A Missão das Duas Testemunhas no Livro do Apocalipse

Autor: Jeremy James, Irlanda, 4/7/2018.

O livro do Apocalipse é nosso guia para o fim dos tempos. Ele apresenta em ordem cronológica ampla os muitos eventos do fim dos tempos mencionados nos outros livros da Bíblia. Apresentando uma clara visão geral desses eventos e como eles finalmente culminarão na Segunda Vinda, esse livro maravilhoso nos permite receber conforto no conhecimento que, apesar da situação cada vez pior aqui na Terra, o Senhor Deus é soberano sobre todas as coisas e Seu Filho retornará em triunfo.

Visto nesta luz, como uma obra de conforto e consolação, o livro do Apocalipse deveria ser estudado regularmente por todos os cristãos. De fato, ele diz expressamente que todos que o leem serão abençoados: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." [Apocalipse 1:3].

Cristo Pediu Que Observemos os Sinais do Fim dos Tempos

No discurso do fim dos tempos feito por Jesus no capítulo 24 do Evangelho de Mateus, é claro que devemos observar os sinais do fim dos tempos e nos preparar apropriadamente. De modo a incentivar um maior estudo do livro do Apocalipse, preparamos este breve estudo sobre a possível identidade das Duas Testemunhas descritas no capítulo 11 desse livro.

— Parte 1 —

Elias Como Uma das Duas Testemunhas

A maioria dos eruditos bíblicos concorda que o profeta Elias será uma das Duas Testemunhas. Existem muitas razões para isto:

1. O livro do profeta Malaquias nos diz que Elias será enviado antes do grande julgamento do fim dos tempos vir sobre o mundo:

"Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR." [Malaquias 4:5].

2. Jesus lembrou Seus discípulos que Elias O precederá imediatamente antes de Sua segunda vinda, exatamente como João Batista O precedeu imediatamente antes de Sua primeira vinda:

"E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas." [Mateus 17:10-11].

3. Elias teve a notável distinção de ser um dos dois profetas escolhidos pelo Pai Celestial para visitar Seu Filho no monte da Transfiguração:

"Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, e transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele." [Mateus 17:1-3].

4. As maravilhas milagrosas realizadas pelas Duas Testemunhas no livro do Apocalipse incluem:

(a) O poder de causar seca extrema, presumivelmente sempre que desejarem e pelo tempo que desejarem: "Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem." [Apocalipse 11:6].

(b) O poder de destruir pelo fogo qualquer um que tentar fazer mal a eles: "E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto." [Apocalipse 11:5].

Ambos esses dons milagrosos foram exercidos de forma dramática por Elias durante seu ministério. Ele "fechou o céu" e fez com que a seca viesse sobre todo país durante o reinado do ímpio rei Acabe:

"Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra." [1 Reis 17:1].

Ele também fez cair fogo do céu e destruir dois destacamento militares que foram enviados para detê-lo:

"Mas Elias respondeu, e disse ao capitão de cinquenta: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então fogo desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinquenta. E tornou o rei a enviar-lhe outro capitão de cinquenta, com os seus cinquenta; ele lhe respondeu, dizendo: Homem de Deus, assim diz o rei: Desce depressa. E respondeu Elias: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinquenta." [2 Reis 1:10-12].

É notável também que a seca que Elias fez cair sobre Israel ("nem orvalho nem chuva...") durou exatamente três anos e meio. Um ano bíblico tem 360 dias, de modo que a seca (que também foi um julgamento de Deus) durou 1260 dias. Esta é precisamente a duração do tempo em que as Duas Testemunhas profetizarão.

"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra." [Tiago 5:17].

"E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco." [Apocalipse 11:3].

Observe a referência ao pano de saco. Esta é uma indicação que as Duas Testemunhas virão do período do Velho Testamento, pois não há relato de alguém ter usado pano de saco para se vestir no Novo Testamento, nem mesmo João Batista.

À luz desta evidência da Escritura, parece sensato assumir que Elias será uma das Duas Testemunhas.

Se ele não fosse, mas viesse com outra tarefa, seria difícil compreender por que ele não é de outra forma mencionado no livro do Apocalipse, dado que é a pessoa que precederá Cristo e "restaurará todas as coisas" (Mateus 17:11). Retornaremos a esta questão em instantes.

A Segunda Testemunha

Isto nos traz ao tema principal do nosso estudo — a identidade da Segunda Testemunha. Por um lado, pode não ser importante para a igreja ter certeza sobre esta questão. Por outro lado, cabe a nós estudar o que a Escritura nos diz sobre uma matéria de significado profético e chegar às conclusões sensatas que pudermos. Não estamos objetivando estabelecer além de qualquer dúvida a identidade da Segunda Testemunha, mas simplesmente ampliar nossa compreensão do que Deus está dizendo para nosso benefício.

O Termo Testemunha

Antes de continuar, precisamos primeiro considerar o termo "testemunha". Uma testemunha é alguém que é conhecido e confiável, em cuja palavra, portanto, pode-se confiar. Biblicamente, a palavra de duas testemunhas é necessária para estabelecer a verdade de um assunto sério ou litigioso (Deuteronômio 17:6 e 19:15). Assim, as Duas Testemunhas precisam ser indivíduos que já são conhecidos pela nação de Israel. Elas precisam ser pessoas de reputação do Velho Testamento, pois a Tanach (o Velho Testamento) é o livro de confiança da nação judaica. Portanto, é muito improvável que a Segunda Testemunha será alguém cujos atos não estejam registrados no Velho Testamento. Além disso, para ser uma testemunha do povo e para o povo, o indivíduo terá de ser um judeu, um descendente de Abraão. Isto descarta Enoque, que, embora tenha sido transladado da Terra de uma maneira milagrosa, exatamente como Elias, não era um descendente de Abraão e, portanto, não era um judeu.

A Hipótese de Moisés como a Segunda Testemunha

Muitos comentaristas bíblicos acreditam que Moisés será a Segunda Testemunha. Várias razões são sugeridas para isto:

1. Ambos Jejuaram por 40 Dias e 40 Noites

Tanto Moisés quanto Elias passaram 40 dias e 40 noites sem alimento e água. A única outra pessoa na Bíblia que fez isso foi Jesus:

Moisés: "E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos." [Êxodo 34:28].

Elias: "Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus." [1 Reis 19:8].

Esta comparação teria maior força se Elias tivesse jejuado por 40 dias e 40 noites em duas ocasiões, como Moisés. Deuteronômio 9:9 e 9:18 mostram que Moisés jejuou por 40 dias e 40 noites quando recebeu os Dez Mandamentos na primeira vez e, novamente, quando os recebeu pela segunda vez.

2. Ambos Deixaram Este Mundo em Circunstâncias Milagrosas

Tanto Moisés quanto Elias deixaram este mundo em circunstâncias milagrosas.

A Palavra de Deus registra que Moisés, (a) embora ainda em boa saúde, partiu desta vida por mandado divino (Deuteronômio 34:7), (b) foi enterrado em um local desconhecido, por um anjo incumbido com esta tarefa, ou pelo Cristo pré-encarnado (Deuteronômio 34:6), e (c) a custódia de seu corpo foi contestada por Satanás e defendida pelo arcanjo Miguel (Judas 1:9).

Elias deixou este mundo sem passar pelo processo da morte. Portanto, até hoje ele ainda retém seu corpo físico mortal no céu. Alguns comentaristas assumem que o corpo dele foi imortalizado em seu translado, mas não foi assim. Cristo foi as primícias de todos a quem o Senhor Deus reunirá para Si. Somente na ressurreição dos mortos, que ocorrerá no mesmo dia que o Arrebatamento, os pecadores redimidos receberão seus corpos físicos imortalizados. Isto significa que, como as Duas Testemunhas, Elias será capaz de morrer, exatamente como a Palavra de Deus predisse (Apocalipse 11:11). Similarmente, Elias precisará vir à Terra após o Arrebatamento, caso contrário, como um salvo, ele teria sido tomado e imortalizado naquele evento espetacular. Esta é evidência adicional na Escritura que o Arrebatamento ocorrerá antes do início de sete anos da Tribulação.

É difícil saber quanta importância atribuir ao fato que tanto Moisés quanto Elias pediram ao Senhor para terminar prematuramente sua existência terreal (Números 11:14-15 e 1 Reis 19:4). Três outros profetas — Jó, Jeremias e Jonas — fizeram um pedido similar. Entretanto, o que é claro, é que seus respectivos ministérios, que poderiam ter de outra forma continuado por mais alguns anos, foram abruptamente encerrados por decreto divino. Era quase como se o Senhor estivesse reservando a porção não usada de cada um para uso em uma data futura.

3. Ambos Humilharam Demônios Poderosos de uma Maneira Pública e Dramática

De todos os profetas no Velho e no Novo Testamento, somente Moisés e Elias se comparam com Cristo no modo como publicamente humilharam os poderes das trevas.

A Palavra de Deus nos diz que as dez pragas que atormentaram a terra do Egito foram também o castigo sobre as entidades demoníacas que afirmavam ser capazes de controlar um diferente aspecto do mundo natural. Como Jetro disse a Moisés: "Agora sei que o SENHOR é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os sobrepujou." [Êxodo 18:11].

Elias causou um estrago entre as entidades demoníacas que controlavam os sacerdotes de Baal, criando um espetáculo de humilhação pública deles no Monte Carmelo e, depois, ordenando que todos fossem executados. A resposta furiosa de Jezabel a essa humilhação espetacular foi sem dúvida energizada com grande força pelo próprio Satanás. Isto ajuda a explicar por que o grande profeta imediamente fugiu da cena.

4. Ambos Fizeram Descer Fogo do Céu e Causaram Modificações Extremas do Clima

Ambos invocaram o julgamento de Deus em modos similares, julgamentos que incluíram (a) fogo do céu (Elias) mais "fogo que corria pela terra" (Moisés) e (b) mudanças climáticas extremas em todo o país — seca severa por Elias e uma tempestade elétrica de saraiva por Moisés. O poder de causar seca quando quiser e projetar chamas a partir de seus lábios são dois dos dons milagrosos distintivos que as Duas Testemunhas exercerão diante dos olhos de todo o mundo. Outros dois são a capacidade de transformar a água em sangue e ferir a terra com "toda sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem" — ambas as quais também foram realizadas por Moisés em seu ministério:

"E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem." [Apocalipse 11:5-6].

5. Ambos Apareceram com o Senhor no Monte da Transfiguração

A Transfiguração foi um episódio imensamente importante no Novo Testamento, pois mostrou Cristo em Sua glória divina antes da Ressurreição. O evento é marcado de um modo singular, tendo três testemunhas da Terra (Pedro, Tiago e João) e três do céu (Elias, Moisés e o Pai Celestial). Tendo sido selecionados como testemunhas celestiais naquela ocasião singular, pode parecer adequado que Elias e Moisés retornem no fim dos tempos e sirvam novamente como as Duas Testemunhas, desta vez nas ruas de Jerusalém.

6. Ambos São Mencionados pelo Profeta Malaquias

O último livro do Velho Testamento é notável pelo longo silêncio profético que seguiu as palavras de encerramento de Malaquias, um silêncio que faz suas palavras soarem com ainda mais força profética:

"Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR." [Malaquias 4:4-5].

Estes dois profetas, Moisés e Elias, recebem menção especial na passagem da Escritura que aponta diretamente para o "grande e terrível dia do Senhor". A passagem se refere expressamente ao retorno de Elias, mas a alusão à pessoa de Moisés, e não apenas à lei de Moisés, é tomada por alguns como uma indicação que ele retornará com Elias como uma das Duas Testemunhas.

7. Ambos Encontraram Deus no Monte Sinai

Moisés recebeu uma visão tremenda de Deus em Sua glória no Monte Sinai (Horebe):

"Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a penha. E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá." [Êxodo 33:21-23].

A Elias Foi Dada uma Visão Similar, Também em Horebe:

"E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; e depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada." [1 Reis 19:11-12].

De fato, como o comentarista MacLaren salienta, a fenda na rocha em que Moisés se colocou e a caverna onde Elias se refugiou foram muito provavelmente o mesmo lugar. A tradução em 1 Reis 19:9 diz "E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias?" mas a tradução literal é "na caverna". Não foi simplesmente "numa caverna", mas "na caverna", um local específico já mencionado na Palavra de Deus.

Todos dizem que esses sete fatores tornam muito forte a hipótese de Moisés ser a Segunda Testemunha. Eles não forçam alguma regra da sólida hermenêutica e complementam um ao outro de um modo muito harmonioso. Por que, então, quereríamos ver outra possível alternativa? Bem, existem várias passagens fortes na Palavra de Deus que apontam em direção a outro possível candidato e cabe a nós considerá-las com atenção.

— Parte 2 —

O Trabalho das Duas Testemunhas

Antes de examinarmos nosso segundo candidato, precisamos olhar mais de perto para a missão das Duas Testemunhas e o que elas realmente farão durante sua jornada terreal.

É significativo que os especialistas em "Conferências Proféticas", que gostam de dar a impressão que estão tratando todos os aspectos da profecia do fim dos tempos, dizem pouco de substância sobre as Duas Testemunhas. O assunto é doloroso para os arquitetos da Nova Ordem Mundial, pois traz à cena duas figuras que abalarão o estamento político em suas bases.

Considere novamente os poderes que o Senhor lhes dará. Elas poderão fazer cair fogo do céu sobre qualquer um de seus inimigos, a qualquer momento. (A rigor, o fogo sairá de suas bocas). Elas transformarão a água em sangue, ferirão a terra com pragas e causarão secas em qualquer região que quiserem. A ira delas pode ser direcionada, não somente contra alvos militares, mas às nações vizinhas e aos grandes centros populacionais. Elas poderão até mesmo infligir julgamento sobre lugares muito distantes de Jerusalém. Em resumo, as Duas Testemunhas terão a capacidade de causar estragos e consternações em toda a face da Terra.

Cada Dia Será Preenchido com Significado Profético

Os dois são chamados de "testemunhas" por que são testemunhas de Deus aqui na Terra. As testemunhas anteriores terão partido no Arrebatamento. Como Deus nunca fica sem uma testemunha na Terra, as Duas Testemunhas certamente chegarão assim que a igreja, a testemunha anterior, partir. Se o Arrebatamento ocorrer em uma segunda-feira, muito provavelmente as Duas Testemunhas descerão à Terra na terça-feira. Talvez estejamos sendo específicos demais, mas devemos nos lembrar que todo dia da Tribulação de sete anos será preenchido com significado profético e cada hora será utilizada na maior intensidade possível.

As Duas Testemunhas não terão tempo para construir o Templo. Este é um feito que dificilmente poderia ser realizado no curto tempo disponível. Ao contrário, é mais provável que o Templo já estará construído em Jerusalém. Ele poderá até estar em operação há vários anos antes de as Duas Testemunhas chegarem. Mas, quando elas chegarem, tomarão conta de tudo.

Elias Restaurará Todas as Coisas

Isto é o que Cristo tinha em mente quando disse que Elias "restaurará todas as coisas" ("E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas." [Mateus 17:11]). Que "coisas" Jesus tinha em mente? Bem, no tempo em que proferiu essas palavras, muitas das "coisas" em questão ainda estavam em vigor, notavelmente o Templo, o sacerdócio e os sacrifícios. Os discípulos não teriam compreendido as implicações proféticas daquilo que Ele disse, pois Cristo estava se referindo à condição de Israel e à cidade de Jerusalém após o ano 70 DC.

Quando os romanos destruíram a cidade e demoliram o Templo, removeram as mesmas "coisas" que Elias um dia restaurará. O local indicado dos dois sacrifícios prescritos tinha sido tomado dos judeus, junto com os sacerdotes que estavam autorizados a apresentar os sacrifícios. As festas também deixaram de ser celebradas, mais notavelmente o Dia da Expiação, quando o sumo sacerdote aarônico entrava no Santo dos Santos. Muito mais foi destruído nessa catástrofe inimaginável: os vasos e os trajes sagrados, o método de fabricar o incenso e o óleo da unção, a água da purificação, os registros do Templo, as escolas de formação dos sacerdotes, os cantos e os instrumentos musicais, as trombetas de prata e o longamente estabelecido e intrincado sistema levítico de administração do Templo.

A Consagração do Templo

Quando Elias retornar ele restaurará todas as coisas. Ele treinará e consagrará a linhagem aarônica e seus levitas assistentes, ensinando os rituais mosaicos em conformidade com a Torá. Ele então lhes mostrará como produzir a água purificadora com as cinzas de uma novilha vermelha, o óleo santo da unção e o incenso sacrificial. Ele aprovará as vestimentas e vasos e os vários elementos necessários para conduzir as ofertas ordenadas por Moisés. Mais importante de tudo, ele consagrará o Tempo para que ele não mais seja meramente um edifício erigido e dedicado pelo homem. Ao contrário, ele será o próprio lugar que o Senhor Deus de toda a Criação aprovou e reconheceu — por meio de Sua testemunha e emissário, Elias — como Seu santo Templo na Terra.

O Anticristo somente poderá profanar um local que é verdadeiramente santo aos olhos de Deus. Se o Senhor não consagrasse o Templo por meio do ofício de Elias, não seria possível para o Anticristo profaná-lo. A abominação da desolação somente pode ocorrer neste local divinamente ungido, em um edifício-templo consagrado por um profeta de Deus. Nenhum edifício terreal, nem mesmo um templo magnífico construído pelo homem no Monte do Templo em Jerusalém satisfaria esse requisito.

Os cristãos nascidos de novo precisam refletir sobre isto. Quando pudermos ver que o Templo que os homens construirão somente pode ter significado quando for consagrado por um profeta de Deus, veremos por que Elias precisa vir primeiro para restaurar todas as coisas.

Os 144.000

Isto, por sua vez, nos habililtará a colocar certos eventos-chaves em sua ordem correta. Por exemplo, as 144.000 testemunhas — 12.000 de cada uma das doze tribos de Israel — serão indicadas pelas Duas Testemunhas.

Alguns pregadores ficam confusos com isto. Por exemplo, o pastor Charles Lawson, do Temple Baptist Church, no Tennessee, disse, referindo-se aos 144.000: "Eles estão pregando aquele evangelho para trazer Elias e Moisés. Há uma razão para esse evangelho. Eles estão preparando o mundo para receber as Duas Testemunhas." [18/4/2018]. Mas, isto não pode ser verdadeiro, pois a Palavra de Deus nos diz que cada um dos 144.000 é um representante de sua tribo. Os judeus hoje não sabem de qual tribo eles são, pois os registros relevantes foram perdidos muito tempo atrás. (As únicas possíveis exceções são aqueles que têm sobrenomes associados com uma determinada tribo, como Levy). Antes de poderem iniciar suas tarefas missionárias, os 144.000 precisarão ser selecionados de suas respectivas tribos e selados pelas Duas Testemunhas.

As Duas Testemunhas não são chamadas pelo homem, mas são enviadas por Deus. Logo depois que o Espírito Santo retornar da Terra, levando a Noiva de Cristo, as Duas Testemunhas descerão do céu até Jerusalém. Elias aparecerá de forma tão súbita e dramática quanto fez no palácio real de Acabe, em Samaria, caminhando como se tivesse vindo do nada e instantaneamente tornando-se a figura central em uma enorme tempestade política.

Arrependam-se ou Enfrentem o Julgamento Divino

Durante 1.260 dias as Duas Testemunhas farão sua presença ser sentida. Todo o mundo do Judaísmo será abalado pela chegada dos dois homens que afirmam serem profetas do Velho Testamento. Vestidos em panos de saco durante toda sua missão, eles serão facilmente reconhecíveis nos programas de notícias na televisão. Quando começarem a dizer a todos como usar o Templo — que provavelmente será construído antes da chegada deles — e exigirem obediência total às suas palavras, suas atividades serão reportadas semana após semana pelas redes de televisão de todo o mundo. Todos quererão saber sobre esses dois homens e sua surpreendente capacidade de fazer sair fogo de suas bocas contra qualquer um que tentar removê-los. A mensagem deles ecoará o simbolismo do pano de saco que usam como roupas — Arrependam-se agora ou enfrentem o julgamento divino!

As redes internacionais de notícias zombarão desses "supostos profetas" por causa de sua intolerância, obstinação e profunda desconsideração pelas sensibilidades religiosas dos povos vizinhos. O "fogo" deles será tratado como um truque de ilusionistas habilidosos, enquanto que a seca e as pragas que seus seguidores atribuírem a eles serão considerados por quase todos os demais como desastres naturais extremos.

O Poder da Mídia Mundial

Dado que os seguidores do Anticristo terão controle completo sobre a mídia e a Internet, a mensagem pregada pelas Duas Testemunhas não será transmitida com exatidão ao mundo. Uma intensa e cuidadosamente gerenciada campanha de desinformação estará em operação. Provavelmente, as palavras dos dois homens serão distorcidas e interpretadas de modo que eles sejam retratados como pilantras e agitadores. É por isto que os 144.000 serão tão importantes. Eles viajarão por todo o mundo e levarão a mensagem do Evangelho pessoalmente.

A Palavra de Deus parece fazer uma advertência sobre o poder da mídia no tempo do fim:

"Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis." [Mateus 24:23-26].

O "alguém" ao qual Cristo se refere é de fato qualquer um, pois qualquer um pode falar com você por meio da mídia. Todos os tipos de especialistas e autoridades religiosas retransmitirão histórias e reportagens sobre os acontecimentos milagrosos em várias partes do mundo. Todos os sinais sobrenaturais operados pelo Anticristo serão amplificados e exagerados na mídia. O público será convencido que o mundo entrou em um novo nível de consciência e "algo especial" está acontecendo. A transformação cósmica que os grandes "Mestres" tinham predito está agora acontecendo e os homens caídos correrão para aceitá-la. O poder exercido pela mídia em todo este período de tempo será extraordinário.

O Ódio aos Judeus

Enquanto isto, a comunidade judaica mundial estará em agitação. A Nova Ordem Mundial será bem sucedida em acusar os judeus por todos os problemas da humanidade, exatamente como os nazistas fizeram na Alemanha nos anos 1930s. Independente de qual problema econômico e social estiver em discussão, os judeus serão acusados por ele. Os nazistas usaram propaganda para convencer o público alemão que um grande futuro estava diante da nação e tudo o que era necessário era ter a coragem de lidar de uma vez por todas com o "problema judaico". A NOM usará a mídia com uma especialização e sutileza que não foram conhecidas pelos nazistas para persuadir as pessoas de todos os segmentos sociais, toda nação, toda etnia e crença religiosa, que o mundo se transformará em um paraíso se somente esses "parasitas" forem exterminados. É horrível falar nesses termos, mas é exatamente o que as forças das trevas estão trabalhando para alcançar.

Cristo prometeu retornar à Terra quando Seu povo O invocar. Eles são seus irmãos e irmãs na carne. Mas, eles precisam fazer isso como uma nação, não apenas em grupos de indivíduos. Se Satanás puder eliminá-los, assim ele acredita, então estorvará o plano de Deus, provará que Deus estava errado e tornará impossível para Ele manter aquilo que prometeu.

Isto, para nossos ouvidos, é pura arrogância, mas é central no objetivo que o príncipe deste mundo está buscando há algum tempo. O Anticristo está vindo, não simplesmente para reinar na Terra, mas para destruir os judeus. Esta será sua missão.

Conversões de Judeus

A população judaica mundial também estará em agitação por outra razão. Muitos judeus ouvirão e aceitarão o Evangelho eterno, o Evangelho de Cristo, pregado pelos 144.000. Eles serão vituperados pelos seus amigos e familiares judeus por terem feito isto. Quando isto começar a acontecer, será exatamente como Cristo predisse:

"O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra." [Lucas 12:53]

Este será verdadeiramente um tempo de julgamento para o povo judeu. Tudo o que os profetas previram virá a acontecer naqueles sete anos traumáticos e tumultuosos. Aquele será "o tempo de angústia de Jacó" — a provação mais severa possível para a nação de Israel — e o furioso derramamento da ira de Deus sobre toda a humanidade.

A Palavra de Deus nos diz que dois terços dos judeus serão mortos neste Holocausto do fim dos tempos. Além disso, por volta do tempo em que tudo terminar, possivelmente menos de 10% da população mundial de gentios estará viva. Se a fúria e destrutividade do Anticristo ultrapassasse apenas um pouco o limite estabelecido por Deus, toda a humanidade pereceria.

As Duas Testemunhas Vão Embora

As Duas Testemunhas serão vituperadas na mídia internacional e suas palavras e ações serão distorcidads das formas mais absurdas possíveis. O mundo os verá como vilões nos programas de televisão, falsos religiosos cujos modos e gestos divertem e ofendem ao mesmo tempo. À medida que a primeira metade de Tribulação se desdobrar e o mundo como um todo cair cada vez mais sob o encantamento do Anticristo, as Duas Testemunhas serão cada vez mais odiadas por quase todos.

Serão feitas muitas tentativas de assassiná-las, mas isto não acontecerá até que a missão delas esteja concluída. Após 1.260 dias, elas serão mortas de algum modo, por ordens do Anticristo. Como a Palavra de Deus nos diz, as massas celebrarão esse evento dramático de um modo totalmente incomum, chegando até a enviar presentes uns aos outros como forma de comemoração. Como uma marca blasfema de sua satisfação com essa obra maliciosa, os corpos delas ficarão caídos na rua. Entretanto, depois de três dias e meio, as Duas Testemunhas voltarão à vida e ascenderão ao céu diante dos olhos do mundo. Ironicamente, as mesmas câmeras que tiveram a intenção de transmitir a evidência macabra da destruição delas, em vez disso transmitirão as imagens chocantes da ressurreição das Duas Testemunhas.

A Abominação da Desolação

Logo depois de isto acontecer, o Anticristo irá até Jerusalém e entrará no Templo, que não está mais protegido pelas Duas Testemunhas. Por volta deste tempo uma grande proporção do povo judeu estará convencido que ele é o Messias. Uma imensa campanha de mídia realizada durante sua ascensão ao poder, junto com seu impressionante carisma, inteligência privilegiada e repetidas demonstrações de poder sobrenatural terão feito seu trabalho. Os judeus já se sentirão grandemente devedores a ele — do modo como eles veem a coisa — por negociar um tratado de paz, três anos e meio antes, entre Israel e seus muitos inimigos. Agora, tendo removido as Duas Testemunhas e assumido jurisdição sobre o Templo, os líderes nacionais formalmente o reconhecerão como o Messias.

Então o seguinte acontece. Quando ele entrar no Templo e dirigir um discurso à audiência mesmerizada, será saudado como um deus encarnado. O livro de Atos previu esse evento quando descreveu os últimos dias de Herodes Agripa, rei da Judeia — neto de Herodes, o Grande:

"E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática. E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem. E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou." [Atos 12:21-23].

Josefo, em sua obra Antiguidades dos Judeus, faz o seguinte relato do mesmo incidente:

"Após seu terceiro ano de governo sobre toda a Judeia, Agripa foi a Cesareia para celebrar os jogos em honra a César. Para esta ocasião, um grande número de homens que ocupavam cargos importantes no reino tinham se reunido. No segundo dia dos jogos, ele entrou no teatro ao amanhecer, vestido com uma roupa tecida com fios de prata, que brilhava sob os raios do sol nascente. Seus lisonjeadores imediatamente começaram a tratá-lo como um deus... O rei não os censurou nem rejeitou suas lisonjas como ímpias... imediatamente... ele sentiu uma pontada de dor no coração e uma dor intensa no estômago... Eles o levaram ao palácio, onde ele morreu cinco dias depois, sentindo uma dor incessante em seu abdômem. Ele tinha 54 anos de idade..." (Tradução de Paul Maier, 1994).

Quando Herodes Agripa aceitou a aclamação de divindade, ele foi ferido por um anjo do Senhor. Assim que o Anticristo fizer o mesmo, ele cometerá um ato horrendo que instantaneamente destruirá sua fachada de santo. O homem que, até aquele ponto, tinha enganado o mundo inteiro com sua falsa humildade, sua aparente piedade e seu carisma sobrenatural, será subitamente revelado naquilo que é — um tirano brutal energizado pelo próprio Satanás.

Cristo estava se referindo a este episódio quando disse:

"Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda; então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; e quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." [Mateus 24:15-21].

As passagens em Daniel às quais Cristo se referiu são:

"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador." [Daniel 9:27].

"E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias." [Daniel 12:11].

Observe as ominosas palavras "fará cessar o sacrifício e a oblação". O Anticristo dará fim aos sacrifícios e oblações matinais e vespertinas que foram reinstituídos por Elias, aparentemente cometendo esse ato de profanação no próprio Templo. Cristo refere-se a esse ato blasfemo como "a abominação da desolação" e diz que ocorrerá no Santo Lugar, isto é, no altar do Templo consagrado pelas Duas Testemunhas.

Fuga e Refúgio

Embora a próxima fase neste drama épico não envolva as Duas Testemunhas, devemos examiná-la, pois flui diretamente a partir do trabalho que elas fizeram nos três anos e meio anteriores.

No momento que abominação da desolação ocorrer, o poder de Satanás cairá sobre a cidade com um ódio nunca antes visto na Terra. O Anticristo já terá instruído suas tropas para que, quando ele der um sinal, elas saiam e matem todos os judeus. Ele terá preparado e mobilizado seus homens, alguns abertamente e outros agindo de forma encoberta, de tal modo que ninguém poderá ter a esperança de escapar. A matança terá início sem aviso e rapidamente crescerá em intensidade, transformando-se em uma onda alucinada de terror que envolverá toda a cidade.

Este parece ser o evento específico ao qual Cristo se referiu em Mateus 24: "... porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver."

Mas como exatamente alguém poderá escapar? O Anticristo terá planejado essa campanha bárbara em um nível de detalhe que ninguém poderá ter a esperança de sobreviver. Ele será exatamente como o faraó, um tipo de Anticristo, que estava inclinado a exterminar toda a nação judaica e estava confiante de poder explorar a situação indefesa deles, entre o vasto exército egípcio e o Mar Vermelho. É aqui que o Senhor Deus intervém com um milagre ainda mais surpreendente do que a separação das águas do Mar Vermelho. A própria terra se abrirá ao longo de um eixo leste-oeste para formar uma estrada, que irá desde o centro de Jerusalém até as montanhas ao sudeste. Os judeus fugirão aos milhares por essa rota milagrosa, protegidos de cada lado por uma enorme muralha da rocha e, muito provavelmente, por um exército de anjos. Eles não terão um momento a perder; aqueles que hesitarem serão mortos pelo Maligno.

Como sabemos que isto acontecerá? Por que a Palavra de Deus assim nos diz. A referência mais significativa está no livro do profeta Zacarias, em que, nos três últimos capítulos (12-14), o profeta nos apresenta um retrato extraordinário do fim dos tempos e as preservações milagrosas do remanescente justo de Israel:

"E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo." [Zacarias 14:4-5].

O livro do Apocalipse também se refere ao momento em que esse terremoto ocorrerá:

"E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram. E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu." [Apocalipse 11:11-13].

A palavra grega para "hora" no verso 13 é hora (Strong G5610). Essa palavra aparece 108 vezes no Novo Testamento e é traduzida na KJV como "hour" 89 vezes, "time" 11 vezes, "season" 3 vezes e de outros modos 5 vezes. Ela pode não se referir neste caso a um evento que ocorre no mesmo período de 60 minutos, mas (como usamos o termo hoje) aos eventos em proximidade um ao outro. Visto nesta luz, o terremoto poderá ocorrer´alguns dias após as Duas Testemunhas ascenderem ao céu, talvez imediatamente após a abominação da desolação. (Os 7.000 mortos no terremoto poderão ser soldados do Anticristo.)

Azel

Após a grande estrada ser criada, o povo fugirá para um lugar chamado Azel (Zacarias 14). A palavra hebraica azal (Strong H682) significa "reservado" ou "um local reservado". Este é o aprisco que Cristo, o Verdadeiro Pastor, preparou para seu rebanho. [Um aprisco nos tempos bíblicos normalmente tinha uma área protegida ou um curral com paredes de pedras, com um único portão para entrada e saída.].

Isaías fala de Cristo descendo a Bozra, na Idumeia e, em julgamento divino, matando um vasto número de gentios que tinham lutado conta Israel e procurado destrui-lo. ("E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis." [Salmos 45:4]). A Idumeia, ou Edom, corresponde hoje ao sul da Jordânia e, possivelmente, à região norte da Arábia:

"Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema para exercer juízo. A espada do SENHOR está cheia de sangue, está engordurada da gordura do sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o SENHOR tem sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de Edom. E os bois selvagens cairão com eles, e os bezerros com os touros; e a sua terra embriagar-se-á de sangue até se fartar, e o seu pó se engrossará com a gordura. Porque será o dia da vingança do SENHOR, ano de retribuições pela contenda de Sião." [Isaías 34:5-8].

Ao realizar esse "sacrifício" em Bozra em um clima de grande urgência, Cristo, como Davi, está defendendo Seu rebanho dos "leões" e "ursos" saqueadores, que estão tentando invadir. A palavra Bozra (Strong H1224) significa "aprisco" e pode corresponder a Azel — um lugar reservado — em Zacarias.

O Furor do Senhor

O furor do Senhor quando Ele realiza parte de Sua missão é deixado abundantemente claro no capítulo 63 de Isaías:

"Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura, e as tuas roupas como as daquele que pisa no lagar? Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano dos meus remidos é chegado. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e admirei-me de não haver quem me sustivesse, por isso o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. E atropelei os povos na minha ira, e os embriaguei no meu furor; e a sua força derrubei por terra." [Isaías 63:1-6].

Cristo virá à Terra na segunda vez, não como um cordeiro, mas como um leão. Em obediência ao Pai Celestial, Ele executará vingança contra todos aqueles que rejeitaram o Evangelho eterno. Por volta do tempo que Ele vier, todos os que O odeiam, todos os que detestam o Evangelho e todos que detestam Israel serão os mesmos.

Jeremias refere-se ao julgamento em Bozra do seguinte modo:

"Eis que ele como águia subirá, e voará, e estenderá as suas asas contra Bozra; e o coração dos valentes de Edom naquele dia será como o coração da mulher que está com dores de parto." [Jeremias 49:22].

Miquéias refere-se ao mesmo evento:

"Certamente te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como o rebanho no meio do seu pasto, farão estrondo por causa da multidão dos homens." [Miquéias 2:12].

O profeta descreve o remanescente justo de Israel como um número muito grande — "Certamente te ajuntarei todo, ó Jacó." Quando os israelistas partiram do Egito, a fornalha de ferro, eles eram em torno de dois milhões de almas. O rebanho em Bozra, muito provavelmente, será constituído, no mínimo, pelo mesmo número de pessoas, talvez mais.

As tentativas feitas pelo Anticristo para irromper e destrui-los naturalmente farão essa congregação nervosa produzir um "grande ruído". Tiros incessantes, jato-caças voando a baixa altitude e um bombardeio constante de mísseis serão desconcertantes para muitos. É por isto que o Senhor colocará o arcanjo Miguel no meio deles, não somente para protegê-los, mas para tranquilizar suas almas atribuladas durante seus três anos e meio no deserto:

"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro." [Daniel 12:1].

— Parte 3 —

Elias e Eliseu como as Duas Testemunhas

O profeta Elias está muito mais intimamente conectado com Eliseu do que normalmente se observa. Os seguintes pontos de conexão, todos baseados na Escritura, sugerem fortemente que, quando Elias retornar como uma das Duas Testemunhas, ele será acompanhado por Eliseu, em vez de por Moisés.

1. Ofício Profético Compartilhado

Elias e Eliseu são os dois únicos profetas que compartilham o mesmo ofício profético:

"Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim." [2 Reis 2:9].

Alguns comentaristas consideram que esse pedido de Eliseu — um pedido que Deus concedeu — refere-se à medida do Espírito Santo que Eliseu iria receber. Mas, isto não faz sentido. O Espírito Santo não é uma quantidade que possa ser "duplicada" em um sentido bíblico significativo. Também não seria apropriado para Eliseu ser tão presunçoso, especialmente quando seu mestre estava prestes a ser transladado da Terra.

Portanto, qual foi o verdadeiro pedido de Eliseu? A resposta pode ser encontrada no livro de Deuteronômio:

"Mas ao filho da desprezada reconhecerá por primogênito, dando-lhe dobrada porção de tudo quanto tiver; porquanto aquele é o princípio da sua força, o direito da primogenitura é dele." [Deuteronômio 21:17].

Eliseu pediu para herdar o ofício profético que Elias estava a ponto de deixar vago. Pedir uma "porção dobrada" é pedir para ser reconhecido como o sucessor legal, um direito que normalmente cabia ao primogênito. Isto era confirmado diante dos olhos de todos quando o indivíduo recebia o dobro da porção dada aos demais irmãos. Por exemplo, se um homem tivesse seis filhos, seu espólio seria dividido em sete partes. O filho primogênito herdaria 28,56%, enquanto que seus cinco irmãos herdariam cada um 14,28% do espólio.

Isto não era algo que Elias pudesse conceder, como ele reconheceu. Entretanto, quando o manto de seu mestre caiu da carruagem que subia, Eliseu soube que o Senhor tinha ouvido seu pedido. Além disso, os seguidores de Elias receberam prova que Eliseu era o sucessor divinamente indicado quando ele dividiu as águas do rio Jordão com o mesmo manto que Elias tinha acabado de usar.

"Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra." [2 Reis 2:15].

A Escritura já tinha marcado Eliseu como o sucessor de Elias quando o Senhor Deus enviou Elias para ungi-lo:

"E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar." [1 Reis 19:15-16].

Estes fatos apenas sugerem que a Escritura — e não apenas a lógica humana — está apontando para Eliseu como a Segunda Testemunha, mas existem muitas outras passagens que conectam a dupla de uma forma especial. Uma das mais impressionantes pode ser encontrada no capítulo 4 de Zacarias, que iremos agora examinar.

2. As Duas Oliveiras

O livro de Zacarias oferece uma riqueza impressionante de detalhes sobre o fim dos tempos, muitos dos quais têm uma influência direta em como devemos interpretar o livro do Apocalipse.

O profeta refere-se a uma visão de duas oliveiras (ou ramos) em ambos os lados de um "castiçal" (ou candelabro):

"E o anjo que falava comigo voltou, e despertou-me, como a um homem que é despertado do seu sono, e disse-me: Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.... Respondi mais, dizendo-lhe: Que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu. Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra." [Zacarias 4:1-3, 11-14].

O castiçal obviamente representa Cristo, mas quem as duas oliveiras representam? O livro de Apocalipse apresenta uma resposta definitiva:

"E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto." [Apocalipse 11:3-5].

Lendo Zacarias 4 em conjunção com Apocalipse 11 podemos ver que as duas oliveiras em Zacarias são as Duas Testemunhas em Apocalipse. Além disso, elas são descritas em ambos os capítulos como diante da presença do Deus da terra, isto é, Cristo.

Somente dois profetas afirmaram estar diante de Deus. Esses dois foram Elias e Eliseu.

"Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra." [1 Reis 17:1].

"E disse Elias: Vive o SENHOR dos Exércitos, perante cuja face estou, que deveras hoje me apresentarei a ele." [1 Reis 18:15].

"E disse Eliseu: Vive o SENHOR dos Exércitos, em cuja presença estou, que se eu não respeitasse a presença de Jeosafá, rei de Judá, não olharia para ti nem te veria." [2 Reis 3:14].

"Porém ele disse: Vive o SENHOR, em cuja presença estou, que não a aceitarei. E instou com ele para que a aceitasse, mas ele recusou." [2 Reis 5:16].

Comparando escritura com escritura, como devemos fazer, é difícil negar que essas passagens identificam Elias e Eliseu com as Duas Testemunhas do Apocalipse.

3. Atravessando o Jordão

A Palavra de Deus refere-se muitas vezes ao fato que o Senhor Deus, em Sua misericórdia, redimiu os filhos de Israel da fornalha de ferro — o cativeiro na terra do Egito — e os conduziu seguramente a atravessarem o Jordão.

Como uma figura da salvação e do descanso, atravessar o Jordão precisa seguramente se qualificar como uma das mais poderosas imagens na Escritura. Atravessar o Jordão significa entrar espiritualmente na herança de alguém, vir ao lugar da melhor bênção. A perfeição desse novo estado espiritual foi marcada pela cessação dos três grandes fenômenos milagrosos que tinham acompanhado as doze tribos por 40 anos, isto é, o maná diário, a nuvem durante o dia e o pilar de fogo à noite. O que eles agora possuíam e desfrutavam era até maior do que aquilo que tinham recebido antes.

Josué conduziu as doze tribos até o Jordão, de acordo com as instruções recebidas de Deus. Quando os sacerdotes entraram na água carregando a Arca, as águas se dividiram milagrosamente e permitiram que dois milhões de pessoas atravessassem.

Dada a enorme importância espiritual deste evento — não apenas para Israel mas para toda a humanidade — é significativo que as águas do Jordão também foram separadas em duas outras ocasiões, ambas no mesmo dia, na primeira ocasião por Elias e na segunda por Eliseu. Na linguagem da Bíblia, esse dia notável parecia estar apontando para um dia ainda mais espetacular, algum tempo no futuro, envolvendo esses indivíduos específicos.

4. Três Tarefas Dadas por Deus

Após Elias ter seu encontro dramático com Deus no Monte Horebe, o Senhor Deus lhe deu três tarefas a completar:

"E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar." [1 Reis 19:15-16].

Elias completou somente uma dessas tarefas — a unção de Eliseu. Foi Eliseu quem realizou as duas outras tarefas, isto APÓS Elias ter deixado a Terra. Como diz Albert Barnes:

"... Elias realizou somente um dos três comissionamentos que lhe foram dados. Ele parece ter recebido liberdade para escolher o tempo para executar seus comissionamentos e parece que achou que a ocasião apropriada não tinha chegado para a primeira e a segunda antes de seu próprio translado. Mas, ele tomou o cuidado de comunicar as ordens divinas para seu sucessor, que as realizou no momento adequado."

O Pulpit Commentary observa: "Devem ter havido boas razões, sobre as quais nada sabemos, para Elias ter delegado a unção dos dois reis para seu sucessor..."

Podemos relutantemente concluir que o profeta falhou em completar as duas atribuições, mas precisamos inferir, ao contrário, que aquelas eram responsabilidades de seu ofício e podiam, portanto, ser realizadas por seu sucessor divinamento indicado. Os atos de Eliseu formam, em efeito, reconhecidos por Deus como atos de Elias. Assim, temos dois ilustres profetas compartilhando, em sucessão, o mesmo ofício profético.

5. Ambos Realizaram um Milagre Depois de Terem Deixado a Terra

Estes homens são também singulares em que ambos realizaram um milagre após terem deixado este mundo. Além de Cristo, a Palavra de Deus não credita a ninguém mais essa distinção.

O milagre extraordinário de Eliseu é descrito como segue:

"Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés." [2 Reis 13:20-21].

O milagre de Elias tomou a forma de uma carta para Jeorão, rei de Judá, pronunciando julgamento sobre ele por sua desobediência e impiedade.

"Ele também fez altos nos montes de Judá; e fez com que se corrompessem os moradores de Jerusalém, e até a Judá impeliu a isso. Então lhe veio um escrito da parte de Elias, o profeta, que dizia: Assim diz o SENHOR Deus de Davi teu pai: Porquanto não andaste nos caminhos de Jeosafá, teu pai, e nos caminhos de Asa, rei de Judá, mas andaste no caminho dos reis de Israel, e fizeste prostituir a Judá e aos moradores de Jerusalém, segundo a prostituição da casa de Acabe, e também mataste a teus irmãos da casa de teu pai, melhores do que tu; eis que o SENHOR ferirá com um grande flagelo ao teu povo, aos teus filhos, às tuas mulheres e a todas as tuas fazendas. Tu também terás grande enfermidade por causa de uma doença em tuas entranhas, até que elas saiam, de dia em dia, por causa do mal. Despertou, pois, o SENHOR, contra Jeorão o espírito dos filisteus e dos árabes, que estavam do lado dos etíopes. Estes subiram a Judá, e deram sobre ela, e levaram todos os bens que se achou na casa do rei, como também a seus filhos e a suas mulheres; de modo que não lhe deixaram filho algum, senão a Jeoacaz, o mais moço de seus filhos. E depois de tudo isto o SENHOR o feriu nas suas entranhas com uma enfermidade incurável. E sucedeu que, depois de muito tempo, ao fim de dois anos, saíram-lhe as entranhas por causa da doença; e morreu daquela grave enfermidade; e o seu povo não lhe queimou aroma como queimara a seus pais. Era da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém; e foi sem deixar de si saudades; e sepultaram-no na cidade de Davi, porém não nos sepulcros dos reis." [2 Crônicas 21:11-20].

Referindo-se a esta passagem, Adam Clarke comenta:

"... Elias tinha sido levado para o céu treze anos antes do tempo dessa carta... É certamente um caso possível que essa carta possa ter sido uma predição da impiedade e morte dolorosa de Jeorão, entregue no tempo do profeta, e que estava agora colocada diante desse rei ímpio pela primeira vez: e por ela o profeta, embora não mais estivesse entre os mortais, ainda continuasse a falar. Não posso ver sólida razão contra esta opinião."

As circunstâncias excepcionais desses dois milagres sugerem que os profetas tinham — e ainda têm — alguma obra não finalizada na Terra.

Conclusão

Como declarado anteriormente, não estamos pretendendo neste estudo estabelecer sem sombra de qualquer dúvida a identidade da Segunda Testemunha, mas simplesmente alargar nossa compreensão daquilo que a Palavra de Deus está a nos dizer para nosso benefício.

Os arquitetos da Nova Ordem Mundial estão fazendo tudo o que podem para promover uma compreensão falsa ou confusa da profecia do fim dos tempos. Isto se adequa ao propósito deles de extinguir uma lâmpada que o Senhor Deus deu para nossa orientação e edificação. Quanto melhor compreendemos a profecia do fim dos tempos, menos abertos estamos para a enganação.

O Maligno gostaria muito de fabricar um cumprimento falso da profecia do fim dos tempos, para levar o mundo a acreditar que um certo impostor é o Anticristo. Qualquer um que viesse e destruísse esse indivíduo seria então bem recebido por todo o mundo como o Cristo. Logicamente, sabemos a partir da Escritura que isso não pode ser verdade, pois Cristo retornará e derrotará o verdadeiro Anticristo, não um impostor.

Seria mais fácil criar um falso cenário do fim dos tempos se certos elementos da profecia bíblica fossem mal compreendidos. Por exemplo, a tarefa seria mais fácil se a vasta maioria dos cristãos acreditasse (a) que o Arrebatamento ocorrerá após os sete anos da Tribulação terem iniciado, (b) que as Duas Testemunhas serão figuras alegóricas, em vez de pessoas reais, e (c) que os 144.000 são alguma coisa diferente de uma assembleia real de homens judeus pregadores e evangelistas comissionados pelas Duas Testemunhas.

Sem dúvida, a Igreja Católica continuará a fazer tudo o que puder para anular, distorcer e corromper a profecia bíblica relacionada com o fim dos tempos. Podemos esperar que os Illuminati inventem muitas mentiras absurdas para enganar as igrejas bíblicas. Sem uma segura compreensão da Escritura e uma familiaridade com tudo o que a Palavra de Deus diz sobre o fim dos tempos, muitos cairão presas desses truques e estratagemas.

A grande máquina da mídia, controlada pela NOM, tem muitas facetas — Hollywood, jornais, televisão, rádio, a indústria da música popular, Facebook, Yahoo, Google, Disney, NASA, jogos de computador, a indústria editorial, revistas de moda e beleza, etc. Isto tudo forma uma força formidável. O modo como isto impinge diariamente nos pensamentos e emoções de virtualmente todos no mundo, moldando e condicionando suas visões e opiniões em milhares de assuntos diferentes, é controle mental em sua forma mais potente e sedutora. Os participantes voluntários são muito mais fáceis de enganar do que aqueles que sabem que são alvos da propaganda. A não ser que os cristãos façam uma imersão diária na Palavra de Deus, também serão levados pela grande onda de humanismo neopagão que está varrendo toda a Terra.

Ao encerrar, gostaríamos de observar que a máquina da mídia exercerá também influência considerável sobre as massas durante o fim dos tempos. Ela produzirá muitos rumores, falsas revelações e falsas reportagens de notícias sobre supostos operadores de milagres, falsos cristos, acontecimentos sobrenaturais e muito mais — apoiados por testemunhas oculares convincentes, que estavam presentes na cena, e impressionantes imagens capturadas pelas câmeras de vídeo — que as mentes de milhões de pessoas em todo o mundo serão facilmente influenciadas pelo Anticristo e sua cabala luciferiana.

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Autor: Jeremy James, http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 11/7/2018
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