Os Dons das Línguas Estranhas e da Palavra de Profecia

Que esses dons existiram e foram usados na igreja cristã primitiva é algo indiscutível. No entanto, o ponto que queremos explorar é: eles ainda são válidos hoje? O que dizem as Escrituras?

Em grande parte do sudeste dos EUA encontram-se hoje montículos de terra, geralmente avermelhada, devido à cor do barro que existe na região, que são instantaneamente identificados pelas pessoas como "formigueiros de lava-pés, ou formiga-de-fogo". Essas formigas-de-fogo não são originárias do país e acredita-se que tenham entrado pelo porto de Mobile, no Alabama, anos atrás e agora são evitadas ou atacadas com produtos químicos, pois são vistas como uma ameaça potencialmente mortal. Elas continuam sua marcha incansável para o norte e o quanto avançarão é algo que ninguém sabe! Já existem diversos casos registrados em que animais selvagens e domésticos — particularmente filhotes, foram mortos por essas pequenas criaturas. Os fazendeiros criadores de gado estão particularmente atentos e tentam evitar que os bezerros recém-nascidos caiam nesses formigueiros. Muitas pessoas também já foram atacadas e algumas até morreram em conseqüência das ferozes picadas por centenas de formigas que se espalharam pelo corpo da vítima. Na verdade, a reputação dessas formigas é tão má que surgiu a expressão "mexer em um formigueiro de lava-pés", para indicar que a pessoa está procurando problemas para si mesma.

Bem, ninguém nunca disse que o trabalho de um pastor é fácil — portanto, vamos mexer em um formigueiro e ver se podemos evitar as picadas!

Em números cada vez maiores, muitos dos que professam a Cristo estão abraçando o que veio a ser conhecido como "Movimento Carismático". Esse movimento enfatiza o falar e pregar em línguas, juntamente com profecia e outros dons espirituais que são claramente apresentados e tratados pelo apóstolo Paulo em sua Primeira Epístola aos Coríntios. Que esses dons existiram e foram usados na igreja cristã primitiva é algo indiscutível e queremos deixar isso bem claro desde o início. No entanto, o ponto que queremos explorar é: eles ainda são válidos hoje? O que dizem as Escrituras?

O assunto geral dos dons espirituais é mencionado pela primeira vez pelo apóstolo Paulo em Romanos 12, mas é discutido em maiores detalhes em 1 Coríntios 14. E o que está sendo negligenciado por um grande número de irmãos hoje são as razões específicas para Paulo escrever à igreja dos coríntios. Essa era, sem dúvida, a igreja mais carnal mencionada na Palavra de Deus e precisou de pelo menos duas epístolas (alguns eruditos dizem que teriam sido três) de Paulo para corrigir seus erros! Mas, a despeito da sua carnalidade e abusos, o Espírito Santo tinha abençoado aqueles irmãos em tal medida que Paulo disse: "de maneira que nenhum dom vos falta" [1 Coríntios 1:7]. Em outras palavras, eles tinham tantos dons quanto qualquer outra igreja daqueles dias. Ao estudarmos atentamente o que Paulo teve a lhes dizer, torna-se prontamente aparente que muitos eram culpados de terem usado de forma inapropriada seus dons específicos — especialmente o dom das línguas. O fato da carnalidade deles é firmemente estabelecido no capítulo 3, em que lemos:

"E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?" [1 Coríntios 3:1-3].

Portanto, vemos que toda essa epístola foi necessária devido aos excessos carnais por parte da igreja dos coríntios e é "leite" espiritual, em vez de "carne", ou alimento sólido. Tenha esse fato em mente, ao passarmos pelo Biotônico e pela Emulsão, juntamente com as cenouras, ervilhas e espinafres do ensino de Paulo nessa epístola!

No capítulo 12, Paulo começa a expor o assunto dos dons espirituais e, nessa exposição, enfatiza repetidamente (pois as crianças precisam da repetição para aprender de forma adequada) que o maior de todos os dons é a capacidade dada pelo Espírito Santo para a pregação da Palavra (capítulo 14, verso 5 — a ser discutido em detalhes posteriormente). Então, começando no verso 7 do capítulo 12, ele relaciona os dons em termos gerais e cada vez que faz isso, é sempre na ordem decrescente de sua importância relativa. Portanto, vamos começar com o verso 6 para colocar tudo em seu devido contexto:

"E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." [1 Coríntios 12:6-11].

Em seguida, Paulo reitera esse mesmo tema a partir do verso 28:

"E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente." [1 Coríntios 12:28-31].

Observe que Paulo novamente relaciona esses dons na ordem decrescente de importância, com o verso 31 dizendo claramente que alguns são maiores ou melhores do que outros — com as línguas e sua interpretação sempre citadas no fim. No verso 30 ele faz perguntas com relação ao fato se todos na igreja possuíam esses dons — e a construção gramatical no original em grego sugere a resposta negativa em todos os casos. Portanto, aqueles que insistem que todos os crentes precisam exibir o dom das línguas como prova de sua salvação estão redondamente enganados!

Em seguida, a partir do verso 1 do capítulo 14, Paulo começa a contrastar a importância dos dons e precisamos considerar tudo o que ele tem a dizer (particularmente sobre as línguas) sem tirar nada do seu contexto:

"Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação. O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? Da mesma sorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja. Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida. Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento. Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?" [1 Coríntios 14:1-24; ênfase adicionada].

O primeiro comentário que queremos fazer refere-se à definição da Bíblia Amplificada sobre o dom da profecia, com a qual concordamos plenamente. Ela diz: "pregação e ensino inspirado, a interpretação da vontade e do propósito divino":

--------------- NÃO DEIXE DE LER ESTA PARTE, POIS É MUITO IMPORTANTE!!!! ---------------

Quando Paulo escreveu essas palavras, o Novo Testamento ainda não existia como um documento escrito e concluído. Quando os pregadores, cheios do Espírito Santo, pregavam — essa mensagem era a própria Palavra de Deus, pregada pelo próprio Espírito Santo. Isso pode ser verificado em 2 Pedro 1:21, em que lemos:

"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo."

2 Timóteo 3:16 acrescenta:

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça."

Portanto, o que precisamos compreender é que o dom da profecia implica em anunciar a Palavra de Deus às pessoas que não tinham o benefício de uma Bíblia pessoal, por meio de homens que tinham poucas Escrituras do Antigo Testamento à sua disposição, se é que tinham alguma! O Espírito Santo estava falando diretamente aos homens. O dom das línguas era uma extensão disso, pois aqueles que tinham esse dom podiam pregar em um idioma que nunca haviam estudado. A coisa interessante sobre o dom das línguas era que muito freqüentemente, a pessoa que exercia esse dom não compreendia o que estava dizendo! É por isso que Paulo lhes disse para buscarem o dom da interpretação (14:13; citado anteriormente). A palavra "língua" ou "línguas" é no grego glossa (o significado exato é incerto, mas provavelmente refere-se à língua física) e indiretamente refere-se às línguas, como algumas vezes usamos hoje (por exemplo, dizemos: "O português é nossa língua materna"). Isso fica fortemente inferido pelo que encontramos em Atos 2, quando falar em línguas estranhas começou no dia de Pentecostes. Judeus provenientes de muitos países diferentes estavam em Jerusalém por ocasião da festa, e quando Pedro e os outros, sob o controle do Espírito Santo, começaram a pregar para eles em sua própria língua nativa, lemos o seguinte:

"E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?" [Atos 2:7-8].

Portanto, a partir disso, é bem claro que o dom das línguas envolvia a pregação sobrenatural em idioma estrangeiro.

No entanto, muita confusão tem aparecido a respeito dos comentários em 1 Coríntios 14:2 e 14:4 sobre aqueles que falam em línguas não falarem aos homens, mas a Deus — que o dom edifica aquele que o exerce (verso 4) — como se esse dom fosse limitado a algum tipo de êxtase celestial durante a oração do indivíduo a Deus. Uma limitação, ou dualidade de significado, simplesmente não pode ser o caso, pois a mesma palavra grega glossa é usada tanto em Atos 2 quanto em 1 Coríntios. Como a narrativa em Atos nos diz sem qualquer dúvida que os judeus estrangeiros compreenderam o que estava sendo dito, precisamos buscar alguma outra explicação para essa passagem em particular. Assim, tomado no contexto em que é dada — isto é, Paulo falando aos crentes coríntios sobre a igreja deles — qualquer pessoa que falasse em um idioma estrangeiro para eles não seria compreendida e somente o próprio orador seria edificado. A edificação pessoal tinha um sentido de sarcasmo dirigido àqueles que estavam abusando desse dom. O verso 9 reitera a futilidade de falar sem que a igreja compreendesse e o verso 10 enfatiza o fato que aquilo que é dito constitui língua estranha.

Em resumo, esse extenso ensino de Paulo foi obviamente motivado pelos excessos carnais daqueles que possuíam o dom e o usavam de um modo inadequado, sem sabedoria. Aparentemente, estar sob a influência do Espírito Santo era uma experiência maravilhosa e podia ser controlada pelo indivíduo. Em outras palavras, ele podia "sentir-se bem" tão freqüentemente quanto desejasse e por quanto tempo quisesse. O controle do indivíduo é firmemente estabelecido pelo verso 32, que diz:

"E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas." [1 Coríntios 14:32].

Assim, com a natureza humana carnal sendo como é, os excessos e abusos aconteceram. Os coríntios eram mais carnais do que a maioria e Paulo precisou corrigi-los.

Mas, e hoje? Que razões poderíamos ter para dizer que esses dons não são mais válidos? Bem, se voltarmos um capítulo, Paulo responde a essa pergunta no Capítulo 13, versos 8 a 10:

"O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado."

W. E. Wine, em seu livro Expository Dictionary of New Testament Words, tem este pertinente comentário a respeito do dom das línguas:

"Não existe evidência da continuidade desse dom após o período apostólico ou mesmo no fim do período apostólico; isso oferece confirmação do cumprimento de 1 Coríntios 13:8, que esse dom cessaria nas igrejas, exatamente como as "profecias" e "conhecimento" no sentido de conhecimento recebido por poder sobrenatural imediato. A finalização das Sagradas Escrituras forneceu às igrejas tudo o que é necessário para a orientação, instrução e edificação individual e coletiva." [ênfase minha].

Uma vez que o cânon das Escrituras do Novo Testamento ficou completo, as instruções de Deus para seu povo ficaram em forma escrita e a pregação verdadeiramente inspirada, bem como o ensino e interpretação da vontade e propósito divino cessaram. Lembre-se que a palavra "inspirada" em termos espirituais significa "Deus soprou" (no grego é theopneustos) e refere-se somente àquilo que o próprio Deus fez ser dito nas igrejas primitivas e colocou nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento. O livro do Apocalipse põe a tampa sobre tudo e o próprio Senhor Jesus Cristo nos diz em 22:18-19 que não devemos acrescentar nem remover de sua palavra e Deuteronômio 4:2 faz a mesma solene advertência no Antigo Testamento. Assim, quando qualquer pregador afirma que sua pregação é divinamente inspirada e que pode fornecer informações proféticas que não estão contidas na Bíblia, suas próprias palavras o condenam, pois está tentando fazer acréscimos àquilo que já está completo e perfeito.

As formigas já estão alvoroçadas?

Apenas para o bem do argumento, vamos supor que eu esteja errado sobre a interpretação desse assunto. Vamos supor que as línguas ainda estejam em existência e sejam perfeitamente legítimas. Quais serão as ramificações nesse caso? Primeiro de tudo, seria o fato que as línguas eram somente um dos vários "sinais" dados para autenticar a mensagem do evangelho diante de um mundo ignorante e analfabeto. Outros incluiriam a operação de milagres — incluindo a cura dos enfermos e a ressurreição dos mortos. Expelir demônios também seria um bom exemplo. Quando examinamos cuidadosamente a evidência dada nas Escrituras, descobrimos que nem um dos vários milagres narrados foram questionados nem mesmo pelo inimigo mais beligerante! Os fariseus cometeram um erro grave ao atribuir os milagres de Cristo a Belzebu (Mateus 12:24), mas não negaram os milagres em si. Em Atos 4:16, o Sinédrio admitiu que não podia negar o fato que o homem paralítico tinha sido curado! À medida que os discípulos de Cristo se espalharam pelas nações naqueles dias primitivos, seus milagres foram desprezados, mas nunca questionados com sucesso. Milagres do mesmo tipo e magnitude estão sendo operados hoje? Operados de uma forma tal que ninguém possa questioná-los? Quando foi a última vez que você viu pessoalmente um irmão em Cristo simplesmente tocar em um cego e restaurar a visão dele sem qualquer questionamento, ou melhor ainda, ressuscitar um morto? Tenho sido um filho de Deus praticamente toda a minha vida e já tive comunhão com milhares de outros irmãos em meus mais de 62 anos de idade, mas ainda não vi isso, muito menos ouvi que tivesse sido feito de tal maneira a causar agitação entre os não salvos! Os "dons de sinais" eram para o propósito expresso de abalar os incrédulos no fundo de seu ser, de forma que eles não pudessem negar. Deixe-me perguntar isto: você pode se lembrar de alguma situação na Palavra de Deus em que essa magnitude de milagre foi alguma vez realizada no meio dos irmãos, durante uma de suas reuniões? A ressurreição de Êutico em Atos 20:9 é o único caso em que posso lembrar que chega perto disso. Não, os milagres eram geralmente realizados diante de grande multidão de pessoas perdidas, de modo a maximizar o efeito — como o senso comum diz que eles deveriam fazer. Alguém, em algum lugar hoje — de um modo que possa ser provado sem quaisquer dúvidas — pregou para estrangeiros não convertidos na própria língua deles, de modo que eles ficassem estupefatos com a capacidade do indivíduo de fazer isso? Se o poder pentecostal ainda está ativo, por que não? Esses milagres não deveriam ser lugares-comuns e causar grande admiração entre os incrédulos? Além disso, se o dom das línguas ainda está ativo, a pessoa que tem esse dom poderia pregar na presença de lingüistas e convencê-los da autenticidade da linguagem. Lembre-se que o espírito dos profetas está sujeito aos próprios profetas. Ah, ocasionalmente recebemos mensagens de correio eletrônico de pessoas que insistem que até os mortos estão ressuscitando hoje, mas onde está a evidência indisputável disso? Receio que tal "fé" seja completamente falsa e que esteja fazendo mais mal do que bem.

Finalmente, chegamos ao aspecto mais incômodo de toda a área deste assunto — uma caixa cheia de formigas lava-pés, que honestamente estou relutante em abrir, mas sinto que é algo que precisa ser feito. Como não há um modo suave de fazer isso, tenho de ser bem direto. Se você fala em línguas e/ou recebe vários tipos de mensagens de Deus, como está absolutamente certo de que elas são genuínas? Tanto quanto eu saiba, existe somente um método bíblico, que encontra-se em 1 João 4:1-4, que diz de forma bem clara:

"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo."

Observe que o verso 1 é na verdade uma ordem para testar e deve ser reconhecido pelo povo de Deus como uma advertência legítima que os espíritos demoníacos podem nos enganar. O engano não é apenas possível, mas certo, pois é a maior arma de Satanás contra a humanidade. É por isto que somos advertidos em todo o Novo Testamento a ficar de guarda contra a enganação. Em Mateus 24:24, o Senhor nos diz que durante o Período da Tribulação, a enganação será tão grande que os próprios eleitos serão tentados por ela. Portanto, aos nos aproximarmos do fim dos tempos, precisamos compreender que a enganação espiritual é um fato da vida diária para todos os filhos de Deus e que precisamos tomar cuidado para não sermos uma das suas vítimas.

Você já teve seu(s) espírito(s) testado(s) pelo método bíblico? Enquanto estiver sob o poder do espírito — na presença de um grupo de irmãos piedosos e consagrados — alguém questionou o "espírito das línguas", ou "o espírito da profecia", etc. e exigiu que ele confessasse que Jesus Cristo é o Senhor e que veio em carne? Amados, se o Espírito Santo é quem está por trás desse dom em particular em questão, podemos ter a certeza que a confissão será feita porque caso contrário, Deus não nos instruiria a testar. Se a confissão não for feita, o espírito é falso e precisa ser tratado da forma apropriada. Além disso, uma total honestidade por parte da pessoa que está manifestando o dom é, obviamente, de fundamental importância — a confissão precisa ser feita pelo espírito, e não pela pessoa.

Aqui na Cutting Edge, estamos cientes da enganação demoníaca que está ocorrendo entre os irmãos em muitas diferentes áreas da vida, não apenas entre os carismáticos. Toda denominação e seita do cristianismo está infestada com joio. A apostasia está desmedida e nosso objetivo não é entrar em uma disputa sobre quem está certo e quem está errado com relação à doutrina. Estamos tentando "manejar bem a palavra da verdade" (2 Timóteo 2:15) e atuar como um atalaia posicionado no alto da muralha. Que Deus o abençoe à medida que você procurar servi-lo da melhor maneira possível.


Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.

Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.

Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.

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Que Deus o abençoe.

Autor: Pr. Ron Riffe
Data da publicação: 20/8/2002
Revisão: http://www.TextoExato.com
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