsa ideologia. O público no Ocidente já está sendo condicionado a aceitar isso por meio da emissão de ordens judiciais que forçam as pessoas condenadas por discriminação relacionada com as questões de gênero a receberem treinamento sobre "igualdade e diversidade" como parte de sua "reabilitação". Na realidade, elas estão sendo forçadas a terem suas mentes reprogramadas.

Fomos tratados com um exemplo ainda mais sinistro disto apenas algumas semanas atrás quando um tribunal francês determinou que a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, se submetesse a uma avaliação psiquiátrica. Qual foi o crime dela? Ela tinha há muito tempo advertido a respeito dos perigos do Islão militante e tinha publicado imagens de execuções ilícitas praticadas por extremistas islâmicos na conta dela na rede social Twitter. O tribunal estava implicando que qualquer um que fizer essas advertências muito possivelmente tem uma mente instável.

É assim que a Nova Ordem Mundial silenciará as vozes discordantes.

"Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus." [Salmos 9:17].

Conclusão

A China é o protótipo de sociedade para a Nova Ordem Mundial. Um alto nível de eficiência econômica, similar à eficiência dos EUA, está sendo combinado com um sistema autoritário de controle social, similar ao que existia na antiga União Soviética. O indivíduo somente tem os direitos que o Estado decidir conceder. Não existem direitos humanos intrínsecos ou inalienáveis. O bem-estar do indivíduo está subordinado ao do Estado. Somente aqueles que se submeterem incondicionalmente à vontade do Partido e de seu líder absoluto desfrutarão dos direitos que o Estado decidir conceder. Aqueles que resistirem serão enviados para os campos de trabalhos forçados e "reeducados". Os indivíduos incorrigíveis serão executados.

Precisamos ver o que está acontecendo na China neste momento atual para que possamos compreender o futuro do Cristianismo, não somente na China, mas no resto do mundo. De acordo com grupo de defesa dos direitos humanos, os detidos em Xinjiang estão sendo forçados a jurar fidelidade a Xi Jinping e a criticar ou renunciar sua fé. Os líderes da Nova Ordem Mundial parecem dispostos a implementar um sistema similar de coerção em toda a Ásia e além, até que o mundo inteiro esteja sob o controle deles.

Os detidos também estão sendo forçados a recitar e memorizar propaganda do PCC e a repetir frases de propaganda socialista durante várias horas, incluindo "Vida longa a Xi Jinping". Qualquer um que se recusa a fazer isso é submetido a alguma forma de tortura física — algemado durante horas, tem sua cabeça afogada em uma bacia com água, ou é amarrado a um doloroso aparelho mecânico metálico — a infame "cadeira do tigre", por longos períodos de tempo.

Para os cristãos que duvidam da existência de um programa coordenado em escala mundial para destruir o Cristianismo, o plano de achinesação para a religião na China deve funcionar como um chamado para o despertar. O mesmo cartel internacional multibilionário que estabeleceu a China Comunista em 1948, e que a controla até hoje, também está controlando a economia internacional. O mesmo cartel que enviou para fora do país quase metade da base industrial dos EUA para esse Estado marxista subversivo, e que permitiu que o mesmo Estado marxista acumulasse um superávit comercial extraordinário usando uma moeda grandemente desvalorizada, tem um plano similar para o Cristianismo nos EUA.

Como David Rockefeller escreveu em um artigo publicado no jornal The New York Times, em 10 de agosto de 1973, após sua visita àquele país:

"Fica-se imediatamente impressionado pelo senso de harmonia nacional... Qualquer que tenha sido o preço da Revolução Chinesa, ela obviamente foi bem-sucedida, não somente em produzir uma administração mais eficiente e mais dedicada, mas também em patrocinar uma alta moral e uma comunidade de propósito... A experiência social na China, sob a liderança do presidente Mao, é uma das mais importantes e bem-sucedidas na história humana."

Rockefeller e seus asseclas são os arquitetos desse vindouro sistema totalitário em escala mundial. A "experiência social" na China, à qual ele faz alusão, com óbvia aprovação, dentro de pouco tempo será seguida por uma "experiência social" similar nos EUA, graças a essa mesma cabala.

A não ser que os cristãos que creem na Bíblia comecem a encarar com muita seriedade a verdade das profecias apresentadas na Santa Palavra de Deus, correm o risco de serem dominados pela grande onda de medo que virá sobre o mundo.

Nossos irmãos em Cristo, que vivem na China enfrentarão uma grande perseguição nos próximos anos. Enquanto isso, as autoridades chinesas mentirão desavergonhadamente a respeito do tratamento que eles recebem e continuarão a fazer aquilo que a ideologia tóxica conhecida como Marxismo foi originalmente criada para fazer, isto é, destruir a "antiga" ordem mundial e substitui-la por uma nova ordem.

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Autor: Jeremy James, artigo em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 21/11/2018
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