O Conflito no Oriente Médio — O Senhor Não Rejeitará o Seu Povo

Autor: Jeremy James, Irlanda, 3/11/2023.

Poderíamos iniciar este ensaio de diversas formas, mas todas elas levariam eventualmente ao Salmo 94:14, de modo que iniciaremos ali:

"Pois o SENHOR não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança." [Salmo 94:14].

Os eventos traumáticos no Oriente Médio após o ataque terrorista em solo israelense, em 7 de outubro de 2023, somente serão adequadamente compreendidos por aqueles que creem no Salmo 94:14.

Se estivermos tentando chegar a um acordo com nossos amigos e vizinhos a respeito dessas questões, podemos poupar muito do nosso tempo e confusão fazendo apenas duas perguntas: "Você acredita que a Bíblia diz sobre Israel no fim dos tempos? Em caso afirmativo, acredita naquilo que a Palavra de Deus diz em Salmos 94:14?

Qualquer um que não responda a essas duas perguntas de modo afirmativo quase certamente verá Israel — sua existência, suas forças militares, seu povo ou sua conduta como uma nação — de um modo hostil ou negativo. É muito mais provável que eles estruturem seus argumentos em termos de "direitos humanos" e a "causa palestina", e dependam fortemente da narrativa histórica repetida há décadas na grande mídia dominante. Eles também estarão influenciados, muito mais do que percebem, pelas trágicas imagens do sofrimento e mortes em Gaza e em outros lugares.

Poucos quererão dar um passo para trás e ter um visão mais ampla daquilo que está acontecendo. Mais do que provável, aqueles que não responderam nossas duas perguntas de forma afirmativa apoiarão aquilo que frequentemente é chamado de "Solução dos Dois Estados" — o que envolve a criação de um Estado palestino dentro das fronteiras de Israel e, possivelmente a transferência eventual de toda a terra na região para as mãos árabes.

Já tratamos a existência, legitimidade e o futuro de Israel em ensaios anteriores e incentivamos nossos leitores a revisá-los. Para aqueles que não têm tempo para fazer isso, tentaremos da melhor forma que pudermos apresentar os pontos salientes neste ensaio e oferecer uma visão sólida biblicamente dos acontecimentos recentes.

Algumas Questões Básicas

Em nossa experiência, um formato de perguntas e respostas fornece o modo mais fácil para navegar em meio às complexidades e confusão que parecem arruinar toda a discussão pública de Israel e o conflito no Oriente Médio.

Portanto, começaremos com a pergunta mais óbvia:

P. 1 — Onde iniciamos?

Qualquer discussão de Israel precisa iniciar em um lugar — a Bíblia. Qualquer um que tente iniciar em algum outro lugar está grandemente enganado. Os críticos de Israel normalmente cometem esse erro. Eles não têm paciência com uma abordagem que, na visão deles, está baseada em história antiga — muita da qual é disputada — e um ponto de vista religioso que, da forma como eles veem, já se evade do problema. Eles querem estruturar toda a discussão de Israel estritamente em termos políticos e jurídicos e se concentrar principalmente em eventos que tiveram início somente a partir do fim do século 19.

Não é possível seguir essa abordagem por que há uma reivindicação sobre a terra de Israel que precede em muito tempo qualquer reivindicação feita pelo homem:

"Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois estrangeiros e peregrinos comigo." [Levítico 25:23].

Observe bem! Isto é mais "jurídico" e "político" do que qualquer um de nós poderia imaginar. O autor da Bíblia, o Senhor Deus de toda a Criação, reivindicou essa terra para Si mesmo. Na visão Dele, o único proprietário é Ele mesmo.

Qualquer um que deixar de examinar essa reivindicação é um grande tolo. Não somente ele está moralmente desqualificado de qualquer discussão posterior, mas se arrisca a atrair punição sobre si mesmo por se atrever a desprezar a validade da Escrituras. Como o Senhor disse para Jó, que estava lutando com sua própria fabilidade: "Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência." [Jó 38:4].

Os críticos deveriam seguir o conselho de Gamaliel: "E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus." [Atos 5:38-39].

Vamos avançar agora para a próxima pergunta:

P. 2 — Assim, o que exatamente a Bíblia diz sobre "os estrangeiros e peregrinos" que, com a permissão Dele, vivem na terra que Deus reivindica como sendo Sua?

O próprio Deus criou a nação de Israel. Tendemos a nos esquecer disso. Deus escolheu um homem da Caldeia, chamado Abrão, e o enviou a uma terra distante. Quando ele chegou lá, Deus prometeu aumentar vastamente o número de seus descendentes — isto é, as pessoas que poderiam rastrear sua linhagem diretamente até ele por meio de seu filho Isaque e seu neto Jacó. Ele também prometeu que daria a terra ao redor dele, conhecida naquele tempo como terra de Canaã, para ele e seus descendentes, perpetuamente. O Senhor vinculou somente uma condição a essas promessas — eles teriam de permanecer fiéis a Ele e guardar Seus mandamentos. Se eles deixassem de fazer isso, Ele os expulsaria da terra, até que eles se arrependessem de suas transgressões:

"Porque o SENHOR escolheu para si a Jacó, e a Israel para seu próprio tesouro." [Salmos 135:4].

P. 3 — Por que foi a terra de Canaã, e não alguma outra região, escolhida por Deus?

Deus estava implementando Seu plano de redenção para a humanidade. Ele tinha a intenção de enviar Seu Filho para servir como Seu representante encarnado na Terra. O Filho de Deus encarnado necessitaria de um local para chamar de Seu e um povo entre o qual Ele viveria. A terra escolhida por Deus foi Canaã e a nação foi Israel. Dentro da terra de Israel Ele tinha selecionado o centro a partir do qual Seu Filho iria reinar. Esse centro era Jerusalém, também conhecida como Sião:

"Porque o SENHOR escolheu a Sião; desejou-a para a sua habitação, dizendo: Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei." [Salmos 132:13-14].

Infelizmente, há um problema sério: Satanás quer Sião para si mesmo (Isaías 14:13).

P. 4 — Mas, certamente, todo este plano caiu por terra quando a nação de Israel rejeitou o Messias, o Filho de Deus encarnado?

Não, não caiu. A Palavra de Deus nos diz que a grande dispersão mundial dos judeus chegará a um fim naquilo que ela chama de "os últimos dias" (Gênesis 49:1). O profeta Ezequiel diz (no cap. 37) que esse reajuntamento de Israel na terra de Canaã iniciará em um estado de descrença.

Os judeus retornariam à terra por muitas razões, mas não retornariam inicialmente para o Senhor Deus. Mais de 40% dos judeus no mundo hoje estão vivendo na terra de Israel, mas estão fazendo isso em seu próprio nome. Eles não estão fazendo isso em fiel comunhão com o Senhor Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Eles continuam a rejeitar o encarmado Filho de Deus e estão confiando em sua própria força como nação para sobreviver.

A Palavra de Deus disse que Israel ficaria sob ataque intenso de seus vizinhos e do mundo como um todo, que entraria em uma fase crítica em sua história, uma fase de grande turbulência e tormento que ela chama de "tempo de angústia de Jacó" (Jeremias 30:7). Somente depois disso os judeus finalmente se voltarão para o Senhor Deus e aceitarão Seu Filho encarnado. Somente então eles, como uma nação, proferirão as palavras de Jesus profetizou:

"Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor." [Mateus 23:39]

Quando eles fizerem isso e compreenderem a magnitude de seu erro e rebeldia — a rejeição do Messias em sua primeira vinda — eles irão aos seus quartos respectivos e prantearão:

"E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte; a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte. Todas as mais famílias remanescentes, cada família à parte, e suas mulheres à parte." [Zacarias 12:12-14].

O tempo de angústia de Jacó envolverá um número maciço de mortes. A Palavra de Deus diz que dois terços dos judeus que morarem em Israel morrerá durante esse tempo:

"E acontecerá em toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela." [Zacarias 13:8].

Jesus Cristo, o Messias, "o Santo de Israel" tomará a terça parte restante sob Seus braços e testará a fidelidade deles:

"E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é o meu Deus." [Zacarias 13:9].

- O remanescente justo

Aqueles que passam por esse processo são o remanescente justo, "os restantes de Jacó". Eles são os judeus que governarão no nome santo de Jesus no Milênio. O número deles incluirá muitos fiéis gentios:

"E acontecerá naquele dia que os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu; antes estribar-se-ão verdadeiramente sobre o SENHOR, o Santo de Israel. Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó." [Isaías 10:20-21].

P. 5 — Se a Igreja substituiu Israel no plano de Deus, então certamente tudo o que você diz em sua resposta à P.4 é errado?!

Mais uma vez, retornamos ao Salmo 94:14:

"Pois o SENHOR não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança." [Salmo 94:14].

A doutrina que a Igreja substituiu Israel aos olhos de Deus é conhecida como Teologia da Substituição. Qualquer um que separe tempo para estudar a Bíblia objetivamente e considerar suas palavras de acordo com os padrões bíblicos, em pouco tempo verá que Deus predisse a conduta de Sua herança — Israel — durante todo o caminho até o fim dos tempos. Como tal, todas as promessas que Ele fez a Israel seriam no fim cumpridas. Ele fez aquilo que fez por amor de Seu grande nome. Nem os filhos de Israel ou os fiéis da época da Igreja fizeram COISA ALGUMA para merecer as dádivas que Deus preparou para eles.

Leia isto novamente: NEM UM deles — judeus ou gentios — fez ou fará COISA ALGUMA para merecer aquilo que Deus prometeu para eles.

É por meio de Sua grande misericórdia que somos salvos, judeus e gentios. E, em todos os casos, Sua salvação é encontrada somente por meio da fé naquilo que Seu Filho fez por nós no Calvário. Os judeus, como uma nação, virão a se arrepender de sua transgressão e aceitar Jesus como seu Messias.

Examinamos a Teologia da Substituição em detalhe no ensaio intitulado "A Teologia da Substituição Rejeita e Perverte o Propósito Profético de Deus para Israel".

A Teologia da Substituição é uma tentativa rude de apagar Israel da face da Terra, ou retratá-lo unicamente como recebedores dignos de todas as maldições apresentadas no capítulo 28 de Deuteronômio; ela ensina que os judeus, como nação, perderam de forma permanente todas as promessas de Deus.

Os argumentos com base nos quais ela está baseada contém contradições e qualquer passagem da Escritura que se recuse a ser recriada para se adequar ao propósito dessa teologia é rejeitada como puramente simbólica. Por esta razão, fizemos o seguinte desafio no fim daquele ensaio:

Um Desafio aos Aderentes da Teologia da Substituição

Se você for um "Substitucionista" empedernido e tem dificuldades em aceitar a ideia que a igreja não substituiu Israel, eu então o convido a fazer o teste simples... As palavras relacionadas especificamente com Israel na profecia do fim dos tempos aparecem 22 vezes no capítulo 12 do livro de Zacarias. Sua tarefa é substituir cada uma com uma referência apropriada à igreja, em uma maneira consistente em todo o capítulo. Naturalmente, sua exposição daria uma interpretação consistente do capítulo, em relação a Zacarias como um todo e ao restante das Escrituras.

Compreenda que este ensaio não está direcionado contra os cristãos sinceros que acreditam que a igreja substituiu Israel. Eles foram engandos por uma mentira. Mas, o ensaio está com toda certeza direcionado contra aqueles que pregam e ensinam isto, mesmo quando eles estão familiarizados com a grande quantidade de Escrituras que contrariam a opinão deles. Dado que uma porção da Terra Prometida foi devolvida aos judeus em 1948, e que os israelenses assumiram o controle de toda a cidade de Jerusalém em 1967 — de acordo com a profecia bíblica antiga — não há desculpa para os cristãos permanecerem escravos da Teologia da Substituição e de sua interpretação falsa das Escrituras.

Já se passaram 12 anos desde que aquele ensaio foi publicado, porém ninguém até aqui nos enviou uma refutação ao longo dessas linhas. Por quê? Por que isso não pode ser feito.

Incentivamos qualquer um que ainda acredite na Teologia da Substituição a ler o estudo "A Teologia da Substituição Rejeita e Perverte o Propósito Profético de Deus para Israel" inteiro.

P. 6 — Se aquilo que você está dizendo for verdade, então em que sentido pode ser dito honestamente que Israel é o povo escolhido de Deus?

A Bíblia inteira ensina que Israel é o povo escolhido de Deus. A Igreja — a totalidade de todos os fiéis durante a Época da Igreja (o tempo entre o Pentecostes e o Arrebatamento) — é um rebanho separado entre o povo de Deus. Jesus confirmou isso quando disse:

"Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor." [João 10:16].

O apóstolo Paulo refere-se à oliveira genuína no capítulo 11 da Epístola aos Romanos. Israel era e continua a ser a oliveira verdadeira, mas seus ramos foram cortados. O tronco vivo permaneceu via os judeus que creram, no dia de Pentecostes, no qual o Espírito Santo exertou ramos novos, em sua maioria gentios. O apóstolo declara que Deus é capaz de enxertar, ou reconectar, os ramos originais (judeus) na oliveira, desde que eles não permaneçam incrédulos:

"E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar." [Romanos 11:23].

- O tempo da angústia de Jacó

No tempo presente, Israel está em uma condição espiritual horrorosa, mas, por meio da graça e misericórdia de Deus, isso tudo irá mudar durante o período conhecido como "angústia de Jacó". Um terço da nação se converterá a Cristo em fé. Esse remanescente justo se tornará os ramos que são enxertados de volta na oliveira.

Podemos presumir hoje quem poderão ser esses indivíduos? Não, é impossível dizer. Somente Deus sabe.

P. 7 — Como você pode conciliar aquilo que está dizendo com a atitude anticristã percebida de muitos judeus, a prática deles da Cabala, o apoio ao Comunismo, o tratamento que dão aos árabes e o domínio opressivo que exercem sobre o sistema bancário e a mídia?

Jesus advertiu a respeito de um grupo ímpio dentro do Judaísmo que adora e trabalha para Satanás:

"Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás." [Apocalipse 2:9].

"Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo." [Apocalipse 3:9].

Este grupo está trabalhando com Satanás para destruir o Cristianismo e o Judaísmo. Eles estão conspirando com os gentios apóstatas para criar uma forma totalitária de governo mundial. Esse plano está sendo seguido há vários séculos e agora está em um estágio muito avançado. [Veja os ensaios que lidam com a proposta Nova Ordem Mundial.].

A sinagoga de Satanás está incorporada dentro do próprio Judaísmo e representa uma ameaça terrível para todos os judeus. Existem opiniões divergentes sobre o quão grande essa entidade realmente é. Alguns acreditam que ela poderia ser até 10% da população judaica mundial, enquanto outros a colocam em apenas 1% ou 2%. Acreditamos que o número é pequeno, porque Satanás exige o máximo de segredo entre aqueles que o servem. Além disso, a Palavra de Deus nos diz que alguns poucos indivíduos bem posicionado podem causar um dano considerável:

"Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens." [Eclesiastes 9:18].

Veja no ensaio "Uma Compreensão Bíblica a Respeito da Sinagoga de Satanás" uma discussão detalhada a respeito deste tópico.

P. 8 — Por que o governo israelense quer lidar de forma tão severa com Gaza, até ao ponto de destrui-la completamente? Por que matar ou desalojar milhões de pessoas inocentes?

O mundo vê pouca ou nenhuma distinção entre o círculo pequeno que governa Israel e o povo judeu como um todo. Poucas pessoas, incluindo muitos cristãos nascidos de novos, parecem reconhecer o controle que a Sinagoga de Satanás exerce sobre o governo de Israel, seus políticos mais importantes, as forças armadas israelenses e a Inteligência Militar.

Como mostramos em nosso ensaio anterior, "A Cidade Santa: O Senhor Escolheu Jerusalém para Seu Filho", Satanás quer Jerusalám para si mesmo. Ele quer que seu "filho", o Anticristo, governe o mundo a partir de Jerusalém. Sendo o terreno imobiliário mais importante na Terra, Sião está sendo sagazmente circundada, por assim dizer, por Satanás e seus servos. Em sua maioria, os líderes políticos de mais alto escalão no Islão e no mundo árabe são maçons, exatamente como seus correspondentes israelenses. Eles parecem seguir objetivos diferentes, mas, na realidade, estão todos perpetrando seu papel alocado no plano geral para (a) construir o Templo Maçônico em Sião, (b) formar um governo mundial, (c) criar uma religião do mundo unificado e (d) preparar o caminho para o Anticristo.

Isto significa que as indivíduos de alto nível político em Israel, Arábia Saudita, Irã, Egito, Síria, Inglaterra, Alemanha, França, Turquia, Rússia, EUA, entre outros países, estão todos trabalhando em conjunto para alcançar esses objetivos? Sim, significa. Talvez as linhas deles de comunicação sejam interrompidas de tempos em tempos, ou a interpretação deles de seus respectivos papéis não coincida sempre perfeitamente, mas eles estão seguindo o plano de Satanás.

Como luciferianos comprometidos, esses indivíduos não têm respeito pela vida humana. O sofrimento e morte de milhões de pessoas é meramente uma lajota no caminho em direção aos objetivos deles. Eles manipulam e exploram "o gado" em grande escala, seja por meio de guerras, invasões, migração, opressão econômica ou expropriação colonial. A população de Gaza é um exemplo perfeito disso.

- Gaza e sua história

Vamos separar um momento para analisar a história deles. Como isto é de particular importância neste tempo atual, incentivamos nossos leitores a considerar os fatos com atenção.

O povo conhecido como "palestinos" é descendente direto dos árabes que estavam vivendo na terra de Israel sob o Mandato Britânico, no tempo em que o Estado de Israel foi formado, em 1948. Eles não eram um grupo étnico separado, como comumente é compreendido, mas simplesmente um segmento geográfico do mundo árabe mais amplo. Embora estivessem vivendo em Israel, eles não eram vistos pelos árabes de outros lugares como sendo qualquer outra coisa do que árabes. Eles não tinham distintivos raciais ou culturais. Eles falavam a mesma língua que os outros árabes e eram em sua maioria muçulmanos.

Alguns deixaram Israel e abandonaram seus lares em 1948 na expectativa que os países árabes vizinhos invadiriam Israel e expulsariam a população judaica. Outros, aparentemente, foram ameaçados ou intimidados pela milícia judaica e realocados temporariamente em um país árabe vizinho. Aqueles que partiram não foram posteriormente readmitidos em Israel, enquanto que os árabes que permaneceram, uma porção substancial da população árabe original, continuaram a residir e trabalhar em Israel após a fundação formal do Estado Judaico em 1948. Hoje, os descendentes deles constituem aproximadamente 2 milhões de pessoas, ou 20% da popualação de Israel. (Este número não inclui os árabes que vivem na Margem Ocidental, ou em Gaza).

No Apêndice A, apresentamos um excerto de um ensaio anterior, intitulado "Prova do Direito Legal e Moral de Israel Existir como um Estado Soberano". Nele, mostramos como essa população árabe foi deliberadamente isolada do restante do mundo árabe pelos líderes do Islão e usados dali para frente como um modo de incitar e provocar Israel, fazer continuamente reivindicações para as quais não possa existir uma solução política pacífica e fornecer uma base a partir da qual praticar hostilidades contra Israel, usando essa população "cativa" como um escudo humano.

"Porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam a malícia." [Provérbios 24:2].

- Uma acumulação de pessoas como armas

Eles estão sendo usados como uma arma pelo Islão para solapar e eliminar o Estado de Israel. A própria população está presa em uma armadilha, vítima inocente em um plano muito tenebroso. Quase metade dessa população é formada por crianças. Os líderes da conspiração islâmica contra Israel estão totalmente preparados para sacrificar todas elas, se isso contribuir para a destruição do Estado de Israel.

O único fator que os islâmicos sempre tiveram a seu favor é a superioridade numérica. Eles estão preparados para sacrificar milhões de muçulmanos se, ao fazer isso, exaurirem fatalmente as forças armadas israelenses e suas reservas. Como os judeus em Israel já comentaram corretamente, os árabes podem suportar perder repetidas vezes, mas Israel não pode se dar ao luxo de perder uma única vez. Se Israel perder, dezenas de milhares de terroristas árabes e extremistas islâmicos entrarão pelas fronteiras e massacrarão ou escravizarão a população judaica. Esta é a realidade que os judeus que vivem em Israel enfrentam. Eles precisam vencer todas as vezes, ou então perecerão.

O Hamas usa a população de Gaza para aterrorizar o povo israelense. A população de Gaza fornece cobertura dentro da cidade e serve como escudo humano. O ataque no sul de Israel em 7/10/2024 foi baseado no fato que os militantes do Hamas (terroristas) podiam correr e se esconder em Gaza, deixando milhões de civis inocentes para lidar com as consequências.

- "Um serviço com colaboração interna"

Isto nos traz para uma questão de imensa importância e incentivamos nossos leitores a examiná-la cuidadosamente. Como muitos ex-soldados das Forças Israelenses de Defesa já observaram, não havia a menor possibilidade de os terroristas saírem de Gaza em 7 de outubro sem serem detectados imediatamente pela vigilância israelense, ao passarem pelas linhas demarcadas em volta de Gaza. Mesmo se eles tivessem escapado da detecção inicial, o alarme teria sido acionado quase imediatamente e helicópteros israelenses equipados com metralhadoras teriam se dirigido para o sul de Israel dentro de dez ou quinze minutos. A noção que o Hamas foi capaz de perpetrar sua campanha assassina por quase sete horas sem enfrentar qualquer retaliação do lado israelense é simplesmente absurda — a não ser, é claro, que a liderança israelense tenha permitido que aquilo acontecesse.

Como um ex-soldado das FID comentou (estamos parafraseando aqui): "Temos diante de nós duas escolhas profundamente perturbadoras: Ou o governo israelense (Netanyahu e seus correligionários) permitiram deliberadamente que os ataques acontecessem, ou as FID e os serviços de Inteligência foram profundamente incompetentes e falharam em defender Israel contra um ataque islâmico combinado. Qual dessas é a pior?"

Comentários de Cidadãos Israelenses Publicados On-line em Formato de Vídeo

1. Comentário de uma mulher israelense que serviu nas FID:

"Servi nas FID 25 anos atrás, nas forças de Inteligência. Em minha visão, não havia como Israel não saber o que estava para acontecer. Um gato que se mova ao longo das cerca é capaz de acionar todas as forças. E isto? O que aconteceu ao exército mais forte no mundo? Como as passagens pela fronteira foram escancaradas? Algo está muito errado aqui. Algo está muito estranho. Esta sequência de eventos é muito incomum e não é típica para os sistemas de defesa israelenses."

"O governo atual é altamente corrupto em minha visão, porém o anterior não era melhor. Não estou preocupada em ter uma opinião popular. Minha preocupação é expor as forças malignas em qualquer lugar e quem quer que sejam elas. Portanto, para mim esse ataque de surpresa parece ter sido uma operação planejada em todas as frentes."

2. Comentário de um homem israelense que serviu nas FID em Gaza:

"Em 1 de setembro, o governo israelense confiscou as armas da equipe de segurança na comunidade Gaza Belt. Isto foi feito contra a vontade das equipes de segurança naquela comunidade. Por que isto aconteceu ninguém sabe. Avanço rápido para 10 de setembro. Em 10 de setembro,... as autoridades municipais da comunidade Gaza Belt receberam relatórios... estes são civis... recebi relatórios de tensões aumentadas na fronteira de Gaza durante o feriado judaico... que se estendeu desde o Yom Kippur... até sábado (dia 7). Essas mesmas autoridades das prefeituras municipais perguntaram ao Exército se deveriam cancelar suas festividades à luz das maiores tensões na fronteira de Gaza. O que o Exército respondeu? Eles disseram: 'Não cancelem nada. Parece que estamos caminhando para um estado de calmaria."

"Agora, você pode assumir que o Exército não tinha conhecimento sobre esse ataque de antemão, mas isso é altamente improvável. Israel é, provavelmentre, o país mais avançado do mundo em vigilância e a fronteira em Gaza é, talvez, a mais fortemente vigiada..."

"A cerca foi rompida em quinze pontos diferentes e você quer me dizer que os equipamentos de vigilância mais avançados em qualquer fronteira no mundo não detectaram aquilo?... Os terroristas tiveram sete horas para matar todos que encontraram na sua frente, destruíram completamente os kibbutzim, não somente isso... levaram reféns para Gaza — sem oposição e incólumes, sem sofrer um arranhão!... Você sabe quanto tempo leva para um helicóptero de ataque ser acionado e explodir um daqueles tratores, caminhonetes e ultraleves que invadiram Israel? — Menos de cinco minutos! Sei tudo isto de primeira mão por que servi nas forças armadas na fronteira em Gaza. Em menos de cinco minuto e tudo aquilo poderia ter sido finalizado!... Em vez disso, eles demoraram sete horas! ... Aquela ação dos palestinos teve colaboração interna!"

Jornal The Times of Israel, de 26/10/2023

"Pelo menos três meses antes do ataque, soldados da vigilância que serviam em uma base em Nahal Oz reportaram sinais que algo incomum estava acontecendo na já tumultuosa fronteira de Gaza, situada a um quilômetro de distância deles."

"A atividade reportada pelos soldados incluía informações sobre militantes do Hamas realizando sessões de treinamento diversas vezes por dia, cavando buracos e colocando explosivos ao longo da fronteira. De acordo com os relatos dos soldados, nem uma ação foi tomada por aqueles que receberam os relatórios..."

"Em um segmento que foi transmitido pela Kan News no início da noite da quarta-feira, duas soldadas, Yael Rotenberg e Maya Desiatnik, contaram suas experiência nos meses anteriores ao ataque e até as 6h30min da manhã do sábado, 7 de outubro. Rotenberg contou ter visto frequentemente muitos palestinos vestidos em trajes civis se aproximarem da cerca da fronteira com mapas, examinando o terreno ao redor e cavando buracos. Uma vez, quando ela passou as informações para frente, disseram para ela que aqueles homens eram agricultores e que não havia nada com que se preocupar."

"Rotenberg estava dormindo quando o ataque começou e, dos soldados da vigilância que estavam nas acomodações naquela manhã, ela foi a única que sobreviveu. Desiatnik, que estava em serviço, foi a única outra soldada de vigilância na base que não foi morta ou sequestrada. 'Isto causa muita raiva', ela disse à Kan News a respeito da falha de Inteligência. 'Nós vimos o que estava acontecendo, reportamos para nossos superiores e somos nós que fomos assassinados."

"Os terroristas do Hamas treinavam junto à cerca da fronteira sem parar, Desiatnuk disse à Kan News. A princípio, era uma vez por semana, depois uma vez por dia, depois constantemente."

"Além de passar informações sobre a frequência do treinamento que estava acontecendo junto à cerca, a soldada da vigilância disse que coletou evidências do conteúdo do treinamento, que incluía como dirigir um caminhão-tanque e como cruzar e entrar em Israel por um túnel. À medida que a atividade na fronteira aumentou, ela percebeu que 'era apenas uma questão de tempo' até que algo acontecesse. As ex-soldadas da vigilância Amit Yerushalmi e Noa Melman corroboraram os relatos das duas sobreviventes em uma entrevista no Channel 12 na manhã da quinta-feira [26 de oububro]."

"Sabe-se que as forças de segurança que tinham a atribuição de proteger a fronteira sul foram retiradas e enviadas para a Margem Ocidental pouco antes de os ataques do Hamas ocorrerem! Assim, quem estava defendendo a fronteira sul em 7 de outubro e deu dicas ao Hamas com bastante antecedência para que eles preparassem uma força de invasão para aquela data? Estamos lidando com traição em um nível muito alto, tanto no governo quanto nas Forças Israelenses de Defesa."

Reproduzimos acima um excerto de um artigo publicado em The Times of Israel, que reporta como os soldados da vigilãncia ao lado da fronteira em Gaza chamaram a atenção e apresentaram relatórios, porém foram repetidamente ignorados.

Este é um cenário chocante para os cidadãos de Israel. Ele significa que o governo e as altos oficiais militares estavam seguindo uma agenda que nunca foi revelada para a população. A resposta deles após 7 de outubro é igualmente chocante, pois isso significa que o governo está preparado para matar milhares de pessoas inocentes em Gaza em uma campanha prolongada de bombardeios, ofensiva terrestre e bloqueio de suprimentos essenciais sem primeiro considerar opções menos punitivas e mais comedidas.

Se o atual governo israelense estiver trabalhando para a Nova Ordem Mundial e se estiver preparado para agir de forma contrária aos melhores interesses do povo de Israel, então o caminho que eles estão seguindo parece ter o objetivo de virar a opinião mundial contra Israel, para privar a causa deles de legitimidade moral e acender uma resposta frenética por parte do mundo islâmico. Isto somente colocará Israel em perigo e arriscará provocar uma conflagração muito mais ampla na região.

Em resumo, estamos testemunhando em tudo isto a mão controladora da Maçonaria internacional e da Sinagoga de Satanás. As comunidades judaicas em todo o mundo deveriam estar profundamente preocupadas com aquilo que Netanyahu e seus colegas estão fazendo em nome deles.

Conclusão

Em todo o mundo, grandes manifestações públicas pró-árabes estão cantando "Desde o rio até o mar, a Palestina será livre." Isto efetivamente propõe a abolição do Estado de Israel e a transferência da terra — que eles concebem como "Palestina", situada entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo — para os árabes. Esse extravasamento da raiva é um resultado direto da decisão tomada pelo goveno Netanyahu de bombardear alvos extensos em Gaza, ao custo de milhares de vidas, muitas das quais são crianças.

Para tornar as coisas piores, Netanyahu e os membros de seu governo fizeram várias declarações com o objetivo de inflamar grandemente a situação e fomentar ressentimento internacional intenso contra Israel. A principal dentre essas foi a seguinte de Netanyahu, quando ele ordenou que as FID invadissem Gaza, em 28 de outubro:

"'Lembra-te do que te fez Amaleque', diz nossa Bíblia Sagrada, e nos lembramos e estamos lutando. Nossos bravos soldados e combatentes que estão agora em Gaza, em torno de Gaza e em todas as outras regiões em Israel estão agora ingressando nessa corrente de heróis judeus, uma corrente que teve início 3.000 anos atrás — desde o tempo de Josué até os heróis de 1948 — a Guerra dos Seis Dias, a Guerra de Outubro de 1973 — e em todas as outras guerras deste país — são tropas heróicas. Elas têm um objetivo principal supremo: derrotar completamente o inimigo assassino e garantir nossa existência neste país."

A menção dele de "Amaleque" pode não ser significativa para os ouvidos dos gentios, mas para um judeu, isto é dinamite. A Bíblia registra a hostilidade profunda e sustentada que a tribo de Amaleque dirigia contra os filhos de Israel. Aquilo foi tão ofensivo para Deus, que Ele ordenou que o rei Saul destruísse totalmente aquela tribo:

"Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos." [1 Samuel 15:2-3].

Hoje, quando o nome "Amaleque" é mencionado, é compreendido universalmente que isso indica a aniquilação do inimigo, a morte de todo homem, mulher e criança. Quando Netanyahu citou esse nome, as FID compreenderam o que ele estava exigindo delas. (Se elas perpetrarão a ordem de acordo com os termos dele ou não, é uma outra questão.)

Assim, a Sinagoga de Satanás já acendeu o pavio. Netanyahu e seus correligionários estão servindo ao seus mestres na Nova Ordem Mundial (Foro Econômico Mundial, Grupo Bilderberg, o circulo restrito dos Rothschilds, o circulo restrito dos Rockefellers, etc.) Eles querem a guerra, aparentemente uma conflagração maciça em todo o Oriente Médio. Eles também parecem querer provocar uma imensa instabilidade social em todos os países que apoiam Israel, incitando suas respectivas populações muçulmanas a realizar manifestações iradas nas grandes cidades e recorrer à violência contra os cidadãos e instituições do país hospedeiro. Isto tudo poderá desestabilizar alguns dos países envolvidos e levar à Lei Marcial. Os países europeus com uma proporção alta de muçulmanos entre suas populações — como Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Suécia e Espanha — estão em maior risco.

Os cristãos precisam continuar a distinguir cuidadosamente entre as ações da liderança israelense e aquelas dos cidadãos comuns. Satanás está usando a Sinagoga de Satanás para prejudicar Israel, em particular aqueles que, no tempo devido, consituirão o remanescente fiel:

"Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas." [Isaías 3:12].

Apoiamos a existência continuada de Israel e seu direito de se defender contra ataques e invasões, mas não endossamos os métodos que seus líderes estão usando quando esses métodos violam as leis de Deus, causando sofrimento e mortes desnecessários e contemporizando a segurança e integridade do Estado de Israel.

Oremos pela paz de Jerusalém e pelos milhões de pessoas inocentes — sejam árabes, cristãos ou judeus — que estão envolvidos nesta catástrofe de partir o coração em Israel e Gaza.

Seja lá o que acontecer, o Senhor Deus não rejeitará Seu povo, o remanescente justo. Tampouco Ele irá se esquecer da Igreja ou dos fiéis cristãos nascidos de novo, isto é, aqueles que confiam em Sua santo nome e em Seu filho maravilhoso, Jesus de Nazaré:

"Louvai ao SENHOR, porque é bom; pois a sua benignidade dura perpetuamente." [1 Crônicas 16:34].


Apêndice A

Excerto do Ensaio "Prova do Direito Legal e Moral de Israel Existir como um Estado Soberano"

A análise histórica (datada de 2010), que segue um formato de Perguntas e Respostas, procura estabelecer (a) se o Estado de Israel (incluindo a terra que ele controla atualmente) é ou não constituída em base jurídica e moral sólida e (b) se o Estado de Israel é ou não responsável pela situação dos palestinos na Margem Ocidental (também conhecida como Transjordânia) e Gaza.

Perguntas e Respostas

Tendo definido o cenário da forma como ele existia, iremos agora enfocar as principais perguntas que a maioria dos ocidentais parece ter com relação à legitimidade do Estado de Israel e seu tratamento aos árabes palestinos, tanto antes quanto após sua fundação em 1948.

1. Os árabes que já estavam assentados na Palestina Ocidental e que viviam ali há várias gerações ("tempos imemoriais") tinham igualmente direito à terra e deveriam ter recebido seu próprio Estado?

Existem quatro grandes suposições incorporadas nesta questão:

Primeiro, ela assume que a Palestina Ocidental foi continuamente colonizada durante séculos por uma população substancial de árabes, exatamente como as regiões vizinhas (Síria, Líbano e Jordânia). Entretanto, este não é o caso. A terra foi significativamente sub-povoada durante o período otomano. Tendo sido negligenciado por tanto tempo, o solo ficou deteriorado até o ponto em que era de pouco valor para a agricultura. Os visitantes na Terra Santa no século 19, como Mark Twain e Karl Marx, ficaram grandemente surpresos pelo vazio do terreno, a pobreza do solo e o tamanho minúsculo da população. O povo nativo, principalmente árabes, judeus e cristãos, estava confinado principalmente em algumas poucas cidades pequenas, onde as condições de vida eram primitivas. Os otomanos não tinham investido no país e não havia uma infra-estrutura observável.

Em segundo lugar, os judeus tinham mantido continuamente uma presença na Palestina, desde a destruição do templo, no ano 70. Os números não eram grandes, mas um remanescente sempre permaneceu ali. Independente se a terra era controlada pelo Império Romano do Oriente, os Impérios (Califados) Omíada, Abássida, ou Fatímida, os cruzados cristãos (que assassinaram muitos judeus), ou os turcos otomanos, os judeus continuaram a manter uma presença suficiente na terra para serem reconhecidos por esses conquistadores como um povo nativo.

Eles também continuaram a migrar para a Palestina Ocidental, porém em números pequenos, durante todo o período da Diáspora. Como Katz observou:

"Apesar das proibições e interdições, apesar das circunstâncias mais improváveis e difíceis, nunca houve um período ao longo dos séculos de exílio sem uma imigração judaica para a Palestina." [pág. 95].

Em terceiro lugar, a pergunta assume que os árabes palestinos nunca receberam um Estado próprio. Como já vimos, essa suposição é totalmente falsa. Os britânicos deram aos árabes toda a região do Mandato a leste do rio Jordão (77% da Palestina) em 1922 e a chamaram de Transjordânia — presumivelmente para disfarçar o fato que ela era na verdade Palestina. Eles fizeram isso de forma unilateral, em violação ao Acordo de San Remo e à Lei Internacional. Além disso, os judeus foram proibidos de se estabelecerem nesse novo Estado Palestino.

Finalmente, a pergunta assume que os árabes na Palestina Ocidental — que poderiam ter sido realocados para o novo Estado Palestino da Transjordânia — tiveram negado o direito soberano à parte da Palestina Ocidental. Como vimos, a ONU ofereceu aos árabes um Estado próprio na Palestina Ocidental em 1947 (além daquele que eles já tinham recebido na Palestina Oriental), mas eles recusaram, quase certamente por que esperavam derrubar e destruir o recém-fundado Estado de Israel no ano seguinte, matar ou expulsar toda a população judaica e reivindicar toda a Palestina, tanto a Oriental quanto a Ocidental, como sua.

Surgiram muitas discórdias e incompreensões, mesmo entre aqueles que deveriam saber melhor, por causa da falha em reconhecer essas suposições sem fundamento.

2. Mas muitas famílias árabes perderam suas casas na Palestina Ocidental após os judeus os forçarem a sair. Como isto pode ser justo?

Quando os judeus começaram a retornar para a Palestina em grandes números em meados do século 19, eles foram obrigados a pagar preços exorbitantes pelas terras que compraram do effendis, os proprietários árabes ausentes que viviam em Aleppo, Damasco, Amman e em outras localidades. Os preços eram 4-5 vezes o valor justo pela propriedade.

Muitos desses judeus foram retirados de seus lares em outros países árabes, pelos quais eles não receberam compensação alguma. (Em 1945, cerca de 800.000 judeus viviam em países árabes. Hoje, esse número é de apenas 8.000.) Estima-se que o número de judeus que perderam propriedades desse modo foi pelo menos o dobro do número de árabes que deixaram a Palestina Ocidental "temporariamente" em 1947-1948 e perderam propriedades como resultado.

Muitos também assumem que os árabes estavam assentados na Palestina Ocidental há várias gerações, mas este não é o caso. Um número significativo, pelo menos 200.000, chegou no século 20, atraído pelas perspectivas de empregos abertas pelos imigrantes judeus que estavam edificando construções e investindo na produção agrícola em terras onde nada foi cultivado durante várias gerações. Valia a pena se mudar, pois os fazendeiros judeus estavam oferecendo salários e condições de trabalho melhores do que os mesmos trabalhadores gozavam em seus próprios países. É por esta razão que os árabes palestinos continuam a viver em Israel hoje — as condições de vida e o tratamento geral que eles recebem é melhor do que eles poderiam usufruir em qualquer país muçulmano vizinho.

3. Isto pode ser verdade, mas não justifica o fato que muitos árabes deixaram a Palestina Ocidental por que foram expulsos pelas ameaças judaicas. Certamente isto não pode ser justificado?

É preciso considerar a magnitude das ameaças que os judeus na Palestina Ocidental estavam sujeitos. Como Ben-Ami observou:

"Foi então (imediatamente antes da invasão árabe) que os judeus realmente sentiram que enfrentariam uma matança se fossem derrotados e que a sobrevivência do incipiente Estado judeu dependia de um simples fio. [pág. 56].

Apesar de terem inicialmente facilitado a criação de uma pátria judaica, os britânicos dali para frente obstruíram consistentemente todas as tentativas de criar um Estado judaico, enquanto que os árabes cometeram atrocidades contra os colonos judeus de forma regular desde o início do século 20. Esses ataques aumentaram em frequência e intensidade após o massacre de Hebrom de 1929 e inúmeros líderes árabes, incluindo o Grande Mufti de Jerusalém, propunham a total aniquilação dos judeus na Palestina Ocidental. Esta não era uma retórica vazia. O Grande Mufti tinha aconselhado Adolf Hitler a respeito da matança em massa de judeus na Europa e tinha até mesmo requerido que grandes números de judeus europeus fossem transferidos à força para a Polônia para que não migrassem para a Palestina Ocidental.

Sabemos bem o destino que os aguardava na Polônia, onde milhões morreram nas mãos dos nazistas.

"O Mufti foi um dos iniciadores da extermínio sistemático dos judeus europeus e tinha sido um colaborador de Eichmann e Himmler na execução desse plano... Ele era um dos melhores amigos de Eichmann e tinha constantemente incitado a aceleração das medidas de extermínio." – Dieter Wisliceny (suplente de Eichmann) dando evidência nos Julgamentos de Nuremberg [Wisliceny foi enforcado como um criminoso de guerra em 1949].

Após o Holocausto, os judeus da Palestina Ocidental sabiam muito bem que a ameaça de genocídio por parte dos árabes era muito real. Como resultado, seus temores foram traduzidos em alguns casos para ações que não podem ser justificadas. Entretanto, a afirmação popular que os árabes saíram da Palestina Ocidental por causa das ameaças e agressões dos judeus não se sustenta diante de uma investigação. Eis aqui como Samuel Katz descreveu isto em seu livro Battleground: Fact and Fantasy in Palestine (1973):

"A fabricação pode muito facilmente ser detectada pela simples circunstância que no tempo em que a suposta expulsão dos árabes pelos sionistas estava em progresso, ninguém a observou. Muitos jornalistas estrangeiros viviam no país... até aqueles mais hostis aos judeus não viram coisa alguma para sugerir que a luta dos árabes não era voluntária. Nos três meses que a maior parte da luta ocorreu, o London Times, um jornal notavelmente hostil ao Sionismo, publicou 11 artigos de destaque sobre a situação na Palestina, além de extensas reportagens. Em nenhuma delas havia a mais remota indicação que os sionistas estavam expulsando os árabes de suas casas... Ainda mais pertinente: nenhum porta-voz árabe fez esse tipo de acusação. No auge da luta, o principal representante na ONU dos árabes palestinos, Jamal Husseini, fez uma longa declaração política (em 27 de abril de 1948) que não faltava em hostilidade em relação aos sionistas, porém ele não mencionou os refugiados... O secretário-geral da Liga Árabe, Azzam Pasha, fez uma declaração política com palavras agressivas sobre a Palestina, mas ela não continha nem uma palavra sobre os refugiados... Quando, quatro meses depois [da guerra ter começado], a possibilidade dos combates retornarem em algumas semanas ter diminuído, houve algumas recriminações. Emil Ghoury, um membro da liderança nacional dos árabes palestinos, disse em uma entrevista ao Beirut Daily Telegraph: "O fato que existem esses refugiados árabes é a consequência direta da ação dos Estados árabes em se oporem à partição e ao Estado judaico. Os Estados árabes concordaram unanimemente com essa política e precisam compartilhar na solução do problema."

O autor foi membro do Irgun e serviu durante um tempo como assessor do primeiro-ministro Begin. Sem dúvida, seus inimigos teriam considerável satisfação em reprovar suas fontes e refutar sua análise, se tivessem sido capazes de fazer isso.

Ben-Ami, que apresenta uma análise muito descompromissada do conflito árabe-israelense de 1948, declarou:

"Entretanto, o êxodo em massa foi inadvertidamente encorajado pelos líderes da comunidade palestina quando, em seu desejo ardente de dar início à invasão da Palestina pelos exércitos árabes, eles fizeram explodir o número de atrocidades cometidas contra os civis árabes. Os exércitos árabes vieram eventualmente, mas inflando as atrocidades, líderes locais como o Dr. Hussein Fakhri Al-Khalidi, chefe do Comitê Nacional Árabe em Jerusalém, que deu instruções explícitas para a mídia palestina inflar as reportagens, ajudaram a aumentar a magnitude de um êxodo produzido pelo medo e pela histeria." [pág. 44].

Bard comentou da seguinte maneira:

"A Haganah utilizou guerra psicológica para incentivar os árabes a abandonarem algumas aldeias. Por exemplo, foi dito a alguns deles que uma grande força invasora judaica viria para queimar as aldeias, de modo que era melhor que eles partissem... Os temores árabes foram exacerbados por histórias inventadas de atrocidades cometidas pelos judeus após o ataque em Deir Yassin. Em suas memórias, o rei Abdullah, da Jordânia, declarou: "— A tragédia dos palestinos foi que a maioria de seus líderes os tinha paralizado com promessas falsas e não substanciadas que eles não estavam sós, que 80 milhões de árabes e 400 milhões de muçulmanos instantânea e milagrosamente viriam em seu resgate." [págs. 128 e 132].

É também significativo que a revista The Economist reportou o seguinte em 2 de outubro de 1948:

"Dos 62 mil árabes que antigamente viviam em Haifa, não mais do que 5 ou 6 mil permaneceram. Vários fatores influenciaram a decisão deles de buscar segurança. Há pouca dúvida que o mais potente dos fatores foi o anúncio feito pelo rádio, pelo Alto Executivo Árabe, exortando os árabes a partir... Foi dito claramente que os árabes que permanecessem em Haifa e aceitassem a proteção judaica seriam considerados como renegados."

Alguns anos mais tarde, o jornal diário libanês em New York, Al Hoda, reportou:

"O secretário-geral da Liga Árabe, Azzam Pasha, garantiu aos povos árabes que a ocupação da Palestina e de Tel Aviv seria tão simples quanto um desfile militar... Ele indicou que eles já estavam nas fronteiras e que tudo o que os judeus tinham investido no desenvolvimento econômico e nas terras seria tomado como despojos de guerra, pois seria uma questão simples lançar os judeus no Mediterrâneo."

Foi dado conselho fraternal aos árabes da Palestina para que deixassem suas terras, casas e propriedades e permanecessem temporariamente nos países vizinhos, para que os canhões dos exércitos árabes invasores não os despedaçassem." [Habib Issa, 8 de junho de 1951].

Katz, que fez uso de fontes árabes publicadas, bem como relatórios e despachos pelos repórteres e funcionários públicos britânicos que eram patentemente hostis à causa judaica, atraiu atenção para o fato que o governo britânico ordenou a destruição de uma quantidade significativa de dossiês oficiais de modo a ocultar sua cumplicidade na campanha árabe contra os judeus. Além da série de dossiês referentes à Haganah e outro intitulado "Propaganda Entre os Árabes", que tratava da política britânica de incitar os árabes contra os judeus, Katz observou que toda a correspondência entre a administração palestina e seus chefes na Secretaria das Colônias, em Londres, (na prática, o gabinete) tinha sido "destruída por ordem do governo".

Se esses dossiês estivessem disponíveis, lançariam muita luz sobre a extensão em que os britânicos, durante quase todo tempo do Mandato, incitaram os árabes a se revoltarem contra os judeus e tinham treinado e financiado os terroristas árabes. Eles até criaram a Liga Árabe (1945) para enrijecer a resistência árabe contra a criação do Estado judaico. Essas táticas enganosas foram similares àquelas adotadas pela Grã-Bretanha no Quênia, Áden e em outros locais durante seu declínio imperial. Finalmente, como já observamos, os britânicos publicaram um relatório oficial em 1939 que virou totalmente de cabeça para baixo a Declaração de Balfour e anunciou que a Palestina Ocidental no devido tempo se tornaria um Estado árabe.

4. Se os países árabes fizeram, e continuam a fazer, todos os esforços para solucionar o problema dos refugiados palestinos, então por que Israel não cumpre suas obrigações neste aspecto?

Este é um mito comum. A verdade da questão é que as nações islâmicas têm continuamente feito tudo o que podem para reter o problema dos refugiados palestinos e usá-lo como um pedaço de pau para bater em Israel. A ONU ofereceu-lhes seu próprio Estado (além da Jordânia) na Palestina Ocidental em 1947, mas eles recusaram a oferta. Em seguida, a Jordânia anexou a Margem Ocidental (que ela já tinha ocupado há dois anos) e esteve em condições de declarar um novo Estado palestino naquele território durante os 17 anos seguintes, antes de perder a Margem Ocidental para Israel em 1967. Entretanto, ela não fez isso. Eis como Kumaraswamy (2006) explicou (Introdução, pág. 59):

"Embora Israel seja normalmente responsabilizado pela ausência de um Estado Palestino, pelo menos até 1967, os Estados árabes foram igualmente responsáveis por essa falha. Até então, eles ocuparam a maior parte do território que foi dado à Palestina sob a partição da ONU, e sua falha em criar um estado naqueles territórios não somente enfraqueceu a causa palestina mas, mais importante ainda, criou dúvidas sobre o comprometimento deles com a unidade árabe."

Karsh, entre outros, também chamou a atenção para o flagrante cinismo da posição árabe:

"Talvez a melhor prova da presciência britânica com relação a esta questão é que o Egito e a Jordânia nunca permitiram a autodeterminação palestina nas partes da Palestina que eles conquistaram durante a Guerra de 1948: respectivamente Gaza e a Margem Ocidental. Como o representante egípcio nas conversações para o armistício disse a um jornalista britânico: '— Não nos interessa se todos os refugiados vão morrer. Existem árabes suficientes ao redor.' Mais de meio século mais tarde, muitos desses refugiados ainda vivem em condições degradantes nos campos, aguardando uma solução para a sua situação." [pág. 92].

Além disso, a baixa densidade populacional do antigo Império Otomano significava que nunca houve falta de território para alocar para os refugiados, mesmo se a Margem Ocidental não estivesse disponível. Também não havia falta de recursos financeiros, seja dos países árabes ricos em petróleo, ou de organizações internacionais e de fontes ocidentais simpatizantes, para facilitar a realocação deles. A verdade é que os palestinos foram expulsos da Jordânia em 1970 e do Líbano nos anos 1980s por causa das crescentes atividades terroristas da OLP (Organização de Libertação da Palestina). Essa agressão que continua, orquestrada por elementos radicais dentro do Islã, garante que o infeliz povo palestino seja deliberadamente abandonado pelas nações islâmicas e explorado da forma mais cínica imaginável. Eles nunca foram mais do que peões no plano genocida de destruir Israel.

Também deve ser observado que a alegada afinidade cultural dos refugiados palestinos com a terra da Palestina Ocidental tem pouco ou nenhum fundamento, pois uma grande proporção deles descende de árabes que tinham sido residentes na Palestina Ocidental por não mais do que algumas décadas.

Além de ser uma ferida aberta para fins de propaganda, os refugiados palestinos fornecem há muito tempo uma cobertura conveniente para os grupos islâmicos terroristas, como a OLP, Fatah, Hamas e Hezbolá. O fato de suas operações resultarem inevitavelmente em baixas entre os civis palestinos não é de consequência em uma sociedade em que o martírio e a morte pelo bem do Islã são estimados na mais alta conta. Com esse tipo de filosofia distorcida, mulheres e crianças podem ser usados como escudos humanos, com ou sem o consentimento deles. (Para uma compreensão perturbadora dos métodos usados pelo Hamas para controlar seus membros e sacrificar civis árabes, leia o livro O Filho do Hamas, de Mosab Hassan Yousef.) À luz desses fatos bem-estabelecidos, é impossível deixar de ver que Israel está sendo obrigado a solucionar um problema que foi criado e agravado de forma deliberada ao longo de um período de sessenta anos por elementos extremistas dentro do Islã que odeiam os judeus.

5. Dado que os árabes e judeus viveram pacificamente juntos durante séculos sob o domínio otomano, por que eles não podem conjuntamente ocupar e administrar um Estado Árabe-Israelense na Palestina?

Esta "solução" é parte da propaganda enganosa divulgada pelos muçulmanos radicais e seus simpatizantes. Ela tenta disfarçar o fato que os judeus sempre foram uma minoria oprimida dentro do Islã, expostos a extraordinários maus-tratos e abusos.

Como infiéis, os judeus eram conhecidos como dhimmis, uma sub-classe com direitos sociais e políticos significativamente reduzidos em relação aos muçulmanos, com pouca segurança, expostos à possibiliade de ataques arbitrários por qualquer muçulmano (contra os quais eles tinham poucos ou nenhum recurso legal), e forçados a pagar um imposto exorbitante chamado Jizyah. Esse tributo, que era cobrado normalmente de todos os homens infiéis de físico saudável, era especialmente oneroso e podia consumir até metade da renda anual do indivíduo. Em resumo, os dhimmis eram trabalhadores sofridos cuja existência continuada era tolerada principalmente com base em algum interesse econômico. O sistema dos dhimmi também tinha uma grande vantagem social no sentido que colocava uma camada de pessoas indigentes abaixo da comunidade muçulmana. Assim, por pior que os próprios muçulmanos fossem tratados por um regime governante opressor, sempre havia uma camada abaixo deles, que era ainda mais explorada e oprimida.

Tanto o Alcorão quanto a Hadith (os dizeres de Maomé) contêm inúmeros versos que propõem a exploração e até a eliminação dos judeus. Eles são descritos várias vezes como uma maldição sobre a terra e uma classe sub-humana — "porcos" e "macacos". (Muitos sites na Internet listam esses versos.)

Hoje, é virtualmente impossível para qualquer um que não seja muçulmano viver de forma segura em alguns países muçulmanos. Embora a presença de trabalhadores imigrantes seja tolerada, eles não têm status e podem ser explusos a qualquer momento. Os cristãos coptas no Egito estão expostos a uma pavorosa perseguição e parecem ser um alvo para eliminação por grupos extremistas.

A crença muçulmana na inferioridade dos infiéis é demonstrada de muitos modos, mas talvez o mais conhecido seja a insistência no uso da Lei Sharia em qualquer país em que eles possuam influência política suficiente para forçar sua introdução. A Sharia é simplesmente a codificação da doutrina islâmica em todas as questões relacionadas com o comportamento humano. Aplicando-se a todos os aspectos da vida, a Sharia é muito mais abrangente e inclusiva do que qualquer ideia ocidental de jursiprudência. A Sharia está "acima da lei", isto é, ela se sobrepõe os estatutos de todas as nações ocidentais e qualquer outra lei constituída fora dos parâmetros do Islã.

Os árabes residentes em Israel (excluindo a Margem Ocidental e Gaza) são cerca de 1,2 milhão, oito vezes o número que existia em 1948. Eles têm direito pleno à cidadania israelense e desfrutam dos mesmos direitos que os judeus (com a exceção de não poderem ingressar nas Forças Armadas). Eles vivem em paz com os judeus, elegem seus representantes no Knesset (o Parlamento de Israel) e adoram em suas mesquitas. Até aqui eles não foram radicalizados pela filosofia islâmica extremista e parecem satisfeitos em permanecer residindo em Israel. Eles são livres e podem vender seus bens e partir quando quiserem, sem qualquer penalidade. Mas, a perspectiva de viverem sob um regime despótico, com um padrão de vida menor e com menos direitos civis não os atrai a países como Síria e Egito. Em resumo, a coexistência pacífica entre judeus e muçulmanos somente é possível quando a Lei Sharia não tem qualquer força política — uma condição que nunca poderia ser satisfeita em um Estado Árabe-Israelense.

6. Mesmo com todas estas considerações, certamente ainda há uma justificativa para permitir que os palestinos em Gaza e na Margem Ocidental estabeleçam seu próprio Estado? Isto não traria a paz?

Muitos ocidentais se inclinam em direção a essa perspectiva. Existem também muitos israelenses que acham que esta pode ser a melhor solução. No entanto, ela está baseada em uma mentira.

A maioria dos ocidentais não compreende o Islã. Eles deixam de ver que o Islã não é apenas uma religião no sentido aceito da palavra, mas também é um sistema político autocrático, onde todos os aspectos da vida do indivíduo são regulados pelo Estado. No Islamismo é lícito matar um muçulmano que se converta para outra religião. Nenhuma outra religião diferente do Islã pode ser pregada abertamente em um país islâmico. O livro sagrado deles defende a violência contra os judeus e cristãos, bem como sobre os outros infiéis e também o conceito de Jihad — a expansão agressiva do Islã está sacramentada em sua teologia. É lícito para os muçulmanos deliberadamente enganar seus inimigos na defesa de sua religião e assinar um tratado de "paz" que eles não tenham a menor intenção de honrar. (O próprio Maomé estabeleceu esse precedente quando, após fazer um tratado de dez anos com os judeus de Meca, retornou dois anos mais tarde e erradicou a todos eles. Na verdade, o código deles diz: "Faça a paz com seu inimigo até que você esteja forte o suficiente para destrui-lo.").

É difícil obter um relato objetivo de qualquer incidente controverso em que os muçulmanos estiveram envolvidos, pois a religião deles lhes permite praticar a farsa se isso ajudar na causa do Islã. Esse tipo de mentira não é imoral e nem ofensiva para Alá, pois o objetivo geral, a proteção do Islã, é o que importa no fim. Esse princípio é similar à filosofia dos jesuítas de que o fim justifica os meios, ou o estratagema supostamente ético, conhecido como reserva mental, que os bispos católicos usam para justificar suas mentiras.

Além disso, poucos ocidentais compreendem que o Alcorão não é a única escritura no Islamismo. Os Hadith, os dizeres de Maomé, que são até mais intolerantes, sectários e agressivamente antijudaicos e anticristãos do que o Alcorão, também possuem autoridade divina. Nâo existe escassez de versos em ambas as escrituras islâmicas para convencer os radicais que a campanha deles de ódio e violência é moralmente justificada. (Embora possa ser verdade dizer que a maioria dos muçulmanos dá pouca importância a esses versos, é igualmente verdade que as opiniões dos muçulmanos moderados e pacificadores não têm efeito algum em uma religião dominada por extremistas.)

As nações islâmicas nunca estarão satisfeitas até que todo vestígio do Estado de Israel tenha sido varrido da face da Terra. Nunca. Mesmo que o tamanho seja reduzido a um centímetro quadrado, eles ainda continuarão a lutar até que o insulto final a Alá seja obliterado. Os líderes israelenses cometeram alguns erros estratégicos sérios no passado quando deixaram de compreender este fato. Por exemplo, depois de obterem uma zona-tampão vital, com a anexação do Sinai, eles a devolveram ao Egito em troca de um papel. Seria um erro sério para Israel abrir mão de algum território que já possua ou controle. Todos esses territórios são seus por direito, pois foram conquistados em uma guerra defensiva contra um invasor genocida.

Durante as negociações patrocinadas pelos EUA em Camp David, em julho de 2000, o primeiro-ministro israelense Ehud Barak ofereceu aos palestinos a maior parte da Margem Ocidental, toda a Faixa de Gaza e o lado oriental de Jerusalém como capital de um novo Estado palestino; além disso, todos os refugiados palestinos poderiam requerer uma compensação pela perda de propriedade, de um fundo internacional para o qual Israel contribuiria, junto com outros países. Mas, incrivelmente, os líderes palestinos rejeitaram essa oferta surpreendente! Como Abba Eban observou após a Conferência de Paz de Genebra, em 1973: "Os árabes nunca perdem a chance de perderem uma boa oportunidade."

A atitude palestina em Camp David mostra, se prova adicional for necessária, que os governantes dos países islâmicos não têm a intenção de solucionar o problema do sofrimento dos refugiados palestinos e não têm interesse algum em um acordo negociado — o único objetivo deles é a total aniquilação de Israel.

O povo palestino tem sido usado pelos líderes do Islã de um modo muito vil, como peões em um jogo perverso que eles querem continuar jogando até que Israel seja destruído. Esses líderes cínicos conhecem o poder da opinião internacional e a simpatia que pode ser obtida para sua causa pela apresentação na televisão das imagens do sofrimento deste povo infeliz. Eles sabem que a maioria dos ocidentais se deixa enganar por esse tipo de propaganda, a infindável repetição de imagens de partir o coração. Eles sabem que o Ocidente continuará a ver os palestinos como vítimas — o que eles são — sem ver que os verdadeiros arquitetos da opressão deles são os países islâmicos vizinhos.

Katz observou (pág. 163) um artigo no jornal egípcio El Muswar, de dezembro de 1968, que francamente admitia que 'a expulsão de nossos irmãos de seus lares não nos deveria causar inquietação, especialmente quando eles são levados para países árabes... As massas do povo palestino são somente a guarda avançada da nação árabe... um plano para despertar a opinão pública aos poucos, pois ela não seria capaz de compreender ou aceitar uma guerra de cem milhões de árabes contra um país pequeno."

Em sua discussão do mesmo tema, Karsh declarou:

"De fato, tivesse o Estado judaico perdido a guerra, seu território não teria sido entregue aos palestinos, mas, ao contrário, teria sido dividido entre as forças invasoras, pela simples razão que nenhum dos regimes árabes via os palestinos como uma nação distinta. Como o acadêmico americano Philip Hitti explicou a visão árabe para uma comissão anglo-americana de inquérito em 1946: '— Não existe Palestina na história, simplesmente não existe.'" [pág. 91].

Bard também vai direto ao ponto:

"A Liga Árabe criou a Organização de Libertação da Palestina (OLP) no Cairo, em 1964, como uma arma contra Israel. Nem a OLP nem quaisquer outros grupos palestinos fizeram campanha para que a Jordânia ou o Egito criassem um Estado Palestino independente na Margem Ocidental ou em Gaza. O foco do ativismo palestino sempre esteve na destruição de Israel. Após a OLP ter sido expulsa da Jordânia pelo rei Hussein, em 1970, muitas de suas unidades ativas foram para o Líbano. A OLP tomou áreas inteiras do país, onde brutalizou a população e usurpou a autoridade do governo libanês." [pág. 69].

Os palestinos já têm seu próprio Estado — A Palestina Oriental (Jordânia) — mas os refugiados são impedidos de entrar lá pelos líderes islâmicos. Por meio da escolha de sua bandeira, os palestinos da Margem Ocidental e de Gaza virtualmente admitem que a Jordânia é a sua pátria — observe a grande similaridade entre as duas bandeiras:

Os refugiados palestinos também poderiam ser facilmente acomodados em outro país árabe vizinho, como o Líbano e a Síria, onde já existe uma presença palestina significativa, porém eles não recebem a permissão de entrar nesses países. Ou, eles poderiam receber do Egito uma fatia da vasta península do Sinai, ou da enorme Arábia Saudita, que é um dos países mais sub-povoados do mundo. Em resumo, o sofrimento dos árabes da Palestina Ocidental poderia ser solucionado em uma semana pela comunidade islâmica global, se ela realmente quisesse fazer isso.

Mas, isto nunca acontecerá, porque os líderes do mundo islâmico odeiam Israel e estão totalmente preparados para intimidar, oprimir, deixar passar fome e, se necessário, sacrificar milhões de seu próprio povo — os palestinos — de modo a destruir Israel.

Como Jamal al-Husseini, vice-presidente do Alto Comitê Árabe, o governo efetivo dos árabes palestinos, disse à Assembleia-Geral da ONU em 1947, pouco antes de lançar seu voto: "— Estamos sólida e permanentemente decididos a lutar até o último homem contra a existência em nosso país de um Estado judaico, por menor que ele possa ser."

O ex-diretor da UNWRA, Ralph Garroway, não mediu suas palavras quando declarou em agosto de 1958: "— Os Estados árabes não querem solucionar o problema dos refugiados. Eles querem mantê-lo como uma ferida aberta, como uma afronta à ONU e como uma arma contra Israel. Os líderes árabes não se importam nem ou pouco se os refugiados vivem ou morrem." Estas três frases simples resumem bem a atitude dos árabes com relação aos refugiados palestinos.

A essência do problema maior, a sobrevivência de Israel, é bem explicada por Ben-Ami:

"O campo de batalha como tal nunca foi o único problema para Israel; foi o contexto estratégico maior de uma nação cercada por uma imensa região de influência árabe que pode suportar, como de fato suportou, uma derrota após a outra, porém sempre se recupera e está preparada para a próxima rodada. Os israelenses sempre estiveram genuina e corretamente convencidos que não podem se dar ao luxo de perder uma guerra.

O bloco monolítico islâmico somente precisa vencer uma vez, enquanto que Israel precisa vencer todas as vezes.

No Fim Somente um Ponto de Vista É Que Importa

Para todas nossas opiniões e convicções, e a imensa diversidade de visões que se possa ter sobre a questão, no fim somente um ponto de vista é o que importa — e este é o de Deus. E Ele já o expressou com incrível clareza para todos verem:

Primeiro, Ele estabeleceu um acordo vinculante com Abraão e com todos os seus descendentes, por volta de 2.000 AC:

"E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus." [Gênesis 17:7-8].

Para que ninguém pense por um momento que Deus possa deixar de honrar Sua palavra, Ele disse, por volta de 1.500 AC:

"Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?" [Números 23:19].

Depois, por volta de 1.000 AC, Ele novamente lembrou ao Seu povo que tinha todas as intenções de honrar Sua aliança com eles:

"Lembrou-se da sua aliança para sempre, da palavra que mandou a milhares de gerações. A qual aliança fez com Abraão, e o seu juramento a Isaque. E confirmou o mesmo a Jacó por lei, e a Israel por aliança eterna." [Salmos 105:8-10].

Além disso, Ele disse que honraria Sua "aliança para sempre", mesmo que Seu povo se desviasse dos preceitos que Ele tinha definido:

"Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nos meus juízos, se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei a sua transgressão com a vara, e a sua iniquidade com açoites. Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei a minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei pela minha santidade que não mentirei a Davi. A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim. Será estabelecido para sempre como a lua e como uma testemunha fiel no céu." [Salmos 89:30-37].

Cerca de 400 AC, Ele novamente lembrou ao Seu povo que Ele não muda, que Sua aliança permanecerá e que aqueles que se voltarem para Ele no fim dos tempos ("naquele dia") serão poupados, como se cada homem fosse Seu próprio filho:

"Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." [Malaquias 3:6].

"E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve." [Malaquias 3:17].

Jesus Cristo confirmou esta promessa quando disse:

"E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem." [Lucas 21:24].

Jerusalém caiu no ano 70 e somente retornou totalmente para as mãos dos judeus em 1967. Este é um claro sinal que o relógio do fim dos tempos foi acionado e que está funcionando.

Finalmente, no livro do Apocalipse (escrito por volta do ano 96), o Senhor diz detalhadamente como pretende lidar com Satanás, os inimigos de Israel e a tremenda apostasia da humanidade no fim dos tempos. Se você acha por um momento que Ele não quis dizer aquilo que disse, pense novamente:

"Peso da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele. Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-ão contra ela todo o povo da terra... E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém." [Zacarias 12:1-3, 9].

Comentários Finais

Quando iniciei a pesquisa deste tópico, não esperava terminar aqui. De algum modo, imaginei que a causa árabe teria alguma justificativa, por mais tênue que fosse. Afinal, toda história tem dois lados. Portanto, foi uma verdadeira surpresa ver o quão bem definidas as questões principais realmente são. Por um lado, temos um pequeno país sob cerco e, no outro lado, há um império despótico e espaçoso que está decidido a destrui-lo, custe o que custar.

Esta análise foi baseada em fatos que são bem fáceis de confirmar. Se você tiver dificuldades com minhas conclusões, então sugiro que pesquise os fatos que, em sua opinão têm o maior peso em minha análise. Acredito que é importante que as pessoas estabeleçam a posição histórica real por si mesmas e não dependam inteiramente de fontes de segunda mão.

Este estudo não trata a conduta das Forças Israelenses de Defesa nas últimas décadas, as atividades do Mossad ou do Shin Bet, a influência sionista na política norte-americana ou no sistema financeiro global, o uso de Israel como um ponto crítico para a Terceira Guerra Mundial, seu papel no plano dos Illuminati de criar uma Nova Ordem Internacional, ou qualquer outro fator similar. O estudo simplesmente procurou estabelecer (a) se o Estado de Israel (incluindo o território que ele atualmente controla) foi constituído sob bases morais e legais sólidas — a resposta é Sim — e (b) se o Estado de Israel é ou não responsável pelo atual situação dos palestinos na Margem Ocidental e em Gaza — e a resposta é Não.

Bibliografia Referente ao Ensaio "Prova do Direito Legal e Moral de Israel Existir como um Estado Soberano"

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Autor: Jeremy James, artigo 367 em http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 17/1/2024
A Espada do Espírito: https://www.espada.eti.br/Apocalipse/OrienteMedio.htm